Trend hits: Beige

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É divertido ver como não há tantas limitações para cores como antigamente. Na moda, o costume era eleger uma tonalidade e usá-la até cansar. Hoje, estamos apaixonadas pela cartela solar, mas já de olho no no visual monocromático composto pelo bege. O neutro apareceu em coleções elegantíssimas nas passarelas de NY, Londres, Milão e Paris. A novidade é que as produções permitem ousadia de sobra em acessórios e texturas mais leves, principalmente no verão que chega em breve!

Os destaques vão para a primeira coleção de Riccardo Tisci para a Burberry, com direito à aplicações de metais nas bordas dos trench coats; na Dior, o tom mais acinzentado dominou o visual, enquanto a Prada seguiu o nude tradicional, sem direcionamentos para outras cores; Para Fendi e Balmain, a versão que entra na família dos terrosos foi o grande destaque para looks de couro e camurça.

Na ala das produções com peças leves, Max Mara trouxe uma sobreposição interessante de maxicoat (com detalhe franzido nas laterais das mangas) e uma saia superfluída por baixo. Já na Tom Ford, o vestido dá continuidade ao lenço delicado e refinado feito com seda. Para a Chloé, Natacha Ramsay-Levi explorou um decote V profundo no modelo composto por vários miniplissados. Dá um movimento tão chique!

 



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Sistema sensorial

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Devido a sua relação com o ambiente, todo ser humano experimenta diariamente inúmeras sensações e estímulos em seu corpo. Essas informações chegam ao cérebro através de ferramentas – os receptores sensoriais – que o organismo possui para explorar e interpretar o mundo ao seu redor.

Existem animais com olfatos mais poderosos que o do homem, como os cães; ou que possuem uma visão mais aguçada, como as águias. Mas nenhum animal desenvolveu uma combinação de sentidos tão abrangente como o ser humano. Foi justamente essa versatilidade que auxiliou a espécie humana a chegar desde os primórdios até aos tempos modernos. A capacidade de sobrevivência humana depende diretamente da integração dos diversos sentidos presentes no organismo com o ambiente.

As informações referentes ao meio interno e externo do corpo humano são constantemente enviadas ao Sistema Nervoso Central por meio do Sistema Nervoso Sensorial, que é composto por uma diversidade de tipos de receptores especializados (fotorreceptores, mecanorreceptores, quimiorreceptores, termorreceptores, entre outros) em perceber os diferentes tipos de estímulos. Essas informações serão recebidas e interpretadas para serem utilizadas nas respostas que permitem a interação com o ambiente.

Descritos por Aristóteles, os cinco sentidos tradicionais são a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato. No entanto, recentemente, os pesquisadores de diversas áreas argumentam que a experiência humana com o ambiente é mais rica do que se imaginava e que as pessoas podem apresentar vários outros sentidos.

Ilustração: passengerz / Shutterstock.com

Visão

O sistema visual humano é o mecanismo do organismo que funciona de maneira extremamente sofisticada. A visão se configura a partir da percepção que os olhos tem da luz, que é parte da radiação eletromagnética da qual está ao seu redor. Permite perceber a forma, a distância, o tamanho e a cor de objetos.

A luminosidade que entra pelo cristalino é projetada sobre a retina, que é composta de células nervosas sensíveis que levam a imagem através dos nervos ópticos para que o encéfalo as interprete. É por esse motivo que, apesar de o olho captar a luz, quem enxerga as imagens do ambiente é o cérebro.

Leia também:

Audição

O som é uma energia mecânica vibratória que reverbera pelo ar, quanto mais agudo, maior será o número de vibrações. Essas ondas sonoras se propagam até chegar aos ouvidos do organismo, através da captação pela orelha que – percorrem o canal auditivo, o que faz provocar vibrações nos tímpanos – as envia ao córtex cerebral, o que constitui o sentido da audição. É possível ouvir os diferentes sons e barulhos devido às diferenças na frequência de cada onda sonora.

Leia também:

Paladar

Historicamente, o ser humano sempre se dispôs a provar novos sabores, é um ser onívoro (se alimenta de qualquer fonte) que experimenta de tudo, mas confia no sentido do paladar para decidir o que deve ou não comer.

Os bebês, por exemplo, tendem a rejeitar alguns tipo de alimentos, principalmente os amargos. É o instinto de sobrevivência tentando proteger o organismo: na natureza as plantas venenosas costumam ser amargas. Sabores azedos também não costumam fazer sucesso com as crianças (o gosto azedo na natureza pode indicar que o alimento não está maduro ou que está estragado). Entretanto, o ser humano tende a ter uma predileção pelos sabores que oferecem os nutrientes do qual necessitam, no caso, açúcar e comidas salgadas. Apreciam o sal porque precisam dele para repor a perda desse composto pelo suor. E acima de tudo, saboreiam alimentos doces porque o açúcar significa energia.

Assim, o organismo precisa reconhecer estes sabores diferentes quase que instantaneamente, sendo equipado com a estrutura da língua, que leva o ser humano, além de apreciar uma gama de alimentos, ao topo do que é seguro alimentar-se.

Olfato

Apesar de ter um sistema olfativo menos desenvolvido quando comparado ao da maioria dos animais, o ser humano é particularmente sensível a odores desagradáveis. O olfato capta energia química numa troca de partículas que chegam pelo ar através dos receptores do bulbo olfatório da cavidade nasal.

Tato

Juntamente com a visão, o tato é um dos sentidos humanos mais desenvolvidos. O tato é utilizado para explorar o mundo, interagir no corpo-a-corpo com os objetos. Não há um órgão específico para esse sentido, pois todas as regiões do corpo humano apresentam os receptores (mecanorreceptores e termorreceptores). As sensações são recebidas através da pele, membranas e músculos que estão incrustados na superfície do organismo, o que configura milhares de receptores de tato. E são eles que abastecem a sensação de toque direto ao cérebro e diz se algo está molhado ou seco, áspero ou macio.

Os receptores de tato monitoram também outras informações básicas, como o tipo de pressão, a temperatura ou as vibrações na pele. Essas informações são enviadas pelas terminações nervosas até o cérebro, onde a combinação de sinais oriundos da pele que permite esse órgão perceber não somente as sensações, mas também a sua intensidade.

Para além dos cinco sentidos

  • Propriocepção – é a consciência que as pessoas possuem de onde cada uma das partes do seu corpo está localizada no espaço. Essa percepção é possível graças a receptores em nossos músculos conhecidos como fusos, que informam o cérebro sobre o comprimento atual e o alongamento dos músculos.
  • Equilibriocepção – é o senso de equilíbrio do organismo. É o que mantem o corpo em pé e ajuda a andar sem machucar-se. Isso acontece devido ao sistema vestibular nutrido de líquido no ouvido interno, que ajuda a manter o equilíbrio. Este sistema também proporciona a experiência de aceleração através do espaço, e liga-se aos olhos, tornando possível "cancelar" o próprio movimento.
  • Cinestesia – é a sensação ou percepção de movimento. É a orientação dos órgãos motores da percepção em movimento, a experiência que a postura corporal vivencia.
  • Termocepção – é a percepção da presença ou da ausência do calor no ambiente. É o ato de sentir mudanças de temperatura.
  • Nocicepção – é a percepção da dor por algumas estruturas do corpo, como a pele e as articulações.
  • Cronocepção – é a capacidade de sentir a passagem do tempo. Algumas estruturas do cérebro, como o hipotálamo e a glândula pineal, são responsáveis por agir em conjunto para propiciar essa sensação. Por exemplo: o período de alteração entre noite e dia, denominado de ciclo circadiano, que influencia a digestão e o sono.

Referências

HUMPHREYS, J. Aristotle was wrong and so are we: there are far more than five senses. 2017. Disponível em: <https://www.irishtimes.com/culture/aristotle-got-it-wrong-we-have-a-lot-more-than-five-senses-1.3079639>.Acesso: 30/04/2018.

BBC TV. Human Senses. Direção: Daniel Barry, Nigel Paterson e Jeremy Turner. Produção: Jenny Walker. Narração: Nigel Marven. Londres. 2003.

CASTRO, T. G.; GOMES, W. B. "Como sei que eu sou eu?": cinestesia e espacialidade nas Conferências Husserlianas de 1907 e em pesquisas neurocognitivas. Rev. abordagem gestalt., Goiânia, v. 17, n. 2, p. 123-130, dez.  2011.

BRAIDA, F.; NOJIMA, V. L. Design para os sentidos e o insólito mundo da sinestesia. 2008. Disponível em: <http://www.dialogarts.uerj.br/admin/arquivos_tfc_literatura/VII_painel_II_enc_nac_simposio_5.pdf#page=221>. Acesso: 26/04/2018.

GRAY, A. Humans have more than 5 senses. 2017. Disponível em: <https://www.weforum.org/agenda/2017/01/humans-have-more-than-5-senses/>. Acesso: 26/04/2018.

KOPPMANN, M. Los sentidos, el cerebro y el sabor de la comida. 2015. Disponível em: <http://cienciahoy.org.ar/2015/02/los-sentidos-el-cerebro-y-el-sabor-de-la-comida/>. Acesso: 24/04/2018.

MELLO-CARPES, P. B.; LARA, M. V. S. Fisiologia do sistema nervoso: mecanismos de codificação da informação. In: MELLO-CARPES, P. B. A fisiologia presente no nosso dia a dia: guia prático do profissional da saúde. São Paulo: Livrobits, 2012. p. 117-130.

OLIVEIRA, A. Um olhar para além dos sentidos. 2010. Disponível em: <http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/2787/n/um_olhar_para_alem_dos_sentidos/Post_page/8/>. Acesso: 24/04/2018.

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Olfato

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O sentido olfativo é responsável por decodificar os estímulos físicos e os estímulos químicos odorantes no ambiente. As moléculas das substâncias evaporam e, portanto, ficam suspensas no ar, chegando ao aparelho sensorial do olfato, onde são captados pelos receptores.

Os receptores, denominados de neurônios receptores olfativos, são neurônios com um dendrito arrendondado e estão localizados no epitélio da porção superior das cavidades nasais, apresentam os cílios olfativos. Existem cerca de 10 milhões de células olfativas que são capazes de detectar milhares de tipos de odores. As moléculas de odores reagem com os cílios olfativos, promovendo assim a estimulação dos receptores. Cada receptor possui em sua extremidade um axônio, capaz de realizar a sinapse com uma célula no bulbo olfativo que fica na base do cérebro.

Anatomia do sistema olfativo. Ilustração: Blamb / Shutterstock.com

No tecido do epitélio do aparelho olfativo existem glândulas que produzem o muco que, além de umedecer a superfície da camada do epitélio, funciona como um neurotransmissor (coordena o batimento do cílio) e dissolve as moléculas odoríferas.

A captação do odor é feita pelas narinas, onde as moléculas são dissolvidas pelo muco e direcionadas aos receptores, e ao passar pelos cílios, inicia-se o impulso elétrico. O impulso então será conduzido aos bulbos olfativos, que estão nos lobos frontais do telencéfalo, e depois aos tratos olfativos. Os impulsos são então levados para o córtex cerebral, onde serão interpretados e armazenados pelo cérebro.

O processo da memória dos odores é importante para a própria sobrevivência do organismo humano, identificamos, reconhecemos e selecionamos os alimentos ingeridos pela sua qualidade e necessidade. O comportamento afetivo do olfato, como a sensação agradável e desagradável, exerce influência no paladar.

Distúrbios do sistema olfativo

Os distúrbios no sistema do olfato podem comprometer o olfato. Eles são classificados em três grupos:

  • Deficiências condutivas – são as deficiências provocadas por uma obstrução na cavidade nasal que faz com que os estímulos dos odores não consigam atingir a mucosa olfativa. Com esse bloqueio, o ar não consegue chegar nas regiões superiores da cavidade nasal. As alterações anatômicas da cavidade do nariz, como a hipertrofia de conchas e o desvio do septo, e as patologias nasossinusais (rinite alérgica, polipose nasal e tumores) são exemplos desse tipo de distúrbio.
  • Sensório-neurais – são as lesões no neuroepitélio ou no nervo olfativo. Existem dois tipos: epitelial e neural. Os distúrbios sensoriais podem ser causados por infecções de vias aéreas superiores, por quimioterapia, por uso de drogas intranasais (cocaína, por exemplo) e pela selinidade. Os distúrbios neurais são causados por: trauma cranioencefálico (lesão nos nervos olfativos). Como sensório-neural, a exposição a substâncias tóxicas (chumbo, amônia, ácido sulfúrico, solventes, pesticidas, entre outras) pode ser um fator de causa do distúrbio e algumas doenças, tais como a diabetes mellitus, doença de Alzheimer, Parkinson, demências, acidente vascular encefálico e esclerose múltipla.
  • Centrais – são lesões no bulbo, trato e estrias olfativas, e também em algum local dos centros corticais do olfato. Uma origem para esse tipo é pela associação de duas ou mais causas em conjunto.

Ainda existem outras causas que podem levar a um comprometimento do sentido olfativo, como o uso de alguns tipos de medicamento, esquizofrenia, epilepsia, cefaleia e depressão.

A diminuição da percepção do odor é chamada de hiposmia, e o aumento, de hiperosmia. Quando ocorre uma distorção do poder olfativo, é denominada de disosmia, e ela pode ser de dois tipos: parosmia (com estímulo ambiental) e fantosmia (sem estímulo ambiental). A anosmia é a perda completa da percepção do odor.

Referências

JÚNIOR, A. S. et al. Distúrbios do olfato. RBM ORL, v. 3, n. 3, p. 78-84, 2008.

BARBEITOS, C. L. P. Percepção do olfato: folhas que não guardei. Revista de arte.

NETO, F. P. et al. Anormalidades sensoriais: olfato e paladar. Int Arch Otorhinolaryngol, v. 15, p. 350-8, 2011.

TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6. Ed. Porto alegre: Artmed, 2006.

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Semente

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A semente é constituída pelo embrião, um tecido de reserva nutritivo (geralmente o endosperma) e um envoltório protetor, denominado de tegumento ou casca. É a unidade reprodutiva das espermatófitas (gimnospermas e angiospermas), estando relacionada com a dispersão e sobrevivência das plantas. Uma grande variação no tamanho, forma, coloração e aspecto superficial ocorre nas sementes, sendo que essas características são de grande importância para sua identificação.

Variedade de sementes. Foto: Madlen / Shutterstock.com

A formação das sementes se inicia com a fecundação da oosfera, contida no óvulo. Nas gimnospermas, cujo nome significa “sementes nuas”, os óvulos, e posteriormente as sementes, não permanecem no interior de um carpelo (unidade do gineceu, estrutura reprodutiva feminina da flor), desenvolvendo-se sobre os esporofilos (folhas férteis, onde os esporos são produzidos), escamas ou estruturas correspondentes. O zigoto formado durante a fecundação torna-se o embrião, o qual está envolvido pelo endosperma, e o tegumento do óvulo dá origem ao tegumento da semente. Nas angiospermas ocorre um fenômeno denominado dupla fecundação: um dos gametas masculinos se une a oosfera, produzindo o zigoto, ao passo que o outro gameta se associa aos dois núcleos polares, formando o endosperma. O endosperma, um tecido de reserva, pode ser consumido antes ou após a semente estar madura, o que varia de acordo com a espécie.

O embrião é composto por uma raiz embrionária chamada de radícula, a qual apresenta uma grande capacidade de multiplicação (Figura 1). A radícula pode estar envolvida por um capuz protetor designado de coifa. Na outra extremidade está situado o meristema apical do caule, conhecido como caulículo. A região localizada entre a radícula e o cotilédone é denominada hipocótilo, já a região superior, entre o cotilédone e o meristema apical do caulículo é chamada de epicótilo. Nas gramíneas, o caulículo é envolto por uma bainha protetora designada coleóptilo. As plantas que apresentam dois cotilédones são classificadas em eudicotiledôneas, já que as que possuem apenas um são denominadas monocotiledôneas (Figura 1).

A consistência do endosperma e o tipo de substância estocada varia entre as plantas. Este tecido pode conter paredes finas, com as reservas como grãos de amido, proteínas e lipídios localizadas no seu interior. As substâncias nutritivas ainda podem ser acumuladas na parede do endosperma, a qual se torna espessada e com consistência córnea. O endosperma pode ser sulcado ou irregular, sendo denominado endosperma ruminado, uma característica relatada para cerca de 32 famílias de angiospermas.

Figura 1 – Estrutura de sementes de espécies do grupo das eudicotiledôneas e monocotiledôneas. Ilustração: Ellen Bronstayn / Shutterstock.com [adaptado]

Dispersão das sementes

A dispersão das sementes, ou seja, sua retirada da planta-mãe e deslocamento para outros lugares, possui uma grande importância no ciclo reprodutivo das plantas e na regeneração das comunidades naturais. Geralmente, as sementes apresentam características morfológicas relacionadas com o seu tipo de dispersão. Os agentes de dispersão podem ser abióticos (vento e água) ou bióticos (mamíferos, aves, répteis e insetos), estando associados a diversas síndromes de dispersão. A síndrome anemocórica, por exemplo, utiliza o vento para o transporte das sementes. Para tanto, essas sementes apresentam adaptações morfológicas que reduzem o seu peso, como alas membranosas, pelos longos e cerdas. Na hidrocoria, as sementes são adaptadas à dispersão pela água, contendo estruturas celulares retentoras de ar. A zoocoria é a dispersão realizada por animais, em que as sementes possuem tanto mecanismos para se prenderem aos animais, como ganchos, quanto produzem atrativos para o consumo por eles, como a polpa vistosa do fruto.

Referências bibliográficas:

Appezzato-da-Glória, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: Ed. UFV, 438 p.

Ferreira, A. G. & Borghetti, F. 2004. Germinação – do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 323 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

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Polinização

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Polinização é o processo de transferência dos grãos de pólen da antera ao estigma das flores. A autogâmica ou autopolinização (auto= mesmo, próprio; gamo, gamica = união) é a polinização dentro da mesma flor, como observada no trigo, cevada e feijão. Já a alogamia ou polinização cruzada ocorre quando a polinização é entre flores diferentes. Caso essas duas flores pertençam a mesma planta é chamada de geitonogamia, e se as flores estiverem em planta distintas recebem o nome de xenogamia.

Autopolinização e polinização cruzada em plantas. Ilustração: Nasky / Shutterstock.com

Na natureza existem alguns mecanismos que reduzem ou impedem a autopolinização nas plantas. Entre eles, pode-se destacar a separação dos sexos em plantas diferentes, considerado um dos mecanismos mais seguros. O amadurecimento em épocas distintas do androceu e do gineceu também é uma tática importante, pois impede que o pólen caia e germine no estigma da mesma flor. Certas plantas ainda apresentam diferenças morfológicas no estilete, sendo que em algumas ocorrem estiletes longos e em outras estiletes curtos.

A polinização pode ser realizada por agentes abióticos, como o vento e a água, ou bióticos, como os insetos, pássaros, morcego e o próprio homem. A anemofolia é a polinização executada pelo vento, ocorrendo tipicamente em gramíneas. Já a hidrofilia é a polinização promovida pela água, na qual os grãos de pólen flutuam e se encaminham para o estigma exposto. A ornitofilia é a polinização feita por pássaros, que buscam as flores por causa do néctar. Os morcegos também se alimentam de néctar, com menor frequência de pólen, sendo este tipo de polinização designado quiropterofilia. A polinização efetuada por insetos é denominada entomofilia. Os insetos são atraídos pelas cores, formas e odores das flores, por isso acredita-se que exista uma coevolução entre eles. A entomofilia apresenta subcategorias, de acordo com o tipo de inseto: cantarofilia, é a polinização por besouros; miofilia, por moscas; melitofilia, por abelhas; psicofilia, por borboletas; e falenofilia, por mariposas.

Melitofilia, polinização por abelhas. Foto: Kletr / Shutterstock.com

 

Beija-flor buscando pólen em uma flor. Foto: Colloidial / Shutterstock.com

Após a polinização, inicia-se o processo de fecundação. Após ser depositado no estigma, inicia-se a fase do acoplamento, a qual consiste na germinação do grão de pólen e na formação do tubo polínico, que germina no interior do estilete até atingir o ovário. Os dois gametas masculinos migram e penetram no óvulo, sendo que um deles fecunda a oosfera, originando o zigoto, e o outro se une aos núcleos polares, formando o endosperma. O endosperma é um tecido que acumula substâncias para a nutrição do embrião. Esse fenômeno é denominado de dupla fecundação, e é considerado exclusivo das angiospermas.

O desenvolvimento embrionário começa com a divisão mitótica do zigoto, que estabelece uma polaridade no embrião, originando uma raiz embrionária chamada de radícula em uma das extremidades, e o meristema apical do caule, conhecido como caulículo, na outra. Após a formação do embrião, o tegumento ovular diferencia-se em uma casca resistente, e o conjunto passa a se denominar semente. As sementes liberam hormônios que estimulam o desenvolvimento da parede do ovário, originando o fruto. Devido a seu papel na disseminação das sementes, os frutos apresentam uma grande importância na evolução das plantas, contribuindo para o sucesso no estabelecimento desse grupo.

Referências bibliográficas:

Appezzato-da-Glória, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: Ed. UFV, 438 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

Souza, L.A. 2009. Morfologia e anatomia vegetal: células, tecidos órgãos e plântula. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 259 p.

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Xilema

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As plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) apresentam um sistema condutor composto por dois tipos de tecidos: o xilema e o floema. Ambos percorrem todo o corpo da planta, formando um sistema contínuo de tecidos vasculares. O sistema condutor das angiospermas é mais complexo do ponto de vista fisiológico e morfológico, sendo composto por diversos tipos de células com diferentes funções.

O xilema, também chamado de lenho, é o principal tecido condutor de água nas plantas vasculares. Além de água, este tecido está envolvido no transporte de nutrientes minerais (seiva bruta), sustentação e armazenamento de substâncias. Ele pode ter uma origem primária, sendo formado a partir do procâmbio, ou uma origem secundária, se desenvolvendo do câmbio vascular. Este tecido é formado por três principais tipos de células: células do parênquima, fibras e células condutoras. As células parenquimáticas do xilema são responsáveis pelo armazenamento de substâncias. Podem estar dispostas em fileiras verticais ou horizontais. As fibras podem ser células vivas ou mortas, desempenhando tanto a função de armazenamento de substâncias como de sustentação.

As células condutoras, denominadas de elementos traqueais, são de dois tipos: as traqueídes e os elementos de vaso. Ambas as células são alongadas e possuem parede celular secundária. Na maturidade são células mortas que perdem seu protoplasto, o correspondente a parte viva da célula, constituído pelo citoplasma, núcleo e a membrana plasmática. A diferença entre esses tipos celulares é que os elementos de vaso apresentam perfurações, que são áreas sem parede primária e secundária, ocorrendo geralmente nas paredes terminais, formando colunas contínuas denominadas vasos. As traqueídes são células menos especializadas e estão presentes nas plantas sem sementes e nas gimnospermas, sendo que as angiospermas apresentam tanto elementos de vaso como traqueídes.

Por causa das perfurações, os elementos de vaso são considerados mais eficientes no transporte de água do que as traqueídes, já que a água flui de um modo mais livre. Alguns elementos de vaso são largos, o que torna ainda mais eficaz a condução de água. Entretanto, por serem um sistema aberto, os elementos de vaso acabam sendo menos seguros no bloqueio de bolhas de ar. As membranas das traqueídes, como são porosas, permitem a passagem de água e bloqueiam as bolhas de ar. Dessa forma, qualquer bolha de ar que possa se formar na traqueíde, vai ficar retida nessa célula, limitando as obstruções do fluxo da água. Todavia, as bolhas de ar formadas nos elementos de vaso podem bloquear o fluxo de água por toda a sua extensão.

As células do xilema apresentam diversos tipos de espessamentos na parede secundária. No período de crescimento da planta, a parede secundária do xilema é depositada na forma de anéis ou espirais, possibilitando que esses elementos sejam estendidos após as células se diferenciarem. Já no xilema formado tardiamente e no xilema secundário, a parede secundária dos elementos traqueais recobre praticamente toda a parede primária, com exceção das regiões de perfurações e de pontoações, que são interrupções na parede celular que permitem a comunicação entre as células. Com isso, os traqueídes e os elementos de vaso se tornam rígidos e não podem ser esticados. Após os espessamentos na parede secundária, os elementos traqueais sofrem a apoptose ou a morte celular programada, que é determinada geneticamente. A apoptose nessas células elimina totalmente o protoplasto, mantendo apenas as paredes celulares, exceto nas regiões de perfurações dos elementos de vaso, tornando-os aptos para o transporte de água.

Corte transversal de raiz de algodão mostrando os elementos de vaso (setas). Foto: Mike Rosecope / Shutterstock.com

Referências bibliográficas:

Appezzato-da-Glória, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: Ed. UFV, 438 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

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Floema

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O floema, juntamente com o xilema, constitui o sistema condutor das plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas), formando um contínuo através de todos os órgãos (figura abaixo). Ele é responsável pelo transporte a longa distância de seiva elaborada, composta de diversas substâncias, incluindo açúcares, aminoácidos, lipídios, micronutrientes, hormônios e proteínas, além de vírus. Em relação a sua origem, o floema, do mesmo modo que o xilema, pode ser primário ou secundário. Quanto aos tipos de células, este tecido é composto por parênquima, fibras, esclereídes e células condutoras. As células do parênquima do floema, assim como do xilema, têm a função de armazenamento de substâncias e estão localizadas tanto em fileiras horizontais como verticais. Já as fibras e os esclereídes auxiliam na sustentação das plantas.

Detalhe do cilindro vascular da raiz de Ranunculus acris evidenciando o xilema e o floema. Foto: Kallayanee Naloka / Shutterstock.com

As células condutoras do floema são denominadas elementos crivados, sendo este nome relacionado com o conjunto de poros, conhecidos como área crivada, encontrados nessas células que permite a comunicação entre os elementos crivados adjacentes. Ao contrário do xilema, os elementos crivados permanecem vivos na maturidade. São constituídos por dois tipos de células: as células crivadas que são típicas das gimnospermas, e os elementos do tubo crivado, exclusivos das angiospermas. Em plantas sem sementes, os sistemas de condução do floema variam em estrutura e são chamados apenas de elementos crivados.

As células crivadas são alongadas e delgadas, apresentando áreas crivadas com poros estreitos ao longo de toda a célula, com maior frequência nas extremidades sobrepostas. Já os elementos do tubo crivado são células mais curtas e contém poros maiores em algumas partes das áreas crivadas, que recebem o nome de placas crivadas. Essas placas geralmente estão localizadas nas paredes terminais. Os elementos de tubo crivado podem se unir por essas extremidades e formar colunas contínuas denominadas de tubos crivados. As paredes de ambos os tipos de células geralmente são primárias. Como resposta a um ferimento ou ao envelhecimento, os poros das áreas e placas crivadas podem estar obstruídos por um polissacarídeo denominado calose.

Apesar dos elementos crivados serem células vivas, na sua maturidade há uma desintegração seletiva dos componentes do protoplasto, ficando como remanescente apenas a membrana plasmática, o retículo endoplasmático liso e alguns plastídios e mitocôndrias, sendo estes últimos dispostos ao longo da parede. Para exercer sua função de condução, essas células devem permanecer vivas, porém necessitam fornecer um caminho desobstruído para o movimento das substâncias transportadas.

Nas angiospermas, os elementos de tubo crivado estão associados com células do parênquima denominadas de células companheiras. As células companheiras são derivadas da mesma célula-mãe dos elementos de tubo crivado e possuem diversas conexões entre elas, permitindo que essas células forneçam nutrientes e outras substâncias para os elementos de tubo crivado, garantindo assim a sua sobrevivência. Nas gimnospermas, as células crivadas estão associadas com as células albuminosas ou células de Strasburger, que apesar de não serem derivadas da mesma célula-mãe da célula crivada, desempenham funções semelhantes às das células companheiras. A morte dos elementos crivados leva a morte das células companheiras e das células albuminosas, o que é um indício da relação de dependência entre os elementos crivados e essas células.

Referências bibliográficas:

Appezzato-da-Glória, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: Ed. UFV, 438 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

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Trend hits: Biker Shorts

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Trend alert! Quem acompanhou as coleções apresentadas nos últimos meses de setembro e outubro viu que há uma peça que promete ser hit absoluto entre as fashionistas. As biker shorts (ou bermudas de ciclista), que surgiram nos anos 1990, parecem ter elevado o nível do athleisure. Naquela época, a Princesa Diana usava o look tanto para as caminhadas matinais quanto para exercer funções do dia a dia, geralmente, combinados com um moletom e um par de tênis brancos – clássicos noventistas. O que era apenas usado na academia, hoje, substitui calças e saias em produções com saltos, blazers, camisas e botas over-the-knee. 

Nas passarelas, uma enxurrada de referências que levam a tendência a outros universos. Desde a estética retrô apresentada pela Prada, com seus visuais que combinam peças com corte evasé, como as blusas-batas, ao elegante utilitário da Fendi, com a composição elegante de modelagens. Na Mugler, a alfaiataria boyish leva as riscas de giz para o shorts de um jeito moderno e urbano. Já Paulinha Sampaio brincou com os tons terrosos no look monocromático e deu um toque chique à peça.

A carioquíssima Maria Frering criou uma produção ideal para o dia a dia. Repare como o combo blazer + t-shirt + biker shorts + sandália de tiras pode ser usado em diversos momentos – e é o que podemos chamar de look  “sem ocasião definita”. Na Chanel e Roberto Cavalli, o mood segue a mesma linha. Você agora pode apostar naquele casaco ou camisa que ficaria perfeita com uma saia ou calça de alfaiataria e investir no shorts.

Pronta para levar o shorts para fora das academias e além da bike?



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Primeiro Triunvirato de Roma

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O Primeiro Triunvirato de Roma foi uma aliança estabelecida em 60 a.C., durante o período republicano, entre três importantes líderes: Júlio César, então eleito cônsul; Pompeu, o Grande, importante líder militar e bem quisto pelos cidadãos por suas conquistas; e Licínio Crasso, que concentrava riquezas, mas não tinha grande influência política. A junção das três forças era interessante pois cada um tinha forças apenas em sua “área” principal de ação, mas não nas demais. A união das forças políticas, econômicas e militares resultou na aliança conhecida como Primeiro Triunvirato de Roma. A aliança é famosa, mas funcionava na informalidade, e não tinha nenhum registro nem validade jurídica.

Neste sentido cabe ressaltar que à época Roma vivia um contexto de expansão, e os povos conquistados pelos romanos acabavam por ser incorporados à sociedade. Assim, a formação de um exército foi de fundamental importância pois foi através dele que o latim passou a se difundir com maior força e a língua passou a ser um forte elemento de unificação romana. Os povos conquistados, que passaram a ser cidadãos romanos ou seus aliados, incorporavam essa unificação cultural.

Por sua força política e militar Roma obteve êxito em conquistar a Península Itálica, chegando até a pontos mais distantes e exteriores à região, mostrando seu poderio expansionista. As guerras que aconteciam a todo o tempo por disputas comerciais e políticas e conquistas de novos povos geravam lucros. A partir das guerras os romanos também capturaram inimigos, transformando-os em escravos para utilização como mão-de-obra para o trabalho. Como as guerras eram longas e inviabilizavam a participação dos trabalhadores do campo, cidadãos romanos, passou-se a contar com soldados assalariados.

No entanto, as tropas de soltados eram comandadas por generais. Nesse contexto o exército tornou-se profissional, o que significa que contava com trabalhadores assalariados para o exercício das funções. A partir daí o exército passou a contar não apenas com soldados romanos como também com soldados não romanos. O poder dos generais sobre os soldados era tão evidente que eles acabavam, por vezes, sendo mais leais aos seus líderes, responsáveis pelo seu salário, do que pelo Estado romano em si.

Essa relação entre generais e soldados ficava ainda mais complexa: os generais eram os responsáveis por distribuir lotes de terras para cultivo entre os soldados quando estes saíam da ativa e entravam em reserva. A vontade dos generais, portanto, era definidora do futuro dos soldados e, então, uma rede de fidelidade passava a se formar.

Com isso os generais foram conquistando cada vez mais poder e lutavam entre si pelo poder central, o que levou Roma a conviver com diversas guerras civis em seu território. Foi neste contexto caótico, de guerras e disputas internas, que surge a figura de Caio Júlio César, um general aristocrata, descendente de Vênus e Enéias, que conquistou uma porção significativa de terras – territórios como França, Suíça, Bélgica e uma porção da Alemanha, por exemplo.

Estátua de Caio Júlio César em Roma. Foto: Paolo Gallo / Shutterstock.com

Essa aliança entre os poderes ocorreu pouco tempo antes de Júlio César tomar o poder de Roma, em 49 a.C., tornando-se um ditador que acabou morto logo em seguida, em 44 a.C. Em 60 a.C., quando do Primeiro Triunvirato Romano, Júlio César havia sido eleito cônsul e travou alianças importantes com as lideranças militares e econômicas com intenções de conquistar adeptos e poderes entre os admiradores de Pompeu e Crasso.

Referência:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

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Guerras Púnicas

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Cartago foi uma cidade-estado, fundada pelos fenícios e localizada ao norte do continente africano. A cidade de Tiro foi a fundadora de Cartago e, portanto, foi uma região repleta de comerciantes, com bastante experiência marítima e comercial. Assim, Cartago formou uma rede de controle sobre o comércio e se destacou no mundo antigo. Seus domínios passavam pelo oeste da Sicília, por Sardenha e pela Córsega, chegando até a Península Ibérica. Com todos esses domínios pela costa marítima conseguiu se destacar no comércio a partir da produção de produtos como o trigo, o azeite e o vinho.

As Guerras Púnicas foram conflitos entre Cartago e Roma, que disputavam os domínios dobre o Mar Mediterrâneo, ou seja, disputavam a hegemonia sobre a economia e a política. Os conflitos duraram de 264 a.C. a 146 a.C., quando Cartago foi destruída pelos romanos. Tanto Cartago como Roma tinham exércitos fortes e a luta foi equilibrada.

A região da Sicília era dominada por Cartago, que entravam em disputa constante com os gregos. Neste contexto Roma ocupou Messina e por conta disso, os cartagineses declararam guerra, marcando o primeiro dos três conflitos das Guerras Púnicas.

A Primeira Guerra Púnica ocorreu entre 264 a.C. e 241 a.C., e iniciou-se pela invasão dos romanos na colônia cartaginesa de Messina, na região da Sicília. Foi neste momento que os romanos, com o auxílio grego, passaram a dominar técnicas fenícias para construção de embarcações que serviriam para os combates no mar. Saindo vitoriosos do conflito os romanos conquistaram não só a Sicília como a Córsega e a Sardenha.

A Segunda Guerra Púnica foi marcada pela atuação de Aníbal, filho de Amílcar, lideranças cartaginesas. Aníbal partiu da Península Ibérica, conquistada por seu pai, e chegou até a Península Itálica, vencendo os romanos em diversos conflitos. Porém, Aníbal não foi à Roma, e, portanto, os romanos não foram enfraquecidos. O conflito, ocorrido entre 218 a.C. e 201 a.C. foi em regiões dominadas pelos romanos. Como contra-ataque Roma atacou Cartago e levou o conflito para o território cartaginês, forçando Aníbal a retornar e defender sua cidade. No entanto, Aníbal foi derrotado por Cipião Africano em uma batalha conhecida por Batalha de Zama. Como resultado Cartago passou a pagar impostos e foi proibida de se envolver em guerras, sem que houvesse concordância do senado romano. Roma conquistou o domínio da Península Ibérica.

A Terceira Guerra Pública foi o conflito final entre Roma e Cartago. Com a experiência dos dois conflitos anteriores, Roma partiu em direção a Cartago com a intenção de destruir a cidade. Com a liderança do Cipião Emiliano os romanos atacaram, incendiaram e destruíram Cartago, em um conflito que durou de 149 a.C. a 146 a.C. A cidade foi incendiada, os sobreviventes escravizados e Emiliano jogou sal sobre a terra com a intenção de “que nada mais ali crescesse”.

Ruínas de Cartago, onde atualmente fica a Tunísia. Foto: Alexandra Shcherbakova / Shutterstock.com

As Guerras Púnicas foram, portanto, um conjunto de conflitos ocorridos entre Roma e Cartago, durante o período de 264 a.C. a 146 a.C. Inicialmente os cartagineses atacaram o território romano, mas sem marchar sobre Roma, o que fez com que os romanos perdessem batalhas, mas não tivessem sua cidade destruída. Assim, deslocaram o conflito para o território cartaginês, que acabou incendiado e destruído pelos romanos. O centro da disputa era o controle do Mar Mediterrâneo, importante elemento da hegemonia econômica e comercial do mundo antigo.

Referências:

GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

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Locução conjuntiva

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Para iniciarmos o tema locução conjuntiva, vamos entender o que é uma conjunção. Conjunção é a palavra que liga orações ou termos semelhantes de uma oração. São palavras que relacionam entre si. Abaixo, alguns exemplos:

Já a Locução Conjuntiva é o conjunto de duas ou mais palavras que equivalem a uma conjunção. A maioria das locuções conjuntivas são compostas por advérbios, preposições e particípios acompanhados da conjunção que. Algumas locuções conjuntivas:

Ainda que
Visto que
Uma vez que
Por mais que
Desde que
A fim de que
Logo que
Já que
Sem que
Posto que

As locuções conjuntivas podem ligar duas orações com sentidos independentes, são chamadas de Locuções Conjuntivas Coordenativas e se distribuem em cinco classes. Mas, também, as locuções conjuntivas podem ligar orações que dependem uma da outra para completar o sentido, são chamadas de Locuções Conjuntivas Subordinativas e se dividem em 10 classes. Abaixo os tipos de Locuções Conjuntivas:

Locução Conjuntiva Coordenativa

Orações que são independentes na mesma frase. Cada uma, sozinha, formam uma frase. Por exemplo:

As crianças dormiram e o silêncio se espalhou pela casa.

1. Aditivas: relação de soma entre as duas orações – mas ainda, mas também, e nem.

Marcela não quer doce e nem salgado.

Ela não só ministra aulas, mas também trabalha como voluntária no projeto.

2. Adversativas: relação de oposição, sentidos contrastantes de oposição – mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.

Francisco foi ao curso; todavia, não prestou atenção nenhuma.

Pensava em escolher as datas das férias, no entanto a chefe dele não autorizou.

3. Alternativas: relação de exclusão, alternância entre as orações – ora...ora, quer...quer, seja...seja, ou...ou, já...já.

Ora queria mar, ora queria campo.

Ou você trabalha, ou você fica sem dinheiro.

4. Explicativas: relação de justificativa, de explicação – pois, porquanto, porque, que.

Diana foi ao show, porque ganhou o ingresso.

Vamos embora, que estou morrendo de sono.

5. Conclusivas: relação de conclusão, uma oração encerra a conclusão da outra oração – portanto, logo, pois, por conseguinte, consequentemente.

Luciano está sem dinheiro, portanto não irá viajar.

As amigas brigaram, logo não se falarão tão cedo.

Locução Conjuntiva Subordinativa

As conjunções ligam duas orações. As orações são dependentes uma da outra. Por exemplo:

Espero que você passe no vestibular.

1. Causais: relação de causa e iniciam orações adverbiais – já que, desde que, como, porque, que, uma vez que, visto que.

Como estava com dor de garganta, não compareceu à aula de canto.

Uma vez que não se comprometeu com o trabalho, perdera a credibilidade.

2. Concessivas: relação de concessão - ainda que, mesmo que, apesar de que, se bem que, embora, conquanto.

Ainda que fosse tarde, ele poderia ter esperado.

Não deixarei faltar o remédio, mesmo que eu tenha que trabalhar bastante.

3. Condicionais: relação de condição – contanto que, salvo se, desde que, se, caso.

Vou contar o que houve, contanto que ninguém me interrompa.

Irei à festa, desde que você não queira ficar até tarde.

4. Conformativas: relação de conformidade – conforme, segundo, como, consoante.

Aline estudou conforme foi orientada.

A casa foi vendida por um valor bem abaixo, segundo o corretor.

5. Comparativas: relação de comparação – do que, como se, como, mais...do que, menos... do que, maior...do que.

Joana é mais alta do que Patrícia.

O meu bolo de aniversário era maior do que o do meu irmão.

6. Consecutivas: relação de consequência – de modo que, de forma que, de sorte que, que (relacionado como tal, tão, tamanho, tanto).

Tanto era estressante o trabalho, que ela adoeceu.

Clarice estava tão cansada que ninguém mais ouviu sua voz.

7. Finais: relação de finalidade – para que, a fim de que, porque, que.

Ela cuida da alimentação, a fim de que não tenha problemas de saúde.

Ela pegou o casaco, para que não passe frio.

8. Proporcionais: relação de proporção – à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.

João adoece à medida que deixa de cuidar da sua saúde.

Quanto mais ela se concentra, mais rápido ela finaliza o exercício.

9. Temporais: relação de tempo – apenas, até que, assim que, antes que, depois que, tanto que, mal, quando, logo que.

Assim que a encomenda chegou, ela desceu na portaria para pegar.

Ela não vai à casa da avó desde que seu avô faleceu.

10. Integrantes: têm o valor de sujeito, objeto direto etc – que e se.

Espero que me agradeça.

Espero seu agradecimento.

É muito importante que observe o sentido da locução conjuntiva na frase, já que pode acontecer da mesma conjunção apresentar dois sentidos diferentes.

Bibliografia:

LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 27 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. 506p.

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

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Trend Beauty: Pink makeup

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Há tempos, a maquiagem cor de rosa era vista como algo infantil e intimidava algumas fashionistas de desfilarem por aí com suas sombras e batons nas diversas tonalidades. Graças às mentes frescas por trás da assinatura de belezas de marcas poderosas, a família pink ganhou espaço nos visuais elegantes, modernos e urbanos.

E há das opções mais claras às vibrantes da cartela para o próximo Verão 2019. Nas passarelas, uma série de inspirações. Na Brandon Maxwell, o rosé foi a escolha para pálpebras e boca, enquanto a Badgley Mischka investiu no tom mais forte para têmporas e batidinhas de batom centralizadas nos lábios.

Já na Giorgio Armani, que, volta e meia, traz as tonalidades para a sua beleza, optou pelo efeito glam na sombra, que surge leve, e em pequenos acentos nos lábios. Veja como a parte inferior tem um contorno mais marcante. 

Elemento importante para os looks praianos, o rosa também traz a sensação ” sunkissed”. Na Jonathan Simkhaii, o mood solar veio acompanhado de batom nude-rosado e maçãs com boas pinceladas de blush. Já na Etro, o estilo étnico ganhou um ar mais leve e jovem, com destaque apenas para o olhar contornado com sombra.

Fico tão contente em ver tendências e estilos surgindo renovados. É uma forma de torná-los mais fáceis e práticos para usar no dia a dia, com adaptações perfeitas para várias ocasiões.



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Locução pronominal

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Antes de entrarmos no tema locução pronominal, vamos relembrar o que é um Pronome. O Pronome é a palavra que indica o tipo de relação existente entre o ser e a pessoa do discurso, ele acompanha ou substitui o substantivo. Por exemplo:

Adriano quebrou a janela do vizinho com a bola. Ele se responsabilizará pelo prejuízo.

Este garante a entrada na faculdade, aquelas, o prazer momentâneo.

A culpa é de alguém por ele ter chorado.

A professora falava alto, mas ninguém ouvia.

Os pronomes se classificam em Pessoais, Possessivos, Demonstrativos, Indefinidos, Interrogativos, Relativos, Oblíquos e de Tratamento. Já, a Locução Pronominal é o conjunto de duas ou mais palavras que equivalem a um pronome. Os mais comuns são:

As locuções pronominais podem vir na forma indefinida, também. Eles são referidos de maneira vaga, imprecisa ou com quantidades indeterminadas a seres da 3ª pessoa do discurso. Algumas das locuções pronominais indefinidas são:

  • cada um
  • cada qual
  • alguma coisa
  • qualquer um
  • quem quer que
  • o que quer que
  • seja quem for
  • seja qual for
  • quanto quer que
  • alguém
  • ninguém
  • outrem
  • algum
  • quanto quer que

Alguns exemplos aplicados na Locução Pronominal:

Qualquer um podia entrar na palestra.

Eles viram alguma coisa na vizinha.

Quem quer que seja, vai pagar por todo o sofrimento.

Teria algum outro salgado assado?

Cada um responde ao seu gestor.

Alguma outra pessoa terá que ajudá-lo.

Existem pronomes que se opõem pelo sentido. Por exemplo:

As crianças não viram ninguém no parque. – sentido negativo

Eles viram alguém do curso deles. - sentido afirmativo

Não sobrou nada do bolo. – sentido negativo

Eles encontram algo no livro sobre o assunto. - sentido afirmativo

A música tem tudo a ver com o momento que Patrícia vive. - sentido de totalidade afirmativa

O vestido não tem nada a ver comigo. - sentido de totalidade negativa

Bibliografia:

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

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Locução adverbial

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Os advérbios são palavras que modificam o verbo para indicar as circunstâncias da ação verbal. Já a locução adverbial é o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de advérbio. Muitas vezes, ela é formada por uma preposição com um substantivo, adjetivo ou advérbio. Por exemplo:

O céu escureceu de repente.
O céu escureceu repentinamente.

Em silêncio, ela estudava para o concurso.
Silenciosamente, ela estudava para o concurso.

Com certeza Luana entregará o trabalho.
Certamente Luana entregará o trabalho.

As locuções adverbiais representam diversos tipos de circunstâncias, como:

Lugar: ao lado, a distância, de dentro, à esquerda, à direita, de dentro, de cima, em cima, por ali, por perto, por fora, por dentro. Exemplo:

O caderno está ao lado da pia.
O pai dele sempre esteve por perto.

Tempo: de manhã, à tarde, pela manhã, de dia, de noite, em breve, às vezes, de vez em quando. Exemplo:

Cláudio fará os exames pela manhã.
Em breve, saberemos o resultado.

Afirmação: com certeza, sem dúvida, por certo. Exemplo:

Os primos irão na festa com certeza.
Sem dúvida, Maria comprará a rifa.

Negação: de jeito nenhum, de forma alguma, de modo algum, de forma nenhuma. Exemplo:

Carlos não irá ao casamento de forma alguma.
Cecília não pagará o condomínio de jeito nenhum.

Modo: às pressas, à toa, ao léu, às claras, em vão, em geral, passo a passo, por acaso. Exemplo:

Joana saiu às pressas.
Eu estava à toa, então resolvi caminhar.

Dúvida: quem sabe, com certeza, por certo, talvez. Exemplo:

Quem sabe, Mariana se anime com a viagem.
Talvez Celso mudará de casa.

Intensidade: de muito, de pouco, em excesso, por inteiro, de todo. Exemplo:

Alex trouxe bagagem em excesso na viagem.
De pouco em pouco, Ana vai comendo.

Um ponto de atenção da locução adverbial é que algumas expressões como, de lá de dentro, de a pé e de lá de cima; são muito utilizadas na linguagem coloquial, porém a linguagem padrão não permite o uso de duas preposições na mesma locução adverbial. O correto é:

  • de lá de dentro – lá de dentro
  • de a pé - a pé
  • de lá de cima – lá de cima

Outro ponto é que determinadas locuções não possuem seus respectivos correspondentes, como é o caso de:

  • à esquerda
  • de vez em quando

Além disso, é preciso ficar atento nos erros mais comuns que envolve a locução adverbial. Muitas pessoas as escrevem como se fossem uma única palavra, como por exemplo:

  • com certeza – concerteza
  • de novo - denovo
  • de repente - derrepente

Bibliografia:

LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 27 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. 506p.

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

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Locução interjetiva

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A locução interjetiva é a expressão que corresponde a uma interjeição e, geralmente, ela é formada por duas ou mais palavras. Por exemplo:

Ora bolas!

Meu Deus!

Quem me dera!

Ai de mim!

Misericórdia!

Ô de casa!

Alto lá!

Graças a Deus!

Minha nossa!

Meu Deus!

Muito obrigada!

Virgem Santa!

Que horror!

Muito bem!

Que Pena!

Santo Deus!

Nossa senhora!

Puxa Vida!

Cruz Credo!

Assim como as interjeições, a locução interjetiva também é chamada de palavra frase, já que ela tem o poder de ser compreendida com poucas palavras. Veja:

Socorro!

Viva!

Fogo!

Basta!

Uma mesma locução interjetiva pode ter diversos significados e o quê dirá o sentido dado a ela será a entonação empregada e o contexto em que ela será usada. Abaixo, alguns exemplos:

Puxa Vida! Que casa linda! - Admiração

Puxa vida! Ele poderia ter sido solidário à namorada. – Desapontamento

A locução interjetiva é um importante recurso da linguagem emocional, já que é por meio dela que se expressa uma sensação, emoção ou apelo. Elas não têm valor semântico e se classificam da mesma forma que as interjeições. Por exemplo:

  • Advertência: Tenha Calma! Essa região é perigosa...
  • Admiração: Puxa vida! Que coragem!
  • Afungentamento: Fora daqui!
  • Agradecimento: Muito obrigada! Sua ajuda foi imprescindível!
  • Alegria: Que bom! Vamos comemorar!
  • Alívio: Ufa! Ainda bem que deu tempo!
  • Animação: Que bom! O caminho que Fernanda fez foi melhor!
  • Aplauso: Meus Parabéns! Você foi muito sábio na escolha!
  • Concordância: Claro que sim! Te ajudo!
  • Chamamento: Ô de casa!
  • Cumprimento: Bom dia!
  • Desapontamento: Puxa Vida! Ele podia ter esperado...
  • Desejo: Queira Deus! Ela vai vencer essa doença!
  • Desculpa: Foi mal! Não consegui te avisar que eu tinha que ir embora...
  • Despedida: Até logo!
  • Dor: Que dor!
  • Surpresa: Meu Deus! Larissa cortou os cabelos!
  • Medo: Jesus! Alguém deve ter aberto o portão!
  • Silêncio: Bico calado! A prova vai começar!
  • Reprovação: De jeito nenhum! Ele não vai faltar na escola!

Bibliografia:

LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 27 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. 506p.

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

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Senado Romano

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O senado romano foi uma forma de organizar e dirigir a sociedade, presente tanto na monarquia, como na república e no império romanos, embora com mais poderes e destaques durante o período republicano. Configurava-se como uma assembleia política, que, em seus primeiros tempos, durante a monarquia, era formada somente por patrícios e tinha como principal função à época a escolha, após a morte de um monarca, de um novo rei.

No entanto foi durante a república que o senado ganhou protagonismo em Roma. O cargo no senado era vitalício e destinava-se ao controle da sociedade e à formulação de leis. Neste período a sociedade romana era dividida entre patrícios, os nobres proprietários de grandes terras, os clientes, servidores com certa proteção por parte dos nobres, e os plebeus, massa composta por toda a população restante.

Curia Julia, a casa do Senado Romano, construída no ano 44 a.C. pelo imperador Júlio César. Foto: Pierre Jean Durieu / Shutterstock.com

Os plebeus eram homens livres que trabalhavam com o artesanato e a agricultura, mas que não tinham poderes plenos para exercer sua cidadania, tendo em vistas que até então somente os patrícios ocupavam os cargos no senado, o que ocasionava injustiças sociais, a partir, por exemplo, da formulação de leis a partir de benefícios próprios. Os plebeus lutaram pela conquista de seus poderes políticos. A primeira conquista deu-se em 450 a.C. com o registro escrito das leis e sua divulgação, para que todos os cidadãos soubessem as regras que regiam a vida em sociedade. Esse texto escrito é a base do direito romano, chamado de Leis das doze tábuas.

Além das leis por escrito os plebeus conquistaram outros direitos, como a abolição da escravidão por dívidas, o casamento entre nobres e plebeus, e a criação do Tribuno da Plebe, um magistrado próprio para a defesa dos plebeus. A partir dessas novas regras, alguns plebeus conseguiram prosperar econômica e socialmente, e passaram a atuar também no comércio, enriquecendo. Com isso criou-se uma camada de ricos, dividida entre os nobres e os plebeus que prosperaram.

As magistraturas, cargos divididos entre mais de uma pessoa para que não houvesse concentração de poder, ganhou centralidade na vida política republicana. O senado, também conhecido como conselho dos anciãos, ganhou destaque pois dentre suas funções estavam a escolha dos cônsules, a principal magistratura da vida romana.

Assim, as magistraturas eram responsáveis pela organização da vida social: os cônsules detinham o poder civil e militar, os questores ficavam responsáveis pelas finanças, os edis pela estrutura urbana, os pretores pela justiça, o pontífice máximo era o chefe dos sacerdotes. O poder do senado estava justamente na influência sobre a escolha destes cargos, que eram os mais importantes da república romana. Assim, o poder do senado estava em influenciar nas escolhas dos cargos que regiam tanto o mundo político, como a vida religiosa.

O senado não era o único responsável por essa escolha. Outros atores sociais participavam das decisões políticas, mas seu poder predominava nas assembleias de maior destaque e relevância. Ainda assim, entende-se que a o conceito de cidadania em Roma era mais alargado do que em Atenas, tendo em vista que as regras para ser um cidadão romano eram mais flexíveis: um ex-escravo liberto poderia tornar-se romano. Ainda assim, para assumir cargos as regras eram mais restritivas e mulheres não podiam ocupa-los. Durante o Império os poderes do senado diminuíram, mas continuaram existindo. Considera-se que o período republicano tenha sido o auge do poder do senado romano.

Referência:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Editora Contexto, 2002.

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Classificação climática de Köppen-Geiger

" A Classificação climática tem como intuito agrupar os diferentes segmentos do planeta associando-os de acordo com os índices climátic...