Espécies superabundantes

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Além das espécies invasoras, os ambientalistas e estudiosos da conservação biológica tem se preocupado com outro fenômeno: as espécies superabundantes, que apesar de serem nativas (não exóticas), possuem dominância sob as outras espécies locais, se comportando como espécies invasoras, crescendo e se reproduzindo descontroladamente, causando desequilíbrio ecológico.

Causas

As ações humanas sob os ecossistemas naturais, causam a diminuição de cobertura vegetal, fragmentação de habitat e extinções de espécies. Atividades como a extração de madeira, os incêndios, formação de pastos para o gado, herbicidas, entre outros, causam impacto no solo e na vegetação. Quando a flora passa pelo processo de desmatamento, por quaisquer um desses motivos, ela pode se regenerar, começando pelo estágio inicial de sucessão, com plantas que chamamos de pioneiras. Essas são espécies com características evolutivas que as permitem colonizar os ambientes em condições adversas.

Ao decorrer da sucessão ecológica secundária, gradativamente a vegetação vai sendo substituída, graças ao papel ecológico das plantas pioneiras, que possuem estratégias para se desenvolver em locais altamente degradados, fazendo a ciclagem de nutrientes e os tornando disponíveis para o solo. Durante a sucessão, novas espécies conseguem se desenvolver, com as novas condições daquele ambiente, transformado pelas pioneiras, e assim sucessivamente, até o alcance de uma floresta madura, que chamamos de clímax. Algumas dessas espécies pioneiras, que lidam bem com alta luminosidade, vento, solos mais pobres, menos água, são beneficiadas nos estágios iniciais e se reproduzem muito, chegando ao ponto de ser prejudicial ao desenvolvimento de outras plantas.

A principal causa da ocorrência de espécies superabundantes, são as alterações antrópicas, nos ambientes naturais. O mesmo se aplica para a fauna, algumas espécies animais de hábitos generalistas e oportunistas toleram variações de condições ambientais e se dão bem em ambientes antropizados, com o aumento de suas populações.

Consequências

As espécies dominantes possuem características que as beneficiam e as tornam melhores competidoras: conseguindo nutrientes e fotossíntese de forma mais eficiente, alta tolerância aos distúrbios e ao estresse ambiental, ciclo reprodutivo rápido, fácil dispersão, altas taxas de crescimento e capacidade de regeneração pós herbivoria, no caso das plantas.

As consequências da superabundância de algumas espécies é o desequilíbrio ecológico. Por exemplo, as trepadeiras (plantas que necessitam de um suporte para viver) são plantas importantes na composição, estrutura e funcionamento dos ecossistemas florestais, mas algumas espécies são favorecidas por distúrbios antrópicos e se tornam superabundantes. Seu crescimento desequilibrado impacta na sobrevivência de árvores, causando limitações no crescimento e reprodução delas. Em áreas de sucessão secundária, algumas espécies de trepadeiras podem prejudicar este processo, tendo a necessidade de intervenção humana, com manejo de espécies, para restauração florestal.

Na fauna, as espécies dominantes também possuem maior capacidade de competição por recursos e sucesso contra predação e doenças. Um ambiente deturpado terá uma fauna menos especialista, como menor quantidade de aves frugívoras e insetívoras. Isso contribui para diminuição dos serviços ecossistêmicos prestados, baixando a taxa de dispersão de sementes, por exemplo. Esses fatores levam às mudanças na dinâmica e funcionamento das comunidades, com empobrecimento da diversidade biológica.

Um outro exemplo são os predadores de sementes pré-dispersão e pós-dispersão. Em ambos os casos, diminui-se o crescimento de novas plantas, através de atividades de animais que predam as suas sementes, como formigas, algumas aves e mamíferos. Em áreas muito degradadas há diminuição de animais de grande e médio porte e aumento da população de pequenos animais, como os roedores. Nesses pequenos fragmentos, há superabundância de pequenos roedores, o que implicará em pressões diversas sob outras plantas, dificultando a sobrevivência de algumas espécies de flora.

As espécies superabundantes podem levar à redução da diversidade biológica natural, alterando a composição de espécies e suas abundâncias relativas e até mesmo levar outras espécies à extinção.

Referências:

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252009000100012&nrm=iso

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-16042015-105326/publico/Vanessa_Jo_Girao_versao_revisada.pdf

https://www.unifal-mg.edu.br/ppgca/system/files/imce/Defesa/Disserta%C3%A7ao_MarianePZanatta.pdf

https://bdtd.inpa.gov.br/bitstream/tede/1946/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Jos%C3%A9%20Guedes%20Fernandes%20Neto.pdf

https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/02/15/as-engrenagens-da-floresta/

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119178/galbiati_la_tcc_rcla.pdf?sequence=1

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Liga Árabe

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A Liga Árabe (ou Liga dos Estados Árabes) é uma organização multilateral formada por Estados Árabes, que tem por objetivo fortalecer os laços econômicos, políticos e culturais entre os países membros e atuar na mediação de conflitos e disputas comerciais.

Países Membros

Atualmente, a Liga Árabe conta 21 países-membros. São eles: Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Catar, Comores, Djibouti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Palestina, Omã, Somália, Sudão, Tunísia e Síria, cuja participação foi suspensa em novembro de 2011 em resposta à Guerra Civil que afeta o país desde março desse mesmo ano.

História da Liga Árabe

A Liga Árabe foi formada em 22 de março de 1945, no Cairo, Egito, com base no Protocolo de Alexandria, assinado em 07 de outubro de 1944 por Egito, Iraque, Síria, Jordânia e Líbano. O Protocolo de Alexandria acordava a formação de uma organização árabe, com participação igualitária de seus países-membros, onde fosse possível discutir mecanismos de coordenação das políticas internas da região.

A busca por uma unidade árabe entre os países do Oriente Médio e da África do Norte remonta à Revolução Árabe contra o Império Turco Otomano, que teve início em 1916. Após a dissolução do Império Turco Otomano, havia o interesse em unificar o mundo árabe em uma única nação.

Entretanto, após o fim da revolta, os países árabes se viram obrigados a lutar pela sua independência, uma vez que seus territórios eram colonizados por França e Inglaterra. As guerras de independência mobilizaram a ascensão de ideologias nacionalistas na região, de forma a ideia de uma unificação árabe foi substituída pela criação de uma aliança multilateral que tivesse como um de seus interesses proteger a independência dos países-membros. É neste contexto de luta contra a colonização que nasce a Liga dos Estados Árabes.

Como forma de defender o território árabe de interesses colonizadores, a Liga Árabe manifesta solidariedade à causa Palestina e organiza um boicote econômico à Israel, em 1948. Em 1979, contrariando o posicionamento da Liga, o Egito assina um acordo de Paz com Israel, o que acarreta na suspensão do país e na transferência da sede da Liga Árabe para Túnis, na Tunísia. A suspensão durou 10 anos, com o Egito só sendo readmitido em 1989, quando a sede retornou para o Cairo.

Em 2003, com exceção do Kuwait, todos os membros da Liga se opuseram à invasão norte-americana ao Iraque. Apesar disso, países-membros que haviam se manifestado contrários a invasão, como Bahrein e Qatar, permitiram que o Estado Americano utilizasse seus territórios como base de operação para o ataque ao país vizinho, provocando desgaste político na Liga.

Em 2011, foi a vez da Líbia ser suspensa da organização como resposta ao violentos ataques perpetrados pelo governo contra protestos pacíficos que criticavam a ditadura de Muammar al-Gaddafi. A reação do Estado, levou à Guerra Civil na Líbia, ocorrida no contexto da Primavera Árabe.

Estrutura

A estrutura da Liga Árabe é formada por: Conselho, Conselho de Defesa, Conselho Econômico e Social e Secretariado Geral.

O Conselho é órgão supremo da organização, composto por representantes de todos os membros. Cada Estado tem direito a um voto nas decisões do conselho.

O Conselho de Defesa, por sua vez, é formado pelos Ministros de Relações Exteriores e de Defesa dos Estados-membros. O órgão trata de assuntos ligados à defesa e segurança territorial dos Estados-membros.

Já o Conselho Econômico e Social é formado pelos Ministros da Economia dos Estados-membros e tem por objetivo promover o desenvolvimento econômico na região.

O Secretariado Geral, diferentes dos conselhos, é um órgão administrativo e executivo, composto por um Secretário-Geral, eleito pelo Conselho para mandatos de cinco anos, secretários assistentes e funcionários. Entre as atribuições do Secretariado Geral está a elaboração do orçamento da Liga e o agendamento das reuniões do Conselho. Desde 2016, o Secretário Geral da Liga Árabe é o egípcio Ahmed Aboul Gheit.

Críticas

A Liga Árabe é criticada por não ter conseguido atingir seus objetivos de coordenar as políticas internas de seus membros e fortalecer os laços entre os Estados Árabes. Uma das causas que impedem a união dos Estados Árabes, é o aprofundamento das disputas entre os grupos sunitas e xiitas, uma vez que a Liga é acusada de ser controlada por grupos sunitas.

Outro fator que impede o desenvolvimento da região, é a presença de ditaduras, que atravancam a participação da população nas decisões políticas locais. E, por fim, a Liga é criticada pela falta de cooperação entre seus membros para o combate aos grupos terroristas que atuam na região.

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Trend alert: Mangas volumosas

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Volta e meia, as mangas se destacam como elemento-chave da temporada. Seja por seu material, textura ou shape, é indispensável pensar nas inúmeras formas como as marcas atualizam a estética das peças investindo apenas nas alterações feitas nas suas estruturas. Recentemente, tenho visto uma série de variações das mangas bufantes e presunto, as clássicas modelagens que surgiram no Período Romântico (século XIV) e tão simbólicas na década de 1980. Elas têm aspecto fofo, variam entre os comprimentos curtos e longos e, independente da produção, são sempre as protagonistas.

Nos últimos tempos, as ruas e passarelas têm sido responsáveis por traduzir novas maneiras de acrescentar a tendência no nosso dia a dia – e não reservá-la apenas para visuais ocasionais. Há desde camisas, como a versão que usei com oversized sleeves, às opções em tricô, passando pelos tops de couro. Para as coleções apresentadas recentemente, os estilistas apostaram em composições de looks com ares jovens e urbanos, mostrando que o contraste de proporções “cintura x mangas” é um dos hits do momento. Com direito a boné e short de cintura alta, a Miu Miu investiu em uma ideia girlie moderna, trazendo a blusa de algodão estruturado com decote v profundo e mangas esculturais. Já na francesa Isabel Marant, o match de couro e lã deu um tom chique e ousado ao top all black.

Na sempre elegante Zimmermann, a camisa estampada foi o ponto de conexão com a feminilidade e romantismo das mangas. Para a o color blocking de Carolina Herrera, a oversized shirt surge com cava deslocada (levemente caída nos ombros) e modelagem das short sleeves com babados volumosos na medida certa.

Além de ter tanta história para contar, elas são elegantes, versáteis e contemporâneas. É tão especial quando a moda consegue apresentar detalhes transformadores nas produções e deixá-las ainda mais atraentes. Se no passado eram decorativas, agora é a vez das mangas volumosas mostrarem seu espaço nos looks casuais e nas formas incríveis de estarem cada vez mais presentes na nossa rotina.

 



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Limites de sequências

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O estudo de limites de sequências é apenas uma extensão do conceito de limites. Para isso vamos recordar o conceito de sequências:

“Uma sequência numérica é uma função f, definida no conjunto dos números naturais, ou inteiros positivos tal que: 𝑓: 𝑛 ↦ 𝑓(𝑛) = 𝑎𝑛. Onde o n é chamado de índice e an o n-ésimo elemento da sequência, ou termo geral.”

Onde os elementos de uma sequência estão na forma:

(a1, a2, a3, a4, ..., an)

Seguindo a definição, toda sequência possui uma lei de formação. Por exemplo, se quiséssemos construir uma sequência que sejam as aproximações por falta do número teríamos o seguinte:

𝑎1 = 1,4
𝑎2 = 1,41
𝑎3 = 1,414
𝑎4 = 1,4142
𝑎5 = 1,41421
𝑎6 = 1,414213

Como sabemos, é um número irracional e, portanto, não sabemos o seu valor tendendo ao infinito, o que torna a sequência de aproximações por falta de uma sequência infinita.

Outro exemplo de sequência é a dos números primos. É uma sequência que não existe uma fórmula, mas os seus termos podem ser obtidos pela definição de números primos:

(2, 3 , 5 , 7 , 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, … )

Existe ainda aquelas em que é possível obter uma fórmula para o seu termo geral, por exemplo:

1) A sequência

an = 2n ⇒ (21, 22, 23, 24, 25, ..., 2n) ⇒ (2, 4, 8, 16, 32, ...., 2n)

2) A sequência

Sequências podem ser finitas ou infinitas. No estudo de limites de sequências vamos nos concentrar apenas nas infinitas. A partir da definição de limites infinitos podemos então classificar algumas sequências, vejamos:

Sequências convergentes:

Uma sequência é convergente para um limite 𝐿, ou tem limite em 𝐿 se, para qualquer 𝜀 > 0 é sempre possível encontrar um número 𝑁 tal que:

𝑛 > 𝑁 ⇒ |𝑎𝑛 − 𝐿| < 𝜀

Escrevemos então:

Uma sequência que não converge é chamada de divergente e uma sequência nula é toda aquela que converge para zero. Exemplos:

3) Observe a sequência:

Escrevendo os seus termos, começando com 𝑛 = 1 temos:

Perceba que, quanto maior for o valor de 𝑛, mais próximos estamos de 1, ou seja:

Podemos constatar então que essa sequência converge para 1. Mas,provando esse fato, sabendo que o limite 𝐿 = 1:

O que significa que, para qualquer 𝜀 > 0, existe um 𝑁 = (1/𝜀) − 1 onde satisfaça a condição:

𝑛 > 𝑁 ⇒ |𝑎𝑛 − 1| < 𝜀

Em outras palavras, podemos dizer que quanto menor for o valor de 𝜀, mais exigentes estaremos sendo quanto à proximidade entre 𝑎𝑛 e o limite 1, logo deveríamos fazer com que o índice 𝑛 fosse cada vez maior para suprir essa exigência. Como um exemplo mais algébrico, vamos calcular limites de sequências de uma maneira menos formal determinando o limite abaixo:

Então:

Usando o fato de que o limite:

Para qualquer valor de 𝑥 ∈ ℝ, então temos que:

Referências Bibliográficas:

GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2001.

PISKUNOV, N. Cálculo Diferencial e Integral: Volume 1. Moscou: Editora Mir, 1977.

ROGAWSKI, Jon. Cálculo: Volume 1. Porto Alegre: Bookman, 2009.

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Key piece: Blazer da Balmain

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É incrível como algumas roupas são consideradas verdadeiras joias. Na moda, diversas grifes são conhecidas por investir seu savoir faire em desenvolver itens statement, baseado em estéticas marcantes e inesquecíveis. Afinal, é muito provável que, após assistir uma série de desfiles, uma ou duas peças ganhe destaque entre tantas outras que cruzaram a passarela. Entre as labels que sempre investem na ideia de entrar para a wishlist dos fashionistas está a Balmain, marca comandada pelo designer Olivier Rousteing. Independente da temática da coleção, saiba que você pode esperar por vestidos, casacos, saias e blusas que carregam elementos impactantes, como franjas, correntes, aplicações e brilhos – muitos brilhos.

Na semana passada, apostei em um look black and white composto por camisa e saia longa + uma key piece transformadora. Por cima dos ombros, coloquei um blazer oversized ultra bordado com paetês da grife francesa. Veja como mudou completamente os ares neutros e deu um toque de glamour e poder na dose certa.

Dos fashion shows da Balmain, inúmeras maneiras de usar os blazers bordados. Há o formato “full shining”, que apresenta uma uniformidade no visual e elimina qualquer possibilidade de contraste de tons na roupa. Para o Fall 2018, Olivier trouxe um silver look, com conjunto de alfaiataria e blusa, no mesmo material e aplicação de brilhos. Já na temporada de inverno seguinte, o caminho foi deixar os fios de lurex apenas no casaco e calça clochard de veludo preto. Com um toque casual chic, a coleção de Spring 2019 mostrou um outfit composto por jaqueta prata coberta por paetês e com ombros pontudos, blusa bordada e calça jeans de lavagem clara.

Nas passarelas de outras marcas, peça-chave surge em propostas monocromáticas, com destaque para as texturas. Enquanto a Michael Kors optou por um blazer com fios finos de lurex, a Saint Laurent escolheu pastilhas para dar brilho ao paletó amplo e a Tadashi Shoji trouxe o full golden look como ponto de luz da apresentação. Já entre as coleções de Alta Costura que recém aconteceram, a Armani Privé elegeu o casaco com fechamento transpassado para ser o protagonista do visual.

Simplesmente deslumbrante, atemporal e eterno! É o típico item responsável por elevar o nível de elegância e modernidade de produções especialíssimas.



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Banco Mundial

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O Banco Mundial é uma instituição financeira a âmbito internacional que disponibiliza empréstimos a países em desenvolvimento. É o maior e mais renomado banco de desenvolvimento no mundo. Sua sede está localizada em Washington, nos Estados Unidos.

Origem e contexto histórico

Com a devastação e destruição de muitos países europeus no período pós-segunda guerra mundial, houve uma preocupação em relação à reestruturação desses países. Neste contexto surge em 1944, o Banco Mundial nomeado inicialmente de Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimentos (BIRD) que tinha como objetivo principal a reconstrução da Europa e do Japão.

No entanto, com a consolidação do Plano Marshall, que foi um programa de ajuda econômica dos Estados Unidos que praticamente tinha a mesma finalidade do BIRD, o banco optou por concentrar suas atividades em promover o desenvolvimento econômico na América Latina, África e Ásia, que são os continentes onde concentram os países em desenvolvimento.

Funcionamento e normas do Banco Mundial

Logotipo do Banco Mundial.

O Banco Mundial oferece diversos serviços aos seus 187 países associados, entre eles o Brasil, que se juntou ao Banco em 1993. São oferecidos estudos sobre diversos temas de desenvolvimento, consultorias para os governos sobre políticas públicas voltadas para o crescimento econômico, além de empréstimos que são concedidos a uma taxa de juros inferiores aos praticados pelo mercado internacional.

Por ser uma grande agência financeira internacional, o Banco Mundial é composto por cinco instituições que os auxiliam em suas atividades: o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a Associação Internacional de Desenvolvimento, a Corporação Financeira Internacional, a Agência Multilateral de Garantia de Investimento e o Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos.

Atualmente, cerca de 150 países colaboram com recursos financeiros. As decisões sobre os investimentos e as alocações dos empréstimos são realizadas através de votos das nações associadas.

Entretanto, o voto de cada nação tem um valor proporcional, ou seja, quem contribui mais para o montante do banco tem um poder de decisão maior. Um detalhe importante é que os Estados Unidos se constitui como o único país que tem poder de veto as decisões, pois é o principal acionista do Banco Mundial.

O Banco Mundial possui um criterioso conjunto de normas para a cessão de empréstimos de investimento. Geralmente, países com fama de “bons devedores” têm maiores facilidades de receber esses investimentos desde que ele seja direcionado a projetos que visem o desenvolvimento social e econômico do país. O tempo para quitação do empréstimo e as taxas de juros que serão aplicadas dependem da situação financeira, do projeto que será realizado com o investimento e do histórico da nação como devedor do banco.

Objetivos e áreas de atuação do Banco Mundial

Ao longo de sua história institucional, o Banco Mundial foi assumindo um importante papel de promover o desenvolvimento através de financiamentos de projetos que combatam índices socioeconômicos desfavoráveis, e defendam uma utilização sustentável dos recursos naturais existentes no Planeta.

O banco intervém em áreas sociais como educação, saúde, agricultura, infraestrutura, e em setores que carecem de investimento para os países em desenvolvimento.

O BM além do fornecimento de empréstimos e na ajuda na reconstrução econômica e humanitária dos países, atua também na questão ambiental direcionando verba e estabelecendo ações para combater a poluição atmosférica - agravada pela emissão de poluentes- e na defesa da preservação do meio ambiente em todo o planeta.

Objetivos do Banco Mundial

Atualmente, os objetivos do Banco Mundial são:

  • Estimular o crescimento dos países-membros incentivando seus desenvolvimentos agrícolas e industriais;
  • Erradicar a pobreza extrema no mundo.
  • Colaborar financeiramente para o desenvolvimento de programas ambientais, educacionais e sociais.
  • Incentivar, através de empréstimos, o desenvolvimento da infraestrutura, saneamento básico e geração de energia.
  • Oferecer informações técnicas e projetos que visem o desenvolvimento socioeconômico dos países participantes.
  • Atuar no intercâmbio de conhecimentos inovadores entre os países-membros.

Referências:

BANCO MUNDIAL. Uma Associação para o Progresso do Meio- Ambiente: O Banco Mundial na América Latina e no Caribe. Washington, D.C.: Banco Mundial, 1994.

ROMMINGER, Alfredo Eric. O Grupo Banco Mundial: origem, funcionamento e a influência do desenvolvimento sustentável em suas políticas. Universitas - Relações Int., Brasília, v. 2, n.1, p. 269-288, jan./jun. 2004

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Período Ordoviciano

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O período Ordoviciano (488-443 milhões de anos) sucede o período Cambriano. Possui seu limite inferior marcado pelo aparecimento de graptozoários plantônicos. Durante o Ordoviciano, ocorre uma expansão e diversificação dos animais conchíferos (braquiópodes e gastrópodes), o surgimento dos moluscos nautilóides, como predadores, e de peixes primitivos. Houve também, o surgimento e o desenvolvimento de grupos que sobreviveram e foram evoluindo até o presente, além da flora primitiva, que inicia a transição para o ambiente terrestre. As trilobitas, que dominaram os mares durante o Cambriano, também evoluíram, e passaram a dividir os mares com toda essa biodiversidade de invertebrados e vertebrados marinhos.

Fóssil de um trilobita. Foto: scigelova / Shutterstock.com

Do Cambriano para o Ordoviciano, os fragmentos de continentes trocaram sutilmente de posição, em virtude do movimento das placas tectônicas. O Gondwana permaneceu sendo o maior continente, e foi deslocando-se mais para o sul do hemisfério sul. Havia um grande oceano, o Pantalassa, que ocupava quase todo hemisfério norte. As rochas do período Ordoviciano caracterizam-se de argilitos escuros, orgânicos, contendo restos de graptolitos, podendo apresentar sulfeto de ferro.

O clima durante o Ordoviciano apresentava temperaturas amenas e muita umidade. Ao final do período, quando o Gondwana se estabeleceu ao sul, formaram-se as geleiras, causando grandes extinções, e exterminando com cerca de 60% de todos os gêneros, sendo que 25% dos invertebrados marinhos foram extintos.

Ilustração de um amonite (espécie de molusco cefalópode), que viveu no período Ordoviciano. Ilustração: Esteban De Armas / Shutterstock.com

Referências

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.

2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3. http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Breve-Historia-da-Terra-1094.html

4. http://www.scotese.com/climate.htm

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Defaunação

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Defaunação é o termo usado para a diminuição ou perda rápida e massiva de espécies de fauna, o que implica mudanças em toda estrutura dos ecossistemas.

Hoje, a perda de fauna é tão assustadora e impactante como a perda de cobertura vegetal, porém não é tão nítido como uma imagem de desmatamento, que nos mostra o alcance das perdas.

Extinções em massa são eventos que ocorreram ao longo da história da vida no planeta Terra. Elas acontecem naturalmente após catástrofes como glaciação, erupção de vulcão, terremotos, meteoros, entre outras. Já tivemos uma fauna mais diversa em outras eras, do que atualmente, por exemplo. Mas a grande questão, é que isso vem acontecendo por ações humanas (como o desmatamento, perda de habitat, a caça ilegal de animais, poluição, etc), em alta velocidade, provocando muitas extinções.

A defaunação não é apenas a extinção de espécies, mas também, quando a perda de fauna provoca mudanças em seus parâmetros, como biomassa, composição e abundância.

Defaunação aumenta quando as cidades crescem, invadindo o território antes dominado pelos animais. Foto: SCOTTCHAN / Shutterstock.com

Consequências

A falta de uma população, ou uma espécie como um todo, tem consequências nos ecossistemas e em toda biodiversidade. Além de provocar um efeito cascata, a defaunação preocupa pela a perda de serviços ambientais prestados, como dispersão de sementes, polinização, oferta de alimento, controle de pragas e doenças, etc.

A dispersão de sementes é realizada de diferentes formas, a principal delas é por animais (zoocoria). Muitos mamíferos, aves e répteis possuem um papel importante no ciclo de vida da flora, como animais dispersores. Quanto maior o animal, maior o fruto que ele se alimenta e maior a semente que ele pode carregar para longe da planta mãe. Um dos principais alvos da destruição e fragmentação de habitat e da caça ilegal são os grandes herbívoros. A falta destes animais tem impacto na manutenção, composição e dinâmica das florestas, causando verdadeiros desequilíbrios no ecossistema.

Um fator que vem sendo muito discutido por estudiosos ambientalistas é o quanto a morte de grandes frugívoros tem implicado na diminuição de estoque de carbono nas florestas. Árvores grandes (de frutos maiores) e/ou mais robustas, estocam mais carbono e constituem maior biomassa na vegetação. Porém, a falta de fauna que se alimenta de seus frutos, muda a composição florística e faz com que se diminua a biomassa da flora, consequentemente haverá menos carbono incorporado nas florestas.

A morte de grandes predadores leva ao aumento de suas presas, ou seja, maior quantidade de herbívoros. Consequentemente, mais plantas serão predadas e um desequilíbrio é causado ao ecossistema.

Animais insetívoros controlam grandes populações de inseto e até mesmo de pragas. Um morcego pode comer milhares de insetos em uma única noite. Aves, sapos, rãs e pererecas também são exemplos de animais que contribuem para o controle de insetos, que podem virar pragas, destruindo vegetações, ou transmitindo doenças. Em ambientes alterados, podemos ver a falta de grupos de insetívoros, com muitas folhas predadas. Árvores com muitos ataques de insetos herbívoros, têm atividade fotossintética comprometida, alterando todo os seus sistemas.

Os animais polinizadores não só contribuem para a reprodução das plantas com flores, como também, para o aumento da variabilidade genética delas. A fauna polinizadora possui papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas. Grande parte desta fauna é de invertebrados e este não é um grupo muito estudado. Isso significa que pouco sabemos sobre o tanto que já perdemos na diversidade destes animais e o quanto os impactamos. Um bom exemplo do lado negativo das ações humanas é sobre as abelhas. Uma planta visitada por este animal tem aumentada a quantidade e a qualidade de seus frutos. A morte das abelhas causa impacto não apenas nas florestas nativas, como na agricultura, que tem 75% de sua polinização feita por elas. A morte das abelhas terá consequências graves para os ecossistemas e para economia.

Além do que discorremos neste artigo, muitos estudos vêm sendo feitos na busca de identificar a dimensão das consequências da defaunação para nossos ecossistemas e na vida do homem.

Referências:

ROCHA-MENDES, F. 2010. Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na floresta Atlântica. 2010. Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP Rio Claro, Rio Claro.

HORTENCI, Luana. Defaunação e efeitos-cascata sobre a diversidade vegetal em uma ilha semi-defaunada na Floresta Atlântica. 2012. 74 f. Dissertação - (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2012. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/99575>.

BELLO, Carolina et al. Defaunation affects carbon storage in tropical forests. Science advances, v. 1, n. 11, p. e1501105, 2015.

Pizo, M.A. & GALETTI, M. 2010. Métodos e perspectivas do estudo da frugivoria e dispersão de sementes por aves. In Ornitologia e conservação: ciência aplicada, técnicas de pesquisa e levantamento (Accordi, I., Straube, F.C & Von Matter, S. orgs). Technical Books Rio de Janeiro, p. 492-504.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-40220606

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Microbiota

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Microbiota é definido como um grupo de microrganismos que vivem em determinado ambiente. Englobam as bactérias, os fungos, os protozoários e apesar de vírus não serem capazes de se reproduzir sozinhos, eles também entram neste grupo. Pode ser encontrada em diversos ecossistemas, como no solo, nas águas de um rio, ou de um mar, etç; como também é usado para se referir ao conjunto de microrganismos que estão no corpo de animais e plantas, como por exemplo, microbiota intestinal, microbiota bucal, etc.

Os microrganismos foram os primeiros seres vivos deste planeta, surgindo há mais de 3,5 milhões de anos atrás. Eles são seres resistentes, com a capacidade de ocuparem os lugares mais inóspitos da Terra, desde desertos, a regiões polares, subsolo, fontes termais, etc. Isso porque são um grupo muito diverso, de total importância para manutenção da vida no planeta. Eles participam de processos muito importantes, como a decomposição, ciclagem de nutrientes (participando dos ciclos biogeoquímicos) e nutrição do solo, fotossíntese e geração de oxigênio, entre outros.

A microbiota pode ser composta por três Domínios filogenéticos: Archaea (arqueobactérias), Bacteria e Eucarya (Protozoários e fungos estão incluídos neste grupo). Estima-se que a diversidade de espécies de microrganismos seja maior do que de flora e fauna, porém uma pequena parte foi descrita, sendo que os estudos estão restritos mais para a área médica e para a agricultura.

A microbiota tem importância ambiental, médica, alimentícia, industrial, farmacêutica, mas poucos são os estudos voltados para a área ambiental, talvez pela dificuldade de enquadrar as pesquisas em métodos tradicionais de laboratório (de isolamento e cultivo), uma vez que há dificuldade de imitar as condições naturais em que ela se encontra.

Alguns tipos de microbiota:

Microbiota do solo

Os microrganismos realizam reações biogeoquímicas que transforma matéria orgânica em nutrientes, disponibilizando minerais para as plantas. Além disso, são importantes no intemperismo das rochas. Eles mesmos, chegam a ser estoque de nitrogênio, potássio, fósforo e cálcio em mais de 250 Kg destes elementos, por hectare. Em condições favoráveis, essa microbiota permite que de forma gradual, os nutrientes sejam liberados para as plantas se nutrirem. Quando há diminuição dos microrganismos do solo, há queda no estoque temporário de nutrientes e o solo fica suscetível à lixiviação, tornando-se mais pobre.

Em ambientes naturais, com comunidades clímax, a microbiota se encontra em equilíbrio com o meio. Uma vez que atividades humanas atingem o solo, há alterações de microrganismos, que pode gerar um desequilíbrio. Por exemplo, incêndios e corte de flora, deixando o solo exposto, causa um empobrecimento da microbiota. Todavia, um manejo adequado do solo, pode tornar as atividades mais sustentáveis. Como na agricultura, que pode haver práticas que contribuem para melhor equilíbrio: a cobertura de solo com vegetação, adubação orgânica, rotação de cultura, entre outras, deixando o solo mais fértil.

Os grupos que representam a microbiota do solo são: bactérias, actinomicetos, fungos, algas e protozoários.

Microbiota humana

A microbiota intestinal é muito importante no processo digestivo. Ilustração: Designua / Shutterstock.com

Ao longo da evolução da vida no planeta, os vertebrados e microrganismos co-evoluíram. Existem trilhões de microrganismos que habitam o corpo humano, dentre eles, fungos, bactérias, vírus, etc. Eles se encontram em nossa boca, estômago, intestino, nos tratos respiratórios e urinários, externamente na pele e nos olhos. Cada indivíduo tem uma microbiota única, uma vez que tem como influência sua carga genética, tipo de nascimento (normal ou cesária), amamentação, alimentação, idade, contato diferente com microrganismos no externo, etc.

Eles estão em equilíbrio com o corpo humano e tem funções distintas: decompõem compostos que seriam tóxicos, na sua ausência, estimulam o sistema imunológico, estão presentes na síntese de algumas vitaminas e aminoácidos.

A microbiota intestinal (também chamada de flora intestinal) vem sendo bem estudada, pois ela tem forte influência em nossas vidas. Nosso hábito alimentar vai determinar a composição dela, como por exemplo, em artigos científicos foi identificado que uma dieta rica em fibras pode deixar o cólon mais ácido, que antibióticos causam mudanças na flora intestinal, ou que mudanças na alimentação leva a transformações na composição desses microrganismos.

Leia também:

Referências:

http://www.iac.sp.gov.br/publicacoes/publicacoes_online/pdf/microbiota.pdf

http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/microb1.pdf

http://cienciahoje.org.br/artigo/a-microbiota-humana/

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/11/14/O-que-%C3%A9-microbiota-e-por-que-ela-tem-sido-foco-de-pesquisas

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Biota

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O termo biota surgiu em meados do século XX e foi proposto por Leonhard Stejneger em 1901, para designar o conjunto de seres vivos de um determinado local, ou de uma determinada época. É o conjunto de todos organismos vivos de uma localidade, por exemplo, a biota de um fragmento florestal, biota de um rio, biota do planeta Terra, etc. Apesar deste conceito englobar a fauna, flora e microrganismos, biota é mais abrangente do que comunidade, sendo muito utilizado para os estudos da biodiversidade.

Biota se cruza com o termo biocenose, que é a comunidade biológica, associação de comunidades de um biótopo (ou ecótopo). Assim, ao estudar a biocenose, estamos estudando as relações dos seres que ali vivem, desde os microrganismos, até os vários tipos de plantas e animais. As estreitas relações de interdependência vão determinar a composição, abundância e as adaptações das espécies. As relações dos seres entre si e com o meio, define o que chamamos de ecossistema.

Ilustração: Man As Thep / Shutterstock.com

A biota de um local vai depender dos fatores abióticos dele, como a luminosidade, a temperatura, regime de chuvas, composição química do solo, etc. A biocenose também está sob influência dos fatores bióticos, uma vez que as populações se relacionam de forma direta ou indireta.

As populações de uma comunidade interagem umas com as outras, podendo ser negativo para uma e positivo para outra, ou positiva para as duas, ou mesmo positivo para uma e neutro para outra. Essas são tipos de relações ou interações ecológicas e vão influenciar o número de indivíduos de uma população. Alguns tipos de relações de interdependência biótica: Temos plantas que dependem de plantas no epifitismo, ou no parasitismo; Plantas que dependem de animais para dispersão e polinização, ou mesmo para nutrição das plantas carnívoras; temos os animais que dependem das plantas para se nutrirem, os herbívoros; e os animais que dependem de outros animais para se alimentarem (carnívoros) ou mesmo se abrigarem.

Já os ecossistemas são compostos por uma comunidade ou mais, relacionando com o meio abiótico (físico e químico), como água, temperatura, luz solar, nutrientes, etc. Sendo que os seres vivos podem mudar algumas condições, como o solo que se torna mais rico em nutrientes, com a presença de plantas e a atividade de bactérias, ou como o clima que é afetado pelo desmatamento de florestas, etc. Os ecossistemas são organizados em categorias que chamamos de bioma. De forma geral, a flora que determina a fitofisionomia, tem uma relação direta com o clima e com o solo, dependendo dessas condições. O clima por si só engloba muitos fatores de influência sobre a biota, como vento, pressão, precipitação, umidade, radiação, etc.

Nos ecossistemas estudamos a transferência de energia e matéria. A energia que vem do sol é assimilada no sistema em moléculas orgânicas pelo que chamamos de produtores (seres fotossintetizantes) e passa de um ser para outro através da alimentação, dos herbívoros que comem os produtores, dos carnívoros que comem os herbívoros, dos detritívoros que se alimentam dos seres mortos. Parte dessa energia é perdida através de calor. Já a matéria, circula dentro de um ecossistema. Os produtores incorporam elementos como carbono (C), nitrogênio (N) e Fósforo (P) em suas moléculas orgânicas e isso vai sendo passado através da alimentação. Tanto a energia, como matéria são passados através da cadeia alimentar, de nível em nível trófico.

Além dessas relações dentro de uma cadeia e teia alimentar, cada espécie tem uma função ecológica, que mantém os ecossistemas em equilíbrio, sendo que a biota de um determinado local pode variar com o tempo, pois é algo dinâmico. Algumas populações podem transitar entre habitas, no evento de migração. As espécies podem variar, a partir de perturbações naturais ou provocadas no ambiente, como poluição, fragmentação e destruição de habitat, enchentes, furacões, etc. Atividades antrópicas têm sido a principal causa de extinções de espécies e alterações na biota, como um todo.

Leia também:

Referências:

Amabis, J. M. & Martho, G. R. 2006. Fundamentos da Biologia Moderna: Volume único. 4ª Ed. Editora Moderna: São Paulo, 839 p.

Ricklefs, R. E. 2009. A Economia da Natureza. 5ª ed. Editora Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 503 p.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Biota_(ecologia)

Piratelli, A. J. e Francisco, M. R. Conservação da Biodiversidade dos Conceitos às Ações; Technical Books editora, 1° edição, 2013

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Biorremediação

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A biorremediação é um processo natural de biodegradação, no qual organismos vivos são usados nas técnicas de tratamento de resíduos, para remediar ou eliminar as contaminações no ambiente, através da introdução de fungos, bactérias, plantas ou algas verdes, dependendo do tipo de contaminante que vai se degradar, para acelerar o processo de decomposição dos resíduos, recuperando solo e águas contaminadas. Este processo biológico pode regenerar os ecossistemas originais de forma equilibrada, gerando menos ou nenhum tipo de poluição secundária.

Onde é aplicado?

As ações humanas no ambiente podem causar alguns desastres ambientais como: vazamento de combustíveis que atingem o lençol freático, derramamento de petróleo no mar, esgoto, lixões, etc. Nesses casos, utilizava-se e ainda é utilizado o isolamento da área, esperando que a natureza promova a limpeza com o tempo ou a transferência do contaminante de um local para outro. Hoje, a biorremediação é um processo biológico que pode ser utilizado em tratamentos de resíduos, acidentes com derramamento de petróleo, degradação de compostos químicos e remoção e recuperação de metais pesados, em águas superficiais ou subterrâneas, efluentes industriais e solos.

Para se decidir se este é um método eficaz no tratamento de resíduos, deve-se saber se os contaminantes são biodegradáveis, se eles não são completamente biodegradáveis, onde e como podem ser; se as condições ambientais (PH, temperatura, nível de oxigênio, atividade enzimática, etc) são ideias para a biodegradação; e se esta ocorre naturalmente no local. A partir disso, se escolhe os microrganismos ideias, de acordo com o material contaminante. As bactérias possuem o sistema metabólico mais apto para biodegradação, sendo as responsáveis pela maior parte da reciclagem de moléculas no planeta.

E como acontece?

O processo de biorremediação acontece porque o microorganismo utiliza substratos orgânicos e inorgânicos, do agente contaminador, transformando-os em outras moléculas. Os microorganismos vão metabolizar os resíduos tóxicos do meio, gerando menos perturbações do que outros métodos não biológicos.

O primeiro passo é caracterizar a natureza do contaminante, avaliar o composto que será usado, planejando qual melhor tipo de biorremediação a ser utilizado. Sendo que existem dois tipos: Biorremediação in situ, na qual o tratamento biológico é feito no próprio local; e biorremediação ex situ, em que o material contaminado é removido para outro local, onde será tratado. É necessário que haja uma análise dos parâmetros físicos (temperatura, luz, natureza da matriz), químicos (PH, umidade, potencial redox do meio, composição química da matriz e do poluente, etc) e biológicos (co-metabolismo, troca de material genético, capacidade das enzimas atuarem sobre o poluente, etc).

Temos a biorremediação passiva, na qual o processo ocorre naturalmente pelos microorganismos presentes no solo e a biorremediação bioestimuladora, consistindo em adicionar nutrientes ao meio, para estimular maior atividade metabólica dos microrganismos, por exemplo, as bactérias que degradam hidrocarbonetos de petróleo, são beneficiadas com a adição de fertilizantes de sulfato e nitrato na atividade de decomposição. As técnicas utilizadas para bioestimular são: a bioaumentação, bioventilação, compostagem e Landfarmig (mais utilizada no país), sendo que mais de uma pode ser associada no processo.

Na primeira fase do processo, as bactérias atacam a matéria orgânica e têm como resultado moléculas de baixo peso molecular, como os ácidos. Na segunda parte da etapa, as bactérias transformam essas moléculas em CH4 (metano), CO2 (gás carbônico) e H2O (água). A decomposição anaeróbia tem a primeira fase chamada de não metanogênica, com produção de ácidos graxos, aminoácidos, açúcares simples, entre outras moléculas; e a fase metanogênica, na qual há redução de moléculas para formação de metano e gás carbônico.

Benefícios:

Diminui ou põe fim aos contaminantes, não transferindo para outro meio, o que pode levar a uma minimização dos impactos antrópicos; os custos são menores do que outros processos de remediação; é um processo natural; os resíduos do processo são inócuos; podem ser degradados contaminantes perigosos; etc.

Dentro do contexto atual, com atividades humanas causando grande impacto ambiental, é necessário que repensemos nossas ações, transformando-as nas mais ecológicas possíveis. Países da Europa e os EUA têm investido na biorremediação, como alternativa.

Referências:

AMABIS; MARTHO,, J.; G. R. (2010). Biologia dos organismos. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2010. 59 p. São Paulo: Moderna.

https://www.slideshare.net/AlineLopes117/apresentao-seminrio-biorremediao

https://pt.wikipedia.org/wiki/Biorremedia%C3%A7%C3%A3o

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UNESCO

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A UNESCO, Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura, é uma organização das Nações Unidas que busca promover a paz mundial por meio da educação, cultura e ciência. A sigla UNESCO corresponde ao nome em inglês da organização: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization.

História da UNESCO

A discussão a respeito da necessidade de ser criada uma organização voltada para a promoção da educação, da cultura e da ciência como forma de promoção da paz mundial começou a ser formulada durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1942, foi realizada em Londres a Conferência dos Ministros da Educação dos países aliados (CAME – Conference of Allies Ministers of Education). Durante a conferência, que buscava formas de reconstrução dos sistemas de ensino dos países aliados no pós-guerra, os ministros abordaram a importância de uma mobilização internacional para a consolidação de uma educação e ciência voltadas para a promoção da cultura de paz e tolerância. Como resultado, a CAME encaminhou à Liga das Nações uma proposta de formação de um organismo internacional de educação.

Ao término da Segunda Guerra Mundial, com a dissolução da Liga das Nações e a formação da ONU, em 1945 foi convocada a Conferência das Nações Unidas para o Estabelecimento de uma Organização Educacional e Cultural (ECO / CONF), que deu origem à UNESCO.

Sede da UNESCO em Paris, na França. Foto: Novikov Aleksey / Shutterstock.com

Objetivos da UNESCO

O trabalho da UNESCO se baseia na ideia de que acordos políticos e o desenvolvimento econômico não são suficientes para a garantia da paz mundial. Para que a paz ocorra é necessário que os Estados invistam em uma educação voltada para o diálogo e para a tolerância.

Para atingir esse objetivo, a UNESCO busca promover o acesso igualitário à educação em seus países-membros. No âmbito cultural, a organização defende o patrimônio histórico e a memória coletiva, como forma de defesa do direito ao acesso à cultura e à informação. Outra importante bandeira da UNESCO, é a promoção da liberdade de expressão como direito fundamental da democracia.

O organismo possui programas espalhados por todo mundo, em especial na África e na América Latina. No Brasil, a UNESCO possui sede em Brasília desde 1972, de onde atua em parceria com o Estado brasileiro para a promoção do acesso universal à educação no país.

Estados-membros da UNESCO

Com sede localizada em Paris, na França, a UNESCO conta com 195 Estados-membros e 8 membros associados. A maior parte dos países-membros da ONU integram a UNESCO, com exceção dos Estados Unidos, Israel e Liechtenstein. Entre os países-membros da UNESCO que não integram a ONU estão as Ilhas Cook, Niue, e o Estado da Palestina.

A Palestina tornou-se membro da UNESCO em 2011 após uma votação onde o a entrada do país foi apoiada por 107 votos e reprovada por apenas 14 votos. Como represália a entrada da Palestina na UNESCO, os Estados Unidos acusaram a organização de ser antissemita e deixaram de integrar os Estados-membros em 2018, seguido por Israel.

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Organização Mundial de Saúde (OMS)

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A Organização Mundial de Saúde (OMS), ou World Health Organization (WHO), é um organismo internacional ligado ao Sistema ONU que tem por objetivo promover o acesso à saúde de qualidade a todos os povos do mundo.

A organização foi fundada em 07 de abril em 1948 como durante as reuniões realizadas para a formação da Organização das Nações Unidas, em 1945. Na ocasião, foi discutida a necessidade de se pensar em um organismo internacional voltado a promoção da saúde global, uma vez que a falta de acesso à saúde e a propagação de doenças constituem uma ameaça à paz mundial.

O conceito de Saúde da OMS

De acordo com os Registros Oficiais da OMS publicados em 1948, o conceito de saúde que direciona os trabalhos e campanhas da organização entende a saúde como “um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas como a ausência de infecções ou enfermidades”.

Dessa forma, a ação da OMS deve ir além do combate a doenças infecciosas e epidemias e englobar questões como o combate à má alimentação, a promoção da igualdade de gênero, da saúde mental, etc.

Princípios da OMS em sua Constituição

De acordo com a Constituição da OMS, publicado em 1946, os princípios que norteiam a ação da organização são:

  • O gozo do grau máximo de saúde que pode ser alcançado é um dos direitos fundamentais de todo ser humano, sem distinção de raça, religião, ideologia política ou condição econômica ou social.
  • A saúde de todos os povos é uma condição fundamental para alcançar a paz e a segurança e depende da mais ampla cooperação de pessoas e Estados.
  • Os resultados alcançados por cada Estado na promoção e proteção da saúde são valiosos para todos.
  • A desigualdade dos vários países em termos de promoção da saúde e controle de doenças, especialmente doenças transmissíveis, constitui um perigo comum.
  • O desenvolvimento saudável da criança é de fundamental importância; A capacidade de viver em harmonia em um mundo em constante mudança é indispensável para esse desenvolvimento.
  • A extensão para todos os povos dos benefícios do conhecimento médico, psicológico e relacionado é essencial para atingir o mais alto nível de saúde.
  • Uma opinião pública bem informada e uma cooperação ativa do público são de suma importância para a melhoria da saúde das pessoas.
  • Os governos têm uma responsabilidade pela saúde de seus povos, que pode ser cumprida apenas pela provisão de medidas sanitárias e sociais adequadas.

Atividades da OMS

Sede da Organização Mundial da Saúde em Genebra, na Suíça. Foto: Hector Christiaen / Shutterstock.com

A OMS atua no combate de surtos epidemiológicos que afetam diferentes regiões do globo, como o caso do surto de Ebola na República Democrática do Congo, onde a OMS declarou emergência de saúde pública internacional em 17 de julho de 2019.

Além de atuar em situações de emergência, a OMS também presta assistência na prevenção de doenças por meio do seu Programa Ampliado de Imunização, que tem por objetivo promover a distribuição de vacinas e medicamentos. Graças aos esforços da OMS em parceria com seus países-membros, a varíola foi erradicada em 1980, sendo a primeira doença a ser erradicada como resultado do esforço humano.

Como parte da prevenção de doenças, a OMS mantem diversas campanhas para promoção da alimentação saudável, estímulo ao consumo de frutas e vegetais e pela redução do consumo de tabaco.

Como um dos objetivos da OMS é levantar informações sobre a ocorrência de doenças, a organização é responsável pela Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID), a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e a Classificação Internacional de Intervenções de Saúde (ICHI). Essas classificações são importantes por permitirem a padronização das doenças e eventos de saúde em todo mundo, colaborando para que esses eventos sejam analisados de forma estatística e viabilizem a elaboração de estratégias para combatê-las.

Estrutura da OMS

A OMS conta com 194 Estados-membros. Todos os membros da ONU, com exceção de Liechtenstein, são membro da organização. Além desses países, a OMS possui como membros dois Estados que não são membros da ONU: Niue e as Ilhas Cook.

Além de Estados-membros, a organização admite, ainda, Estados como membros associados. Os membros associados possuem acesso total à informação, mas sua participação é limitada nas assembleias. Há ainda o caso dos Estados Observadores, do qual fazem parte a Palestina e o Vaticano.

O órgão decisor supremo da OMS é a Assembleia Geral de Saúde mundial. Durante a Assembleia são decididos o nome do Diretor Geral da OMS, que é indicado para um mandato de 5 anos, e 34 nomes para compor a Direção Executiva, com mandato de três anos. Para ser indicado como membro Direção Executiva, o profissional dever ser tecnicamente qualificado na área da saúde.

A Assembleia também discute o orçamento da organização para os próximos anos. A princípio, a OMS era integralmente financiada por seus Estados-membros, entretanto, atualmente, boa parte do orçamento da organização é oriundo de doações realizadas por fundações filantrópicas e, até mesmo, pela indústria farmacêutica.

O financiamento da Indústria Farmacêutica na OMS

O financiamento da Indústria Farmacêutica é apontado como uma ameaça grave à atuação da OMS. Especialistas acreditam que a pressão financeira da Indústria farmacêutica sobre a organização tem levado a OMS a priorizar a adoção de medicamentos patenteados ao invés de incentivar a produção de medicamentos de genéricos e mais acessíveis.

A influência do setor sobre a OMS é apontada por motivar a omissão da OMS no combate às três principais doenças dos países subdesenvolvidos: aids, tuberculose e malária. O fundo internacional voltado para o tratamento dessas doenças é controlado pela Indústria Farmacêutica, que aposta no tratamento medicamentoso destas doenças ao invés de focar os esforços em medidas preventivas que evitem a contaminação da população.

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Organização Internacional do Trabalho

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A Organização Internacional do Trabalho (OIT), ou International Labour Organization (ILO), é um organismo internacional fundado em 1919 em atendimento ao Tratado de Versalhes. A princípio, a organização atuou como uma agência ligada à Liga das Nações, entretanto, após o final da Segunda Guerra Mundial, com a dissolução da Liga das Nações, a partir de 1945 a OIT passou a integrar o Sistema ONU.

Diferente de outros organismos, onde as decisões são tomadas por representantes dos Estados-Membros, na OIT possui estrutura tripartite onde representantes do governo, das organizações de empregadores e das organizações de trabalhadores participam em situação de igualdade.

Brasão da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Convenções Internacionais de Trabalho

Atualmente, a OIT possui 189 convenções sobre o trabalho, que a organização indica a ratificação por seus países membros. A convenção 189 da OIT dá recomendações sobre o trabalho decente para trabalhadores e trabalhadoras domésticas. A ratificação da lei no Brasil, promoveu a revisão da legislação trabalhista sobre o trabalho doméstico e a adoção de medidas de proteção para esses trabalhadores, como o limite de jornada de trabalho e garantia de direitos trabalhistas básicos.

Além das convenções internacionais de trabalho, em 1998 a OIT aprovou a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. De acordo com este documento, todos os países-membros da organização devem garantir aos seus trabalhadores os seguintes direitos básicos: liberdade sindical e reconhecimento do direito de negociação coletiva; eliminação de qualquer forma de trabalho compulsório; abolição do trabalho infantil; e, eliminação de todas as formas de discriminação no trabalho.

Trabalho Decente

Em 1999, a OIT formalizou o conceito de trabalho decente. A busca pelo direito ao trabalho decente figura como objetivo central da organização, e orienta suas políticas e programas. Para a OIT, o trabalho decente corresponde ao direito de todos os homens e mulheres de terem um trabalho produtivo, que seja adequadamente remunerado e exercido em condição de liberdade e segurança.

O trabalho decente deve ser capaz de garantir uma vida digna para seus trabalhadores e colaborar com a superação da pobreza e desigualdade social, favorecendo o desenvolvimento da democracia em todo o mundo.

Objetivos estratégicos da OIT

Os objetivos estratégicos da OIT são:

  • Garantir o respeito às normas internacionais do trabalho, sobretudo aos princípios e direitos fundamentais do trabalho;
  • Promover o trabalho de qualidade;
  • Garantir proteção social aos trabalhadores;
  • Fortalecer o diálogo entre trabalhadores, empregadores e o governo.

Diante da tendência de redução dos postos de trabalho em todo o mundo, a preservação e a promoção do trabalho decente devem constituir o eixo central das estratégias nacionais e mundiais para o desenvolvimento e progresso econômico.

O papel da OIT no Brasil

O Brasil possui um longo histórico de escravidão legalizada, tendo sido o último país do mundo a abolir o trabalho compulsório. Entretanto, mesmo após a sua proibição, o trabalho escravo é uma realidade que ainda persiste no país.

O papel da OIT no Brasil é colaborar com o combate ao trabalho compulsório no país e com a promoção dos direitos humanos. Além disso, a organização vem colaborando com a promoção do diálogo entre empregados, empregadores e o Estado, com vista a promover o diálogo social.

Outra importante questão na agenda da OIT no Brasil, é a eliminação do trabalho infantil, a promoção de condições igualitárias de trabalho para homens e mulheres e a inclusão de pessoas com deficiência e portadores de HIV no mercado de trabalho.

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Classificação climática de Köppen-Geiger

" A Classificação climática tem como intuito agrupar os diferentes segmentos do planeta associando-os de acordo com os índices climátic...