Trend hits: Pérolas

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Quando falamos sobre clássicos, inevitavelmente, as pérolas vêm a nossa cabeça. Eu sempre achei a estética desta gema marinha tão elegante! Inclusive, um dos grandes nomes da moda foi responsável por popularizá-las. Gabrielle Chanel era fã e fez algo revolucionário na época. Os seus colares combinavam pérolas naturais e artificiais, transformando a bijuteria em algo superdesejável – já que as joias sempre foram consideradas sinônimo de luxo absoluto.

Hoje, vemos as pérolas em diversos segmentos, além dos tradicionais brincos, colares, anéis e pulseiras. Os diretores criativos estão dando um toque fresh e moderno às peças que levam o material como detalhes. E exemplos não faltam! Na minha escolha do dia, elegi o combo azul marinho e preto, com pontos em destaque. O pull com aplicações de pérolas Iorane é a peça-chave para quebrar a sobriedade do visual que traz, ainda, a pantalona de alfaiataria, na minha modelagem favorita da temporada. Na passarela da Mother of Pearl, as esferas peroladas foram aplicadas nas costuras das mangas e na alça e tiras da bolsa, criando um visual cool e sofisticado. Já no look da Lalá, o cardigã recebeu minipérolas em toda na região do decote e fechamento.

 

Nas propostas da Lanvin e Rodarte, um apelo urbano para os novos usos. Na grife francesa, o bracelete misturou versões nos tamanhos maxi e médio com metal, dando um certo ar rocker. Na produção da norte-americana, jaqueta cropped e calça trouxeram efeitos e texturas com botões e bordados feitos com pérolas. Quando se fala em ideias luxuosíssimas, a Burberry traz um colírio para as composições urbanas – um moletom com espécie de sobreposição de pérolas grandes, como se fosse um colar. Para composições chiques e jovens na medida, a F*hits Nicole Pinheiro apostou no tricô com várias aplicações, em um combo perfeito para usar durante os dias ensolarados no final de semana.

Atemporal e versátil! Um material que pode ser usado em vários estilos e ocasiões. E, cada vez mais, o universo fashion vem provando que é possível dar novas interpretações aos elementos icônicos. Ainda bem!



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A Touch of Colour: Make Up

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Quem acompanha as semanas de moda sabe que o movimento da beleza naturalíssima é um dos grandes destaques. Pele iluminada e sem traços marcados por contornos é a aposta das principais grifes. Eu acho elegante trazer esse aspecto leve e que destaca a sua própria beleza, como Meghan Markle fez no dia do seu casamento com o Príncipe Harry, mas e se tiver um toque de cor? Especialmente na região dos olhos, para dar aquele ar fun e moderno. A tendência combina muito com as mulheres brasileiras, que adoram brincar com tonalidades e texturas.

Para as labels italianas Marni e Missoni, o azul foi o eleito como destaque do make. Repare na luminosidade da face, com direito a lábios nude e quase nada de máscara nos cílios. Uma optou pela marcação em tonalidade azul Royal, indo até a linha da sobrancelha, enquanto a segunda escolheu o clarinho em toda pálpebra móvel de forma homogênea.

Dior e Valentino apostaram em maneiras que tiram completamente aquele ar infantil do pink. Na maison francesa, o diretor criativo de maquiagem Peter Philips investiu na aplicação em pontos como pálpebra móvel e linha inferior dos cílios, com delineados em tom vibrante. Enquanto isso, Pierpaolo Piccioli contrastou suas peças na gama dos violáceos com esfumados nas laterais dos olhos em tons de rosa mais fechados, em um formato que vai da área da sobrancelha às têmporas. Muito sofisticado e contemporâneo.

 

E não poderia faltar a cartela neon! A House of Holland apresentou uma mistura de sombra + delineado no shape cat eye em cor laranja. Já Paloma Elsesser optou pelo brilhante delineado verde limão para um visual com perfume futurista e cool.

Assim como as roupas, todas as referências precisam ser adaptadas ao seu estilo pessoal. De repente, o rosa não precisa ser tão forte ou o esfumado pode combinar mais com o dia a dia. Pense que tudo precisa estar alinhado ao que você é!



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Metáfora

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A metáfora é a mais importante figura de palavra. Nesse sentido, é válido retomar a noção de que entre o homem e a realidade objetiva existe uma mediação realizada através da linguagem. Dessa forma, é na linguagem que o homem constitui sua atuação no mundo, concretiza pensamentos e compartilha-os com a sociedade. A linguagem verbal organiza a interpretação e a compreensão feita pelos indivíduos no processo de interlocução. Dessa forma, sabemos que o ser humano faz uso de mecanismos linguísticos para expressar ideias, emoções, sentimentos e pensamentos constantemente. Retomada esta noção, entende-se a palavra como a força motriz dessa relação entre sujeito e realidade. A construção de novas realidades é potencializada pelo uso da palavra.

A multiplicidade dos significados das palavras, os diversos sentidos com que uma mesma palavra pode ser interpretada em diferentes contextos, bem como os usos variáveis que a oralidade proporciona aos falantes, remetem ao conceito de figuras de palavras. As figuras de palavras são recursos da língua que permitem mudar o sentido real de uma expressão, transpondo-a para o sentido figurado. Entre as figuras mais usadas encontram-se a metáfora e a metonímia. Elas são consideradas pelo linguista Roman Jakobson como matrizes presentes na maior parte dos enunciados e dos discursos, às vezes predominando a metáfora, por outras predominando a metonímia. A imensa maioria dos textos está repleta de figuras de palavras, sendo a metáfora a figura de maior recorrência na linguagem. Vejam os exemplos para compreender o conceito:

Seus olhos eram duas esmeraldas.

Seu olhar é um punhal a penetrar-me o peito.

Explicação: Observe que nesses enunciados tanto o substantivo “olho”, quanto a palavra “olhar” estão assemelhadas a elementos diferentes de seus significados de origem. O olho é um órgão do corpo humano, nesse caso ele se torna uma pedra por sua beleza. Enquanto o olhar é um ato, neste enunciado ele é descrito como uma ação violenta por dar a sensação de atravessar o corpo do indivíduo que é olhado. Está constituída, nessa construção linguística, a metáfora dos olhos de esmeralda.

As figuras de linguagem são caracterizadas como expressões que figuram outros significados, menos esperados pelo receptor do discurso, quebrando a significação própria de um campo de palavras. Assim, a metáfora é um mecanismo de criação de novos efeitos para informações previamente definidas, tais como a atribuição de novos sentidos para as relações entre palavras aparentemente delimitadas por seus significados. De acordo com a convenção gramatical, as palavras ligam-se umas às outras nos enunciados por similaridade (fonética, formal, semântica), e por contiguidade na sequência linear da fala, dessa maneira, um elemento não possui propriedades individuais em seu sentido e forma, mas sim uma propriedade estrutural da relação entre este elemento e outros, entre forma e sentido. Ou seja, o elemento possui significado na relação contextual com os outros elementos da frase, oração ou período em que esteja inserido. É nesta relação que surgem as metáforas.

Em resumo, a metáfora é uma figura de palavra que consiste em dizer que uma coisa é outra porque há semelhanças entre elas. Ou seja, é a identificação de dois elementos por uma semelhança, por uma característica comum, ou por aproximação. Para alguns gramáticos, a metáfora se define por uma comparação que não se explicita, sendo representada tanto pelo termo comparado, quanto pelo termo comparativo, configurando-se no ponto de comparação.

Observe o exemplo nesta simples construção: Pele de pêssego.

  • Pele: é o elemento (ou a ideia) que será definido pela alteração de seu significado original. (termo comparado)
  • Pêssego: é o elemento com o qual o primeiro se relaciona, assemelhando-se. (termo comparativo)

O resultado dessa relação é a metáfora, é o ponto da comparação entre os dois termos, porém sem deixar explícita esta relação comparativa.

A metáfora é a imagem dessa pele, a maneira como ela se caracteriza por se aproximar do elemento pêssego ela é aveludada como uma fruta.

Relembrando

A diferença entre metáfora e comparação: na metáfora um elemento é diferentemente substituído pelo outro, enquanto que na comparação há uma palavra que estabelece a ligação entre os elementos comparados.

Ocorrência da metáfora:

Define-se a metáfora como um fenômeno conceitual, um mecanismo cognitivo básico e muito utilizado. Ela ocorre quando o domínio de uma experiência é compreendido pelos termos de outro domínio. Vejamos como acontece no próximo exemplo:

Faltando um pedaço (Djavan)

O amor é um grande laço

Um passo para uma armadilha

Um lobo correndo em círculos

Pra alimentar a matilha

Comparo sua chegada

Com a fuga de uma ilha

O domínio é o elemento amor. Uma experiência que se assemelha à outra de um domínio completamente diferente; o laço. São palavras de campos de significações distintas, mas que se aproximam por uma experiência formando a metáfora; o amor é um grande laço.

O mesmo pode ser lido nessa construção: O amor é um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha.

O amor deixa de ser a experiência de um sentimento, de uma emoção de um ser vivo por outro e passa a ser a experiência de um animal indomesticável, o lobo. O amor torna-se um lobo correndo. Isso se dá pelo poeta tentar expressar a intensidade desse sentimento que está em um domínio da linguagem, através de uma imagem que se encontra em outro domínio. Resultando nesta metáfora que representa o sentimento amor.

Em outras palavras, o que resulta dessa construção é a projeção de um conjunto de correspondências entre um domínio-fonte e um domínio-alvo.

Metáforas do cotidiano

Algumas metáforas se tornaram comuns na linguagem do dia a dia de forma que os falantes perderam a percepção correspondente. É a construção de um caminho da linguagem que gera novos sentidos para palavras já conhecidas. Por exemplo, associamos a vida a uma viagem, o dia a uma batalha, ou ainda a vida a uma guerra. Veja nestas construções:

Hoje eu perdi a batalha, mas ainda vencerei a guerra.

Nesta longa viagem, a cada amanhecer um novo voo é possível.

Bibliografia:

CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. – 1. Ed., 4ª reimpressão – São Paulo: Contexto, 2016

CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. Ed., 4° reimpressão – São Paulo: Ática, 2002.

LOPES, Edward. Metáfora: da retórica à semiótica. – 2. ed. – São Paulo: Atual, 1987

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Frações algébricas

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Frações algébricas são todas as expressões em que suas variáveis estão no denominador ou no numerador de uma fração. Logo, para encontrar os valores dessas variáveis podemos utilizar as propriedades de soma, subtração, multiplicação e divisão entre frações. Vamos relembrar essas propriedades:

Adição e Subtração:

Multiplicação e Divisão:

Exemplo 1) Vamos determinar qual é o valor de x na equação abaixo:

Note que na equação, podemos multiplicar as duas frações do lado esquerdo do membro, onde obtermos:

Continuando, temos:

Exemplo 2) Agora, vamos determinar o valor de x na expressão:

Somando as frações do lado esquerdo da expressão utilizando a propriedade de soma de frações, temos:

Simplificando a fração obtida acima, obtemos:

Exemplo 3) Agora vamos descobrir se há uma maneira de reescrever a expressão abaixo. Vale lembrar que neste exemplo o nosso objetivo não é encontrar o valor da variável, e sim reescrever a expressão abaixo de uma forma fatorada:

Note é uma multiplicação entre três frações. Então, pela propriedade:

Continuando, temos:

Ou, de outra maneira, podemos cancelar o x do numerador e do denominador da fração:

Exemplo 4) Agora, vamos ver se a expressão abaixo pode ser reduzida ou fatorada:

Como se trata de uma divisão de frações, podemos dizer que:

Fatorando a expressão do numerador temos:

Concluindo então:

Referências Bibliográficas:

GONÇALVES, Adilson. Introdução à Álgebra. Rio de Janeiro: IMPA, 1999.

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Combinação com repetição

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Para introduzirmos o conceito de combinação com repetição, é importante relembrar a definição formal de combinação simples.

Considere n objetos diferentes. Se tratarmos da contagem do número de maneiras de escolher k dentre esses n objetos sem considerarmos a ordem, então criamos uma combinação destes elementos sem repetição. A fórmula para obter esta combinação é dada por:

Por exemplo, imagine o seguinte cenário: Estamos organizando um campeonato de xadrez com 12 participantes. De quantas maneiras possíveis podemos criar as duplas para disputar a primeira partida? Este problema pode ser solucionado calculando a combinação de 12 jogadores organizados de 2 em 2. Que nos traz:

Temos então 66 formas diferentes de organizar as duplas a partir dos 12 primeiros participantes. Há uma outra notação para a operação de combinação, ou coeficiente binomial, que é dada por:

Agora, quando a ordem dos elementos pode ser repetida, então tratamos de uma combinação com repetição. A fórmula será dada, neste caso, por:

Ou seja:

Vejamos agora um exemplo aplicado:

Exemplo 1) Supondo que você queira comprar um sorvete com 4 bolas em uma sorveteria que possui 3 sabores disponíveis: chocolate, baunilha e morango. De quantos modos diferentes você pode fazer esta compra?

Note que nesta combinação, é possível repetir a ordem de dois ou mais sabores, assim tratando de uma combinação com repetição. Se temos 3 sabores disponíveis e queremos uma combinação para 4 bolas, pela fórmula obtemos:

Logo, temos 15 combinações possíveis para esta compra!

ENEM 2017) Um brinquedo infantil caminhão-cegonha é formado por uma carreta e dez carrinhos nela transportados, conforme a figura.

No setor de produção da empresa que fabrica esse brinquedo, é feita a pintura de todos os carrinhos para que o aspecto do brinquedo fique mais atraente. São utilizadas as cores: amarelo, branco, laranja e verde, e cada carrinho é pintado apenas com uma cor. O caminhão-cegonha deve haver pelo menos um carrinho de cada uma das quatro cores disponíveis. Mudança de posição dos carrinhos no caminhão-cegonha não gera um novo modelo do brinquedo. Com base nessas informações, quantos são os modelos distintos do brinquedo que essa empresa poderá produzir?

Note as palavras em negrito no texto. Pela interpretação da questão percebe-se que ela se trata de uma combinação com repetição. Então, se temos 4 cores disponíveis e 10 carrinhos a ser colocados no brinquedo a questão pode ser solucionada da seguinte maneira:

Pelo exercício, teremos pelo menos um carrinho de cada cor. Então podemos supor que existe uma quantidade (amarelo), (branco), (laranja) e (verde) e mais um de cada, no mínimo. Então podemos dizer:

  • Carrinho amarelo: a+1
  • Carrinho branco: b+1
  • Carrinho laranja: L+1
  • Carrinho verde: v+1

Somando então estas quantidades, sabemos que o total deve ser igual a 10 carrinhos, o que nos leva a:

Isolando as variáveis temos que:

Ora, perceba que agora temos um cenário onde já sabemos que ao mínimo teremos um carrinho de cada cor, que já ocupa 4 posições no caminhão-cegonha restando apenas 6 posições. Então é necessário pensar que devemos organizar agora 4 carrinhos em 6 posições considerando a repetição. O que nos leva a formula:

Referências Bibliográficas

MEYER, Paul L. Probabilidade: Aplicações à Estatística. São Paulo: Editora Livros Técnico Científicos, 1975.

Prova – ENEM 2017, Questão 143 – Prova Azul

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Fungos medicinais

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Fungos são organismos eucariontes, cuja célula possui um núcleo onde se organizam o material genético conhecido como DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico). Encontram-se classificados no domínio Eukarya e reino Fungi. Antigamente, eram classificados junto com as plantas, mas após anos de estudos descobriu-se que estes organismos estão mais relacionados aos animais. Dentre as características que os reúnem em um grupo, estão semelhanças genéticas; tipo de parede celular composta por quitina, o mesmo tipo de polissacarídeo presente no exoesqueleto de artrópodes e mantém como reserva energética o glicogênio.

A classificação biológica para os fungos sofreu várias mudanças ao longo dos anos e, atualmente, estes organismos estão inseridos nos filos Ascomycota, Basidiomycota, Chytridiomycota, Noecallimastigomycota, Blastocladiomycota, Glomeromycota e nos subfilos: Mucoromycotina, Enthomophtoromycotina, Zoopagomycotina e Kickxellomycotina (antigos Zygomycota). Todos estes organismos não formam um tecido verdadeiro e sim uma rede intricada de filamentos referidos por hifas, as células dos fungos, cujo conjunto forma o micélio. A maioria dos fungos possuem estruturas microscópicas, mas há aquelas observadas a olho nu, como os cogumelos, orelhas de pau, mofos, bolores, entre outros.

Os fungos são conhecidos desde a antiguidade, onde civilizações antigas, como os maias, faziam uso de cogumelos mágicos em rituais religiosos; ou quando povos gregos elegeram Dionísio (ou Baco) como deus do vinho; enquanto os egípcios elegiam Osíris, o que indica o consumo desta bebida, resultado da ação de um fungo conhecido como levedura. Desde então, os fungos são explorados comercialmente pelo homem, onde muitos deles são consumidos como alimento principalmente na Europa. Atualmente, vários setores industriais utilizam-se dos diversos tipos de metabolitos secundários produzidos pelos fungos. O shoyu é resultado da fermentação da soja por linhagens de Aspergillus oryzae e Aspergillus soyae (fungos anamórficos); o saquê (bebida de arroz) é resultado da fermentação por Aspergillus oryzae, entre tantos outros.

Os produtos obtidos pelas indústrias são o resultado dos metabólitos secundários produzido pelos fungos que podem ser utilizados individualmente, ou em combinação com leveduras e bactérias. Muitos fungos anamórficos são extremamente importantes na área farmacêutica e medicinal e tiveram um impulso, em meados do século XX, após a descoberta da penicilina, um antibiótico produzido por Penicillium chrysogenum. Há outros antibióticos produzidos por fungos anamórficos, como a cefalosporina com ação bactericida produzida por Cephalosporium acremonium, muito semelhante à penicilina, pois inibe o crescimento de bactérias gram-positivas; a griseofulvina, cuja ação é antifúngica e é produzida por Penicillium griseofulvum, que combate micoses superficiais e onicomicoses, que acomete unhas. Outro medicamento importante e utilizado em pacientes transplantados é a ciclosporina A, metabólito produzido por Tolypocladium niveum (=Beauveria nivea), cujo efeito relaciona-se ao sistema imunológico e evita rejeição do órgão transplantado.

Os basidiomicetos também apresentam propriedades medicinais, pois são produtores de polissacarídeos em potencial e são muito estudados na China e Japão. Os cogumelos e orelhas de pau, representantes mais conhecidos do grupo, são utilizados como fonte de alimento em tratamentos. Contudo, os metabólitos podem ser extraídos de basidiomas, ou do micélio. A maioria dos polissacarídeos apresentam efeitos antitumorais, hipoglicêmicos e aumentam a resposta imunológica.

Quando os antibióticos não possuem ações benéficas aos organismos, tem efeito tóxico, cujo metabólito passa a ser referido como micotoxina, dentre as quais a mais conhecida é a aflatoxina, altamente cancerígena.

Bibliografia recomendada:

http://tolweb.org/tree/ (consultado em junho de 2018)

Hibbett, D.S. et al. 2007. A higher-level phylogenetic classification of the Fungi. Mycological Research 111: 509-547.

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p.

Terçaroli, G.R., Paleari, L.M. & Bagagli, E.2010. O incrível mundo dos fungos. São Paulo, Ed. Unesp, 125p.

Bononi, V.L. (org.) 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 181p.

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Levedura

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As leveduras são fungos unicelulares que não formam um grupo específico, como os cogumelos, ou seja, não formam um grupo taxonômico. As leveduras são formas simples de crescimento de fungos ascomicetos (em sua maioria), basidiomicetos e os antigos zigomicetos. Alguns fungos são dimórficos, ou seja, apresentam a forma leveduróide (unicelular) e a forma filamentosa (micélio), esta última forma apresenta-se com um conjunto menor de hifas se comparada a um cogumelo e é referida por pseudomicélio. As alterações das formas ocorrem de acordo com mudanças ambientais e existem aquelas que se apresentam apenas em forma leveduróide, como o ascomiceto bem conhecido, Saccharomyces cerevisae.

Leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae. Foto. NASA

Existem cerca de 600 espécies de leveduras que são encontradas no solo, ar e água, incluindo o ambiente marinho. A maioria é sapróbia, ou seja, atua decompondo matéria orgânica de origem animal ou vegetal. Contudo, há aquelas que atuam como parasitas.

Ciclo de vida

Na maioria das vezes as leveduras se reproduzem assexuadamente por brotamento. Este tipo de reprodução inicia-se com um pequeno crescimento lateral à célula-mãe, o broto. Posteriormente, o núcleo da célula-mãe se divide em dois, um deles passa para esta nova célula, a célula-filha que se separa da mãe e forma uma nova levedura.

As leveduras também podem se reproduzir por fissão, que consiste na divisão da célula-mãe após a multiplicação do núcleo originando duas células-filhas idênticas.

Importância econômica

As leveduras têm grande valor em setores industriais e Saccharomyces cerevisae ficou bastante conhecida neste ramo, pois ao fermentar o malte há produção de cervejas e pães. Linhagens melhoradas deste fungo auxiliam na produção de álcool etanol para fabricação de combustíveis. Vinhos são produzidos a partir da fermentação da uva com auxílio de Saccharomyces cerevisae, Botrytis cinerea e Schizosaccharomyces pombe.

Existem leveduras que atuam para a conservação de alimentos, a substância “pullulan” produzida por Aureobasidium pullulans forma uma película transparente ao redor dos alimentos, o que os protege da degradação.

Contudo, existem leveduras altamente patógenas que suprimem o sistema imune, destacando-se Candida albicans causadora de candidíase e infecções de mucosas; o basidiomiceto em forma leveduriforme, Cryptococcus neoformans responsável pela criptococose e Pneumocystis sp. responsável por causar pneumonias, principalmente, em portadores de HIV.

Bibliografia recomendada:

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p.

Terçaroli, G.R., Paleari, L.M. & Bagagli, E.2010. O incrível mundo dos fungos. São Paulo, Ed. Unesp, 125p.

Bononi, V.L. (org.) 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 181p.

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MLoures

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Ah, a moda brasileira! Fico tão encantada quando vejo que há tantas marcas nacionais que estão desenvolvendo trabalhos impecáveis, com qualidade e de acordo com os principais movimentos que agitam o universo fashion. Uma das labels bacanas que, inclusive, valoriza o handmade é a M.Loures, fundada pela mineira Marina Loures, há mais de 8 anos.

Os acessórios têm design moderno, minimalista e são voltados para a mulher urbana. Durante os dias em Miami, usei uma série de peças muito especiais. Elegi brincos e colares vermelhos para criar visuais extremamente marcantes – e com formas orgânicas – em propostas bem diferentes. Um dos looks é supercolorido, com repetição da cor na estampa da blusa. Já na estética neutra, o tricô off-white com listras ganhou um toque vibrante.

Dentro da tendência de esferas, há criações com argolas e na combinação com quatro bolas compostas por fios. É tão sofisticado e moderno ao mesmo tempo.

Além dos colares e anéis, tem pareôs, com estampas geométricas e orgânicas, que servem como blusa, turbantes e por aí vai. A bela Luiza Sobral fez uma amarração cool e sofisticada perfeita para usar durante os dias ao sol.

Uma delícia poder compartilhar novidades de empresas brasileiríssimas. Quanto orgulho ver a criatividade e o talento de designers que investem em handmade, sempre, com bom gosto.



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Trend hits: Bolsas Naturais

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O movimento slow fashion vem resgatando uma série de conceitos tão especiais. Um deles é o handmade, técnica artesanal tradicionalíssima aqui no Brasil, que está cada vez mais valorizada na moda, principalmente, pelo seu charme único. Os trabalhos de crochê, tricô, macramê e tressê são característicos de algumas regiões do país e, além dessa brincadeira de fios e cores, os materiais naturais também estão mostrando que formam uma combinação estética perfeita.

Ráfia, juta, palha e vime são as preferidas pelas fashionistas quando o assunto é it-bag. As ruas e passarelas estão repletas de versões elegantes, divertidas e modernas ao mesmo tempo. E, inclusive, é o acessório ideal para transformar o visual de alfaiataria do dia a dia. Para o meu aerolook, apostei na bolsa multicolorida, com fios tintos e partes que trazem a cor natural da palha. Adorei o contraste cool da alça de correntes.

O F*hits team também se rendeu às graças da tendência. Há clutchs, como o modelo retangular com barbicacho usado pela dupla Raíssa Santana e Clau Bartelle. As opções com alça de ombro foram as escolhidas por Nicole Pinheiro e Van Duarte – uma tem o shape de caixinha de palha e outra é redonda de vime. Já as versões de mão são as queridinhas de Luiza Sobral e Silvia Braz.

Um trabalho tão rico e encantador. Além de ser uma valorização do artesanato, é uma maneira de levar a sustentabilidade para o universo fashion. Os tingimentos dos materiais naturais são menos agressivos ao meio ambiente e permitem criar efeitos incríveis.

 



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Wishlist: My Pinky Ring

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É incrível como o universo do luxo vem se reinventando nos últimos tempos. Não é somente a moda que está absorvendo um pouco de humor, mas a joalheria também está ganhando versões para o dia a dia. Entre os itens que estão na lista de repaginados estão os anéis sinete, conhecidos por carregar pedras ou brasões, como os de família. Hoje, eles expressam também a individualidade e o espírito de cada um.

Uma das marcas que está investindo nas adaptações é a norte-americana David Yurman, conhecida pelas peças superdesejáveis. Durante os meus dias em Miami, o F*hits team e eu conhecemos a coleção de anéis sinete, que é exatamente o que combina tradição e modernidade. A série “Pinky Rings” reflete o conceito de personalidade e elegância, com diversas opções – há modelos feitos com ouro 18 quilates lisos, outros com nervuras, cobertos por diamantes, com desenhos e até criados com cerâmica colorida. E não é por ser usado no dedo mindinho que transforma ele em elemento secundário nas mãos. Repare o quanto ele se destaca!

Para quem gosta de inovar, uma dica: você pode combinar com um segundo Pinky ring. E as musas Luiza Sobral, Fernanda Britto e Claudia Bartelle criaram interpretações inspiradoras. Tem mix de olho grego e brilhantes champagne invertidos, pavê de ouro branco com cerâmica preta ou branca. Simplesmente chique e cool ao mesmo tempo!

Acompanhar o movimento dos novos tempos, com contrastes estéticos, é uma forma de deixar a joalheria ainda mais leve. Fazer essa mistura de ouro e cerâmica no mesmo visual, por exemplo, é tão forte e especial.

 



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Micologia

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Micologia é uma área da ciência responsável por estudar os fungos; termo de origem grega, onde mykes significa fungo, ou cogumelo e logos, estudo. Especialistas que estudam estes organismos são os micologistas, ou micólogos. Um dos primeiros registros foi feito pelo botânico italiano Pier Antonio Micheli, que publicou Nova Plantarum Genera (de 1729).

Os estudos com fungos são feitos em diferentes áreas da ciência, mas a principal inclui trabalhos investigativos, cujo objetivo é encontrar e divulgar a grande diversidade de espécies para o mundo. Para que estudos aplicados aconteçam é necessário que se saiba qual a origem e como se apresenta este organismo. Portanto, as áreas da ciência que possibilitam isso são a Sistemática e a Filogenia, que se utiliza da taxonomia (do grego, taxis que significa ordem, arranjo e nomos, que significa lei), cujo objetivo é conhecer o maior número de características a respeito dos organismos, que demonstrem suas afinidades naturais. Este conhecimento abrange estudos genéticos, morfológicos, anatômicos, bioquímicos, embriológicos, etc.

Os fungos são organismos eucariontes, ou seja, providos de núcleo celular, onde se encontram o material genético, DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico), uma das características que os inclui no domínio Eukarya. Os fungos são formados por células conhecidas como hifas, cujo conjunto forma o micélio. A partir do micélio ocorre diferenciação celular que originará estruturas de reprodução sexuada, ou assexuada. Dentre as quais estão cogumelos e orelhas de pau (estruturas sexuadas), tipos de basidiomas e conidiomas típicos (estruturas assexuadas), que formam mofos e bolores. Estas estruturas eram antigamente mencionadas como corpos de frutificação. Contudo, os fungos podem se apresentar como leveduras, ou seja, uma única célula que se forma de acordo com mudanças ambientais. Além de possuírem grande aplicabilidade industrial, ou como patógenos em potencial.

Um dos maiores seres vivos registrados no mundo pertence ao basidiomiceto, Armillaria ostoyae que coloniza 890 hectares de solo da floresta Malheur, nos Estados Unidos; o equivalente a 47 estádios do Maracanã. Acredita-se que este fungo esteja neste solo há pelo menos 2.400 anos e para ter certeza de que é um único organismo, os cientistas coletaram diversas amostras de DNA por toda a extensão do fungo e obtiveram como resultado a mesma constituição molecular. Uma das justificativas para este fenômeno está relacionada com a interação que o fungo mantém com as árvores da floresta, primeiro extraindo nutrientes das raízes e depois dos caules. As árvores adoecem e morrem com o tempo, mas abrem espaço para o desenvolvimento de outras árvores e, assim, este convívio permanece por anos.

Os fungos são heterótrofos e se nutrem por absorção através da liberação de enzimas que auxiliam na degradação de matéria orgânica e também inorgânica. Assim, favorecendo sua colonização em diferentes ambientes seja na água, solo ou ar. Além de habitarem regiões com temperaturas acima de 100ºC, ou abaixo de zero. Além disso, produzem inúmeras substâncias conhecidas como metabólitos secundários que são utilizados em diversos setores industriais, como alimentício, farmacêutico, bebidas, têxteis, etc.

Estima-se que diversidade atinja 1,5 milhões de espécies e superestima-se até 5,1 milhões, mas apenas 97.861 estão registradas para o reino Fungi. E, atualmente, distribuem-se nos filos: Ascomycota, Basidiomycota, Chytridiomycota, Noecallimastigomycota, Blastocladiomycota, Glomeromycota e nos subfilos: Mucoromycotina, Enthomophtoromycotina, Zoopagomycotina e Kickxellomycotina (antigos Zygomycota).

Bibliografia recomendada:

https://www.scientificamerican.com/article/strange-but-true-largest-organism-is-fungus/ (consultado em junho de 2018)

http://tolweb.org/tree/ (consultado em junho de 2018)

Hibbett, D.S. et al. 2007. A higher-level phylogenetic classification of the Fungi. Mycological Research 111: 509-547.

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p.

Terçaroli, G.R., Paleari, L.M. & Bagagli, E.2010. O incrível mundo dos fungos. São Paulo, Ed. Unesp, 125p.

Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1967. Dicionário Micológico. Rickia – Série Criptogâmica dos “Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo”. Instituto de Botânica, São Paulo. 232pp.

Bononi, V.L. (org.) 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 181p.

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Algas

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Alga é um termo popular, seria o mesmo como mencionar grama e indica uma variedade de organismos que muitas vezes não estão aparentados. Logo, o termo algas em seu sentido amplo não tem importância taxonômica, ou seja, não possui valor para nomear um grupo dentro de um sistema de classificação biológica. As algas possuem organismos muito distintos com relação à morfologia (formas), tipo de reprodução (ciclo de vida), fisiologia e ecologia. Assim como as plantas são organismos fotossintetizantes capazes de produzir o próprio alimento (glicose) a partir de substâncias químicas simples, como CO2 (dióxido de carbono) e H2O (água) em presença de luminosidade.

No século IV a.C., Aristóteles (filósofo grego) agrupou as algas em Plantae, junto com plantas, fungos, bactérias, samambaias e musgos. E somente no século XX d.C., as algas foram inseridas em outro grupo, o reino Protista (termo de origem grega que faz menção a “seres inferiores”) pelo pesquisador norte americano Whittaker. Contudo, outro nome também foi usado para acomodar estes organismos que não se assemelhavam às plantas, animais ou fungos, o reino Protoctista, proposto por Copeland no século XX e resgatado pela bióloga norte americana, Lynn Margulis, famosa por apresentar a teoria da endossimbiose. Hoje os especialistas que estudam algas são referidos por ficologistas, termo de origem grega, onde phykos significa alga.

As algas separam-se em grandes grupos e são referidos na literatura como protistas eucariontes fotossintetizantes, pois existem organismos em Protista que não realizam fotossíntese, como protozoários, oomicetos e mixomicetos (ou organismos plasmodiais). Com maior especificidade, a classificação atual reúne algas vermelhas, algas verdes, glaucófitas e plantas terrestres no grupo Archaeplastida. Porém, sem confirmar a existência de um ancestral comum (monofilia) para este grupo. As crisófitas, xantofíceas, algas pardas, diatomáceas e dinoflagelados juntamente com outros organismos (oomicetos, organismos plasmodiais e protozoários) se reúnem no grupo dos cromalveolados (Chromalveolata). No entanto, as diatomáceas, crisófitas, xantofíceas, algas pardas e outros organismos (como oomicetos e organismos plasmodiais, entre outros) se subdividem em estramenópila. Este termo tem origem grega e significa palha, cuja referencia se faz ao flagelo com estruturas que dão aspecto de pluma. Enquanto que dinoflagelados e protozoários se reúnem em alveolados (Alveolata). Atualmente, ambos os nomes dos grupos não possuem valor taxonômico.

A morfologia das algas é muito diversificada e compreende desde organismos unicelulares até multicelulares, cuja menção se faz por talo. Há algas que formam colônias, cujas células podem ou não apresentar flagelos; outras formam filamentos simples ou ramificados; alguns talos são constituídos por lâminas, com camada única ou dupla de células; há aqueles que formam massas multinucleadas, com ou sem parede celular. Existem algas cujos talos são multicelulares, referidas por macroalgas, as quais apresentam um sistema de organização celular com funções de condução (vasos condutores) e divisão de trabalho e, portanto, formam tecidos.

A fotossíntese em algas, assim como em outros seres fotossintetizantes, é um fenômeno que ocorre com a presença de organelas celulares específicas, os cloroplastos (ou plastídeos) e pigmentos, que também conferem a cor para estes organismos. A clorofila (a, b, c, etc.) é um dos principais pigmentos responsáveis por este fenômeno.

Algas verdes. Foto: Janelle Lugge / Shutterstock.com

Ciclo de vida

Como mencionado, as algas possuem uma diversidade de organismos e consequentemente apresentam ciclos reprodutivos diversos. Ao comparar o ciclo de vida de animais, incluindo os seres humanos, a fase diploide (2n) é dominante e os gametas são as únicas células haplóides (n), que surge após a meiose. Em plantas terrestres, o ciclo reprodutivo ocorre com alternância de gerações marcada por uma fase multicelular haploide (gametófito) e uma fase multicelular diploide (esporófito). O gametófito responsabiliza-se pela produção de gametas, enquanto o esporófito produz esporos. Esta alternância de gerações foi observada em algas verdes, vermelhas e pardas (referidas também como macroalgas), mas com particularidades a cada grupo e faz parte de um ciclo de vida sexuado.

A reprodução em algas também pode ser assexuada e ocorre por divisão binária, onde algas unicelulares dividem-se por mitose originando novas algas sem variabilidade genética (como um clone). A zoosporia também é um tipo de reprodução assexuada em algas, onde cada zoósporo ao se dispersar é capaz de gerar um novo indivíduo.

Para o grupo das microalgas a reprodução assexuada pode apresentar três tipos de fecundação: isogamia, quando os gametas (unicelulares) são iguais em tamanho e forma; anisogamia, quando um dos gametas se apresenta menor do que o outro; oogamia, quando um dos gametas é maior e imóvel, ou seja, não apresenta flagelos. O ciclo de vida sexuado varia conforme o grupo.

Importância ecológica

As algas e cianobactérias (antigas algas azuis, ou cianofíceas) fazem parte do fitoplâncton, enquanto pequenos animais como crustáceos e larvas diversas são parte do zooplâncton. O plâncton é a união de todos estes organismos que coexistem em ambientes marinhos e de água doce. Além de ser fonte de alimento a outros organismos, como baleias, ou peixes.

O controle populacional do fitoplâncton acontece por mudanças climáticas sazonais, limitação nutricional ou ataque de predadores. Contudo, quando há poluição do ambiente, muitas vezes, ocasionadas por intervenção humana, ocorre um crescimento exagerado e descontrolado das algas acarretando no fenômeno conhecido como e florações ou bloom. Este fenômeno ocasiona a liberação de compostos tóxicos produzidos pelas algas, talvez por defesa ao ataque de predadores e resultando em mortandade de peixes, aves e mamíferos aquáticos. A maré vermelha é um dos fenômenos bem registrados e a alga responsável pertence ao grupo dos dinoflagelados, cujo tipo de pigmento dá cor ao organismo e ao tipo de fenômeno.

Maré vermelhas. Foto: sinephot / Shutterstock.com

Outro papel importante ecologicamente é a capacidade que estes organismos aquáticos possuem por absorver CO2 atmosférico e transformá-lo em carboidrato através da fotossíntese, ou em carbonato de cálcio, pela calcificação. Com isso, auxilia na redução de CO2 atmosférico, um dos gases responsáveis pela ocorrência do efeito estufa e consequente aquecimento global.

Importância econômica

O fitoplâncton pode ser utilizado em “fazendas marinhas” como forragem para auxiliar no crescimento de mariscos, camarões e outros frutos do mar.

Algas bentônicas, ou seja, aquelas que vivem fixas e submersas podem ser cultivadas, resultando em produtos comestíveis ou de utilidade industrial, como os polímeros de galactose de sulfato, produzido por uma macroalga vermelha responsável pela origem do ágar. Comercialmente, o ágar pode ser utilizado para a confecção de cápsulas, moldes dentários, base para cosméticos e meios de cultura para o crescimento de microrganismos. O ágar também pode ser utilizado para o preparo de gelatinas e sobremesas instantâneas.

Ao longo de costões rochosos encontram-se as macroalgas (algas pardas, verdes e vermelhas) e um grande conjunto de algas pardas formam os kelps, verdadeiras florestas aquáticas. Além de servir como abrigo e fonte de alimento para animais marinhos, servem como alimento para seres humanos. Na China e Japão são consumidos regularmente e podem ser cultivados ou coletados em ambientes naturais. O alginato é um metabólito mucilaginoso derivado dos kelps e pode ser utilizado como emulsificante e estabilizante de alimentos e tintas; também em revestimento de papel.

Bibliografia recomendada:

http://tolweb.org/Eukaryotes/3 (consultado em julho de 2018)

Bicudo, C.E.M. & Menezes, M. (orgs.) 2006. Gênero de Algas Continentais do Brasil (chave para identificação e descrições). Ed. Rima, 2ª. edição, São Carlos, SP. 502p.

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316

Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1967. Dicionário Micológico. Rickia – Série Criptogâmica dos “Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo”. Instituto de Botânica, São Paulo. 232pp.

Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.

Lee, R.E. 2008. Phycology. 4ª edição, Cambridge University Press, New York. 561pp.

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Energia nuclear é limpa?

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A energia nuclear é proveniente da fissão de um átomo pesado, ou seja, da divisão do núcleo do átomo de metais. Ao serem divididos os átomos liberam grande quantidade de energia. A energia nuclear geralmente está associada às bombas atômicas e armas nucleares, mas ela tem sido aplicada em diversas atividades na sociedade (medicina, agricultura, indústria). Sua principal utilização é na geração de energia elétrica, sendo geralmente apresentada como uma fonte limpa. Mas nem todos pensam assim, por isso sua utilização sofre resistência por grande parte dos ambientalistas e da sociedade em geral. Será que a energia nuclear é realmente limpa?

Usina Nuclear de Energia. Foto: TTstudio / Shutterstock.com

A produção de energia elétrica ocorre nas usinas nucleares e o reator nuclear é o equipamento onde se processa a reação de fissão nuclear. A fissão libera calor que aquece a água, produzindo vapor. Esse vapor movimenta a turbina, que aciona um gerador elétrico, que por sua vez transforma energia cinética (movimento da turbina) em energia elétrica. A fissão do átomo de urânio é a técnica mais empregada nesse processo. A energia nuclear não é renovável, uma vez que não utiliza recursos que são naturalmente reabastecidos.

Um dos principais argumentos utilizados para defender o uso da energia nuclear como uma alternativa limpa é o fato de que ela não emite CO2 para a atmosfera, não contribuindo para o aquecimento global. De fato, as emissões de CO2 de uma usina nuclear são praticamente nulas, pois o urânio é utilizado como combustível, não havendo queima de combustíveis fósseis. Entretanto, o CO2 é emitido durante as etapas do ciclo do combustível nuclear (transformação do mineral urânio para que ele possa ser utilizado como combustível nas usinas nucleares). A etapa de enriquecimento do urânio, por exemplo, costuma depender da eletricidade gerada por combustíveis fósseis.

Outro aspecto negativo do uso da energia nuclear é o lixo gerado pelas usinas. As usinas nucleares produzem uma elevada e variada quantidade de rejeitos, que incluem o próprio urânio utilizado nos reatores e os equipamentos contaminados pelo urânio e por outros elementos resultantes das reações ocorridas. Esses resíduos são altamente tóxicos e nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. Um dos principais problemas é que estes resíduos permanecem contaminados por um longo período de tempo. Embora diversos métodos de destinação final tenham surgido, ainda há muitas incertezas sobre o correto tratamento e disposição final do lixo radioativo.

A possibilidade da ocorrência de acidentes nucleares também gera muitas discussões. Esses acidentes podem ocorrer por falhas humanas ou técnicas, causando danos irreversíveis ao meio ambiente e à saúde humana. Entre os acidentes de maior destaque na história das usinas nucleares estão: Three Mile Island, Fukushima e Chernobyl. Mas as novas tecnologias empregadas nas usinas são bem mais seguras, o que diminui o risco de acidentes.

Enfim, considerando apenas que os reatores nucleares não emitem gases do efeito estufa durante sua operação, a energia nuclear pode ser considerada limpa. Mas uma grande quantidade de energia é consumida nas atividades de construção da usina, extração e enriquecimento do urânio, tratamento e armazenamento dos rejeitos, etc., e durante esses processos ocorre a liberação de gases poluentes. Nesse sentido percebemos que ela não é uma energia realmente limpa. Portanto, a energia nuclear não é a melhor alternativa para países que possuem potencial para o uso de outras fontes de energia mais seguras, limpas e renováveis.

Referências:

Sovacool, B. K. Repensando a energia nuclear. In: Estudos avançados, vol. 26, n.74, São Paulo, 2012.

Moreira, M. A. et al. Análise do uso da energia nuclear: Aspectos institucionais, sociais, ambientais, econômicos e segurança energética. In: XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Bento Gonçalves. 2012.

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Energia hidráulica

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A energia hidráulica é produzida através da força da movimentação das águas dos rios e oceanos. Essa energia é influenciada pela irradiação solar e pela energia potencial gravitacional, que provocam efeitos como a evaporação, condensação e precipitação das águas, sendo estes os fatores responsáveis pela geração da energia hidráulica. O aproveitamento dessa energia para a geração de energia elétrica geralmente é feito por meio das usinas hidrelétricas.

Uma usina hidrelétrica é formada basicamente pelo sistema de captação e adução de água, pela barragem, casa de força e vertedouro. A barragem serve para interromper o curso normal da água, criando um reservatório de armazenamento de água. O vertedouro permite controlar o nível da água do reservatório. Através de canais, túneis ou condutos metálicos a água represada é captada e conduzida até a casa de força, onde as turbinas hidráulicas estão localizadas. A água passa pelas turbinas, fazendo com que estas girem. Nesse momento a energia hidráulica é transformada em energia mecânica. No gerador que está acoplado às turbinas através de um eixo, a energia mecânica é transformada em energia elétrica. Após movimentar as turbinas a água volta ao leito natural do rio pelo canal de fuga.

As principais variáveis que caracterizam uma usina são: altura da queda d’água, vazão do rio, quantidade de água disponível em diferentes períodos do ano, tipo de turbina, de barragem e de reservatório empregados e localização. Esses fatores são interdependentes, de modo que geralmente a altura da queda d’água e a vazão (que dependem do local de instalação) irão determinar os demais fatores. A capacidade de geração de energia de uma usina é determinada por esses fatores.

Geralmente a energia hidrelétrica é considerada uma fonte limpa e renovável, pois não se caracteriza pela emissão de gases do efeito estufa e utiliza a força da água, um recurso que está constantemente repondo-se na natureza. Entretanto, as usinas hidrelétricas são geradoras de vários impactos ambientais e sociais. A formação dos reservatórios causa a inundação de grandes áreas de mata, prejudicando a flora, fauna e interferindo no fluxo natural do rio e na ocupação humana, pois as famílias normalmente são transferidas para outros locais. Além disso, as árvores atingidas pela inundação sofrem o processo de decomposição, liberando gás metano, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa.

A energia hidráulica é a principal fonte utilizada no setor elétrico brasileiro, correspondendo a quase 70% da produção de eletricidade no país. Historicamente o país vem investindo muito em hidrelétricas, devido principalmente à abundância de recursos hídricos. Atualmente cerca de 196 usinas hidrelétricas estão em operação no país (desconsiderando as pequenas centrais hidrelétricas e as centrais geradoras hidrelétricas), e a tendência é que este número cresça nos próximos anos. Portanto, é possível observar a grande importância da energia hidráulica para o país.

Referências:

Queiroz, R. et al. Geração de Energia Elétrica através da Energia Hidráulica e seus impactos ambientais. Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, Santa Maria, 13 (13), p. 2774 2784, 2013.

Conceição, A. L.; Seixas, S. R. C. Hidrelétricas, qualidade de vida e desenvolvimento. Revista Brasileira de Energia, v. 19, p. 1-17, 2013.

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Energia solar

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Praticamente todas as fontes de energia (oceânicas, hidráulica, biomassa, eólica e combustíveis fósseis) derivam indiretamente da energia solar. Por isso o Sol é a origem de todas as formas de energia conhecidas na Terra. Além disso, a radiação solar pode ser utilizada como fonte direta de energia para aquecimento ou para produzir eletricidade. Existem diferentes tecnologias para o aproveitamento da energia solar, mas basicamente esse aproveitamento é feito através de dois tipos de processos principais: o fototérmico e fotovoltaico.

A energia solar fototérmica ou térmica consiste no aproveitamento da radiação solar para o aquecimento de fluidos (líquidos ou gasosos). Os equipamentos mais utilizados para este tipo de aproveitamento são os coletores e concentradores solares. Os coletores solares são geralmente instalados nos telhados de prédios e residências, a radiação solar é absorvida por esses coletores e empregada no aquecimento da água para fins domésticos e industriais. Os concentradores são aplicados em atividades que requerem temperaturas elevadas, como a secagem de grãos e a produção de vapor.

Energia solar fototérmica. Foto: Manuela Fiebig / Shutterstock.com

A energia solar térmica também pode ser aproveitada para produzir energia elétrica, por meio de usinas solares térmicas, que captam e concentram o calor para aquecer um fluido e gerar vapor. O vapor aciona uma turbina acoplada a um gerador, produzindo energia elétrica.

A energia solar fotovoltaica é a energia gerada por meio da conversão direta da radiação solar em eletricidade. Essa conversão é feita por meio de células fotovoltaicas, constituídas geralmente por silício. Os painéis fotovoltaicos são formados por um conjunto de células fotovoltaicas. Quando a luz solar atinge uma célula fotovoltaica, ela produz uma pequena corrente elétrica, essa corrente é coletada e transferida para os demais componentes do sistema, podendo ser utilizada diretamente em sistemas ligados à rede elétrica ou armazenada em baterias.

Planta de produção de energia solar nos EUA. Foto: U.S. Department of Energy.

Os principais benefícios da utilização da energia solar são: é uma fonte limpa e renovável, que não gera gases poluentes ou ruídos durante sua utilização; é uma ótima alternativa para áreas isoladas; os painéis solares estão cada vez mais eficientes, e o seu custo, embora ainda seja elevado, está cada vez mais baixo; os sistemas necessitam de manutenção mínima e em países tropicais sua utilização é viável em praticamente todo o território.

Painéis fotovoltaicos. Foto: Vibe Images / Shutterstock.com

Entre as desvantagens temos: variações climáticas (chuva, neve) influenciam na quantidade de energia produzida e durante a noite não há produção; riscos associados aos materiais tóxicos utilizados nos módulos fotovoltaicos; elevado consumo de energia para a fabricação dos painéis; as baterias utilizadas para armazenar energia possuem vida útil curta; é necessário o correto gerenciamento dos resíduos provenientes dos sistemas de produção de energia; possibilidade de ocupação de áreas para a implantação do projeto. Entretanto, esses fatores negativos podem ser controlados e não desmerecem a importância da energia solar.

O setor de energia solar no mundo tem crescido muito nos últimos anos. Entre os países com maior relevância nesse cenário estão a China, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Itália e Espanha. O Brasil possui um elevado potencial de geração de energia solar, devido suas altas taxas de irradiação solares, mas essa tecnologia ainda é pouco explorada no país. Em 2016 apenas 0,01% do total de energia elétrica gerada no país foi proveniente da energia solar. Mas seu uso cresceu muito nos últimos anos no país e a tendência é que continue crescendo.

Referências:

Nascimento, R. L. Energia Solar no Brasil: Situação e perspectivas [internet]. Consultoria Legislativa, Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos, 2017. Disponível em: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/32259.

Silva, R. M. Energia Solar: dos incentivos aos desafios. Texto para discussão nº 166. Brasília. Senado Federal, 2015.

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Classificação climática de Köppen-Geiger

" A Classificação climática tem como intuito agrupar os diferentes segmentos do planeta associando-os de acordo com os índices climátic...