Dígrafos

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Dígrafo é a sequência de duas letras que formam um mesmo som, um único fonema. Não podemos confundir consoantes e vogais com letras, já que são sinais representativos daqueles sons.

Nos dígrafos, cada letra perde sua unidade sonora. Isso porque a sequência de duas letras representa apenas um fonema. Abaixo, alguns exemplos de Dígrafos:

Pêssego
Carro
Máquina
Ninho
Chave
Alho
Molho
Banho
Assar
Arroz
Querido
Missa
Torre
Descida

Existem dois tipos de Dígrafos, os Consonantais e os Vocálicos:

Dígrafos consonantais

É o encontro de duas letras que formam um único som consonantal. Exemplos: lh, ch, nh, rr, ss, qu, gu, sc, sç, xc, xs.

  • CH: chuva, chaveiro, choro, churros
  • LH: lhama, telha, alho, calha, milho, agulha
  • SS: massagem, assumir, pássaro, pêssego
  • RR: cachorro, carro, torre, morro, carreto
  • NH: dinheiro, sonho, sobrinho
  • GU: guirlanda, guitarra, dengue, guerra
  • QU: questão, máquina, querosene, aquele
  • SC: descida, crescer, descendência, piscina
  • SÇ: cresça, desça, nasço
  • XC: exceto, exceção, excelente
  • XS: exsudativo, exsurgir

Dígrafos vocálicos

É o encontro de duas letras que formam um único som vocálico. Quando as vogais vêm seguidas das consoantes M e N, representando fonemas vocálicos nasalizados. Exemplos: am, em, im, om, um, an, en, in, on, un.

  • AM: amparo, ambulância, campeão, ambição, ampla
  • EM: empecilho, lembrança, sempre
  • IM: símbolo, cachimbo, limpo
  • OM: ombro, sombra, tombo
  • UM: cumprimento, chumbo, umbigo
  • AN: anta, sangue, tanque, antítese
  • EN: pente, mentira, entrada
  • IN: tinta, introdução, lindo, cinto
  • ON: onça, ponte, fonte
  • UN: mundo, sunga, denúncia

Vale ressaltar a atenção necessária para os dígrafos abaixo:

QU e GU, pois dependendo da forma como a palavra é pronunciada, pode ser ou não um dígrafo. Para entendermos melhor abaixo, dois grupos de palavras que ilustram a situação:

Eloquência –a vogal u é pronunciada, portanto não apresenta dígrafo.
Questão – a vogal u não é pronunciada, portanto possui o dígrafo QU.

Linguiça - a vogal u é pronunciada, portanto não apresenta dígrafo.
Gueixa – a vogal u não é pronunciada, portanto possui o dígrafo GU.

SC, SÇ e XC podem representar o mesmo fonema transcritos também por C ou Ç, como:

Florescer – amanhecer
Cresça – apareça
Exceder - preceder

Leia também:

Referência Bibliográfica:

CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares S. A., 6a ed.1976. 509p.

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Acrossemia

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A Acrossemia é a redução de palavras por meio de suas iniciais, é a diminuição de expressões a siglas. Os casos mais comuns de Acrossemia se apresentam em partidos políticos, nomes de universidades dentre outros usos. Por exemplo:

  • SA – Sociedade Anônima
  • CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica
  • CAN – Correio Aéreo Nacional
  • PT – Partido dos trabalhadores.
  • MDB – Movimento Democrático Brasileiro
  • UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.
  • NSJC - Nosso Senhor Jesus Cristo
  • DCA - Defesa Contra Aeronaves
  • Petrobrás – Petróleo Brasileiro
  • Arena – Aliança Renovadora Nacional
  • IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  • INEP – Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos
  • MEC – Ministério da Educação e Cultura
  • OEA – Organização dos Estados Americanos
  • ONU – Organização das Nações Unidas
  • VASP – Viação Aérea São Paulo

Uma vez criada, a sigla passa a ser sentida como uma palavra primitiva, passa a ter valor e autonomia de palavra, capaz de formar derivados como arenista, petista, emedebista, etc. Em alguns casos, assumem outros valores conotativos, fazendo com que se tornem homônimos, como é o caso de CEU – Clube dos Estudantes Universitários, que pode ser associado ao espaço infinito onde se movem os astros, o paraíso.

Assim como na Braquissemia, a acrossemia também é criada de acordo com a combinação de sílabas. Como por exemplo:

  • Tassiane = Tasso + Liliane
  • Mazé = Maria José
  • Claralate = Santa Clara + chocolate

Em alguns casos, a acrossemia substitui definitivamente a expressão que designa. Como é o caso da palavra radar, que significa Radio detected and ranging. Já as iniciais de very important person – VIP - já são mais conhecidas.

Segundo Cunha, o ritmo acelerado em que vivemos nos dias atuais, pede uma elocução mais rápida e o encurtamento de palavras evolui na mesma medida com tal rapidez.

Referência Bibliográfica:

CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares S. A., 6a ed.1976. 509p.

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Dior Ultra Rouge

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Há quem considere a existência de apenas um tipo de vermelho. Outras pessoas entendem que há uma infinidade de opções, que trás alaranjados, rosados, roxos e quase terrosos. Eu sou fã absoluta das diversas tonalidades e, finalmente, vejo que ele tem ganhado cada vez mais espaço nas produções de beleza do dia a dia. Quem também ama vermelhos é Peter Philips, o diretor de imagem e maquiagem da Dior Beauty, que segue os passos do fundador da maison francesa. Christian Dior era admirador de red lips. Voltando diretamente para as raízes clássicas da maquiagem, Peter desenvolveu sua nova e luxuosa coleção de batons: Rouge Dior Ultra Rouge. Além de ser uma homenagem a todas as versões da cartela carmim, o produto ganhou embalagem… vermelha. 

Pense em cores altamente pigmentadas com acabamento semi-fosco, que não pesa, dura 12 horas e evitam ressecamento. Ao todo são 26 novas cores, entre vinho, pink, laranja e terrosos. “O Ultra Rouge acrescenta uma nova magia à experiência do batom e à expressão do vermelho”, conta Peter Philips. “Como a fórmula funciona como uma impressão sobreposta, como uma tinta tatuando os lábios e como um filme colorido extremamente leve, isso me permitiu desenvolver novos tons altamente saturados e luminosos. Como um pintor com uma nova paleta de cores”. Agora é só experimentar!



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Folhas das plantas

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As folhas originam-se do caule e apresentam uma estreita relação com esse tecido, que é evidenciada pela continuidade do tecido vascular entre eles. As principais funções das folhas são a fotossíntese, transpiração e respiração. A forma, cor e tamanho das folhas variam muito, sendo que algumas podem apresentar modificações, como gavinhas e espinhos.

A estrutura básica das folhas inclui o limbo, que também pode ser chamado de lâmina foliar, correspondendo a sua porção expandida; o pecíolo, que é a parte que conecta o limbo ao caule, porém em algumas espécies essa estrutura pode estar ausente e as folhas são ditas sésseis; a bainha, que equivale a parte basal da folha que envolve total ou parcialmente o caule. Em muitas plantas do tipo monocotiledônea, a bainha pode se estender por todo o comprimento do entrenó. Apêndices similares a folhas, denominados estípulas, podem estar presentes na base de algumas folhas, sendo considerados caracteres taxonômicos importantes para o reconhecimento das espécies botânicas.

Em plantas do tipo eudicotiledôneas, as folhas podem ser divididas em simples ou compostas. Nas folhas simples o limbo é inteiro, não dividido, porém pode ser profundamente lobado, como na folha da planta costela-de-adão (Monstera deliciosa). O limbo nas folhas compostas é dividido em unidades menores designadas folíolos, cada qual geralmente possui seu próprio pecíolo (que é chamado de peciólulo). Se os folíolos se originarem de ambos os lados de um eixo, que é denominado de raque, como as pinas de uma pena, estas são classificadas como folhas compostas pinadas, tendo as folhas da árvore sibipiruna como exemplo. Caso a raque esteja ausente e os folíolos partam da extremidade do pecíolo, as folhas compostas são do tipo palmadas. Outro tipo de folha composta são as digitadas, as quais exibem quatro ou mais folíolos ligados no mesmo ponto da base da folha, como por exemplo nas folhas do ipê-roxo.

Muitos grupos de plantas apresentam modificações nas suas folhas, permitindo que estas desempenhem outras funções além da fotossíntese. Como exemplo dessas adaptações, pode-se citar os cotilédones, as brácteas e os espinhos. Os cotilédones são as folhas formadas no embrião e, geralmente, possuem uma estrutura diferenciada das outras folhas, contendo uma reserva de nutrientes que será utilizada para o desenvolvimento da planta. Já as brácteas estão localizadas na base de flores e inflorescências, podendo ser vistosas e coloridas, contribuindo para a atração dos agentes polinizadores. Os espinhos são folhas modificadas em estruturas duras e pontiagudas, servindo para proteger as plantas dos herbívoros e também evitar a perda de água por transpiração. São típicos de espécies que habitam ambientes secos, como os cactos.

As plantas carnívoras apresentam folhas que se modificam para permitir a captura e digestão de pequenos animais, como insetos e aranhas. Algumas podem prender os animais em estruturas similares a dentes, enquanto outras secretam uma substância pegajosa que aprisiona os animais nas folhas. A digestão desses animais permite que a planta adquira nutrientes importantes para o seu crescimento e desenvolvimento.

O padrão de distribuição das nervuras no limbo das folhas é chamado de nervação (Figura 1). As nervuras costumam ser mais salientes na fase abaxial ou inferior da lâmina foliar, sendo formadas principalmente pelos tecidos vasculares xilema e floema. Existem diferentes padrões de nervação nas folhas. Quando há a presença de apenas uma nervura longitudinal, conhecida como nervura central ou principal, a folha é denominada uninérvea. Já nas folhas palmatinérveas estão presentes três ou mais nervuras que partem da base do limbo ou um pouco acima dela.

Figura 1 – Esquema evidenciando as principais estruturas de uma folha. Ilustração: sciencepics / Shutterstock.com

Referências bibliográficas:

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

Souza, L.A. 2009. Morfologia e anatomia vegetal: células, tecidos órgãos e plântula. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 259 p.

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Esclerênquima

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As células vegetais estão organizadas e formam unidades estruturais e funcionais chamadas de tecidos. Os principais tecidos das plantas estão agrupados nos sistemas dérmico (ou de revestimento), vascular e fundamental. A formação de todos esses tecidos inicia-se no desenvolvimento embrionário, sendo os tecidos primários os seus precursores. O sistema fundamental é formado por três tipos de tecidos: parênquima, colênquima e esclerênquima. O esclerênquima, juntamente com o colênquima, integra o tecido de sustentação das plantas. A principal diferença entre eles é que a maioria das células do esclerênquima não apresenta protoplasto (o corresponde a parte viva da célula, constituído pelo citoplasma, núcleo e a membrana plasmática) na maturidade, ou seja, são células mortas, enquanto que o colênquima é constituído por células vivas.

Quanto a sua origem, a maior parte do esclerênquima é formada do meristema fundamental. Uma parte pode se originar de outros meristemas, como nas sementes, em que a epiderme esclerenquimática se forma a partir da protoderme. Este tecido ainda pode ser derivado das células parenquimáticas, mediante um processo chamado de esclerificação. Nesse processo, há um aumento no espessamento da parede secundária e no acúmulo de lignina nas células do parênquima, o qual leva esse tecido se transformar no esclerênquima.

A principal característica do esclerênquima é a presença de paredes secundárias espessadas, que podem ou não estarem lignificadas, com espaço homogêneo e regular da parede celular. O esclerênquima está presente tanto em tecidos primários como nos secundários, ocorrendo em praticamente todos os órgãos vegetais, exceto nas pétalas e estames. Possui propriedades elásticas, ou seja, pode sofrer deformações sem se romper. Além de sustentação, o esclerênquima atua no processo de embebição de sementes e na abertura de frutos secos.

As células do esclerênquima podem estar próximas umas das outras, formando o tecido esclerenquimático, distribuídas em pequenos grupos ou isoladas entre outras células. São dois tipos de células que compõem este tecido: as fibras e os esclereídes. As fibras usualmente são células alongadas, com extremidades afiladas e parede celular grossa. É esse espessamento que ocasiona a morte de muitas dessas células. Contudo, em algumas espécies, as fibras são formadas por células vivas que podem armazenar substâncias de reserva, como no salgueiro. A principal função das fibras é sustentar as partes dos vegetais que não se alongam mais. Elas podem ser encontradas no córtex e na medula de raízes e caules, ao redor dos feixes vasculares, no mesofilo, no pedúnculo de flores e frutos, em pecíolos de folhas, em sementes e na parede de frutos. As fibras podem ter valor econômico e serem exploradas comercialmente, como ocorre no cânhamo, linho e rami.

As esclereídes são células geralmente ramificadas, com paredes espessadas e lignificadas. Podem ocorrer isoladas ou em grupos, sendo encontradas na epiderme, no tecido fundamental e no sistema vascular. Normalmente fazem parte do tegumento das sementes e do endocarpo de frutos do tipo drupas, além de proporcionarem a textura arenosa nas peras. Por apresentarem formatos variados, os esclereídes são classificados de acordo com a sua morfologia. Por exemplo, as astroesclereídes são semelhantes a estrelas, as tricoesclereídes são similares à pelos e as braquisclereídes apresentam formato quase isodiamétrico.

Referências bibliográficas:

Appezzato-da-Glória, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: Ed. UFV, 438 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

Souza, L.A. 2009. Morfologia e anatomia vegetal: células, tecidos órgãos e plântula. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 259 p.

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Trend hits: Véu

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A passarela conta com um novo protagonista! E, desta vez, não estamos falando de um novo shape de salto ou it-bag feita com material luxuoso. Trata-se do véu de renda ou tule que cobre o rosto, preso a chapéus ou outras headpieces. Nas semanas de moda internacionais, as peças nos levaram para outras épocas, como o período da aristocracia czarista na Rússia. Lembro muito do filme Anna Karenina, com a belíssima Keira Knightley e o ator Jude Law. Achei marcante o figurino do longa, inclusive, trazendo os dois modelos de chapéu com o véu.

Diferente desta referência histórica, hoje, os diretores criativos vêm investindo no jogo de contrastes – o acessório que marcou o passado com proposta revisitada. Seja na composição dos looks ou na forma com que é confeccionada. Vi a versão apresentada por Marc Jacobs para o seu Verão 2019 e entendi imediatamente que é não há exceções. Todas as peças podem se adequar aos tempos modernos e ganhar espaço na moda. Na Giambattista Valli, conhecida pela sua sofisticação, o véu foi aplicado à tiara de tecido, com um laço no topo e tule com efeito poá.

A ousadia no formato da criação ficou por conta da Thom Browne, que elaborou um mix de véu e aba de viseira transparente. Já na Erdem, o tecido cobriu completamente o chapéu e sobrepôs as laterais da peça, deixando o rosto livre. Do lado oposto, Hedi Slimane deu uma pitada de atitude rocker ao visual black and white com a opção de véu de rede preta. Delicado e elegante na mesma medida.



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Encontro consonantal

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Para representar um Encontro Consonantal, vejamos abaixo (c = consoante; v = vogal):

  • G A T A → c v c v → alternância de consoante e vogal
  • G R A T A → c c v c v → sequência de sons consonantais

Encontro Consonantal é a junção de consoantes no mesmo vocábulo sem vogal intermediária. Os Encontros Consonantais podem aparecer de 2 formas:

1. Na mesma sílaba: são denominados de grupos consonantais e têm quase sempre como segunda consoante o L ou o R. Exemplo:

  • TL: a-tlas
  • BL: blo-co, bí-bli-a
  • BR: bran-co, ru-bro, bri-sa, a-brir
  • DR: pe-dra, dra-gão, vi-dro
  • PL: pla-no
  • CL: cla-ro, te-cla, cli-ma
  • CR: cra-vo, A-cre, la-crar
  • FL: flo-res, a-fli-ção, ru-flar
  • FR: fra-co, so-frer, fran-cês, re-frão
  • GL: gló-ri-a, in-glês, a-glu-ti-nar
  • GR: gran-de, ne-gro, re-gra
  • PR: pra-to, so-pro
  • PN: pneu
  • TR: tri-bo, a-trás
  • VR: pa-la-vra

Além dessas mas frequentes, há também as que não aparecem em muitos vocábulos, como:

  • GN: gno-mo
  • MN: mne-mô-ni-co
  • PN: pneu-má-ti-co
  • PS: psi-co-lo-gi-a
  • PT: ptialina

2. Em sílabas consecutivas: nas sílabas diferentes, cada consoante pertence a uma sílaba. Exemplo:

  • R/T: Tor-ta
  • S/T: Lis-ta
  • B/S: Ab-so-lu-to
  • C/C: Con-vic-ção
  • C/T: As-pec-to
  • D/V: Ad-ver-tir
  • F/T: Af-ta
  • T/M: Rit-mo
  • P/T: Ap-to

Algumas exceções à regra:

  • CH, LH, NH, RR, SS, QU, GU não são grupos consonantais, mas sim Dígrafos que é a reunião de duas letras para a transcrição de um Fonema. É o caso de machado, calha, banheiro, carro e passo.
  • M e o N pós vocálico, também, não formam encontro consonantal, já que não são consoantes e sim sinais diacríticos de nasalização. É o caso de cam-po e son-so.
  • BL pode determinar a formação de grupos consonantais ou de encontros disjuntos. É o caso de a-bla-ti-vo e do encontro disjunto em sub-li-nhar.

O encontro Consonantal pode ser, também, Fonético. A consoante X possui sonoridade de CS, ocorrendo dois fonemas consonantais:

  • Taxi – 5 fonemas e 4 letras
  • Axila – 6 fonemas e 5 letras
  • Oxigênio – 9 fonemas e 8 letras
  • Boxe – 5 fonemas e 4 letras

Referência Bibliográfica:

CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares S. A., 6a ed.1976. 509p.

LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 27 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. 506p.

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

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Vícios de linguagem

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Vícios de linguagem são todas as expressões ou construções que alteram a norma padrão ou norma culta. Geralmente, elas são provocadas por descuido ou por falta de conhecimento das regras por parte do falante.

(Foto: © iStock.com / spinka)

Abaixo, alguns tipos de Vícios de Linguagem.

Barbarismo

É um desvio que pode ser feito pela pronúncia, acentuação, ortografia, flexão ou semântica. Exemplos:

  • Pronúncia: pobrema – o correto é problema
  • Acentuação: rúbrica – o correto é rubrica
  • Ortografia: mecher – o correto é mexer
  • Flexão: proporam – o correto é propuseram
  • Semântica: conserto da orquestra sinfônica - o correto é concerto

Arcaísmo

Expressões que não são mais usadas atualmente, ou seja, estão em desuso. Exemplos:

  • Vosmecê – sinônimo de você
  • Asinha – sinônimo de depressa
  • Suso - sinônimo de acima

Neologismo

Criação de novas palavras já existentes à qual é atribuído um novo significado. Exemplos:

  • Melhor deletar o que você viu ontem. – Sentido de esquecer, apagar
  • Ela manja sobre Figura de Linguagem. – Sentido de saber, entender muito

Solecismo

Erro de concordância, regência ou de colocação pronominal. Exemplos:

  • Concordância: Fazem 3 meses que não nos vemos. – o correto é faz.
  • Regência: Vou no banheiro. – o correto é ao.
  • Colocação Pronominal: Não segurei-me para falar sobre a mãe dela. – o correto é me segurei.

Ambiguidade

Duplo sentido de interpretação na frase. Exemplos:

  • A mãe de Priscila entrou com sua maleta na casa. – de quem era a maleta? Da mãe ou da Priscila?
  • Joana pegou seu namorado correndo na rua. – quem estava correndo? Joana ou o namorado?

Cacófato

Quando a pronúncia de palavras seguidas produz um som desagradável ou inapropriado. Exemplos:

  • Ele não viu ela.
  • Maria nunca gasta o necessário.
  • Ela tinha visto seu cachorro.
  • Márcio beijou a boca dela.
  • Cuba lança livro de Che Guevara.

Eco

Desvio causado pelo uso de palavras cujas terminações são iguais, ocorrendo sons repetitivos na prosa. Exemplos:

  • Tente, invente. Faça diferente.
  • Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

Pleonasmo

Redundância desnecessária para a transmissão do conteúdo da frase. Exemplos:

  • Sair para fora - o correto é apenas sair
  • Entrar para dentro - o correto é apenas entrar
  • Encarar de frente – o correto é apenas encarar

Gerundismo

É o uso inadequado do gerúndio, o uso de gerúndio em excesso para algo desnecessário, na tentativa de reforçar uma ideia de continuidade. Exemplos:

  • Eu vou estar enviando o e-mail – o correto é Eu enviarei o e-mail.
  • Em que poderia estar ajudando? – o correto é Em que posso ajudar?

Hiato

Desvio causado pela sequência de vogais idênticas ou semelhantes. Exemplos:

  • Ele irá ainda hoje para fazer a retirada do produto.
  • Você escolhe, ou eu ou ele.

Colisão

Desvio causado pela sequência de consoantes idênticas ou semelhantes. Exemplos:

  • Fazendo fiado fico freguês.
  • O rato roeu a roupa do Rei de Roma.

Plebeísmo

São gírias, calão, expressões populares que indicam a falta de instrução. Exemplos:

  • Correr atrás
  • Mané
  • Bolado

Estrangeirismo

Uso desnecessário e exagerado de palavras de outros idiomas. Exemplos:

  • Show - espetáculo
  • Drink – bebida ou drinque
  • Delivery – entrega em domicílio
  • Stress - estresse

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Voz passiva

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A categoria de voz é dividida em Voz Passiva, Voz Ativa e Voz Reflexiva. Elas estão diretamente ligadas na forma como o verbo se apresenta na oração em relação ao sujeito; se é ele quem pratica ou recebe a ação.

Voz passiva é uma construção sintática em que um objeto direto passa a ocupar a posição de sujeito, ou seja, é a maneira de como o verbo se expressa em relação ao sujeito, que no caso da passiva, ele sofre a ação.

Abaixo, alguns exemplos:

Os filhotes foram descobertos pelo jardineiro.

  • Os filhotes: sujeito que recebe a ação verbal
  • foram descobertos: verbo na voz passiva

O bolo foi comprado pelos funcionários.

  • O bolo: sujeito que recebe a ação verbal
  • foi comprado: verbo na voz passiva

A casa da mãe foi reformada pelo filho.

  • A casa da mãe: sujeito que recebe a ação verbal
  • foi reformada: verbo na voz passiva

A voz passiva, também, pode expressar a mudança de perspectiva de uma cena, ocultando os responsáveis por uma determinada ação. Esse tipo de construção faz com que os culpados não sejam comprometidos. Exemplo:

O banco foi roubado.

Os remédios foram manipulados.

A criança foi arranhada.

A bicicleta de João foi encontrada.

Existem dois tipos de estruturas da voz passiva:

Voz passiva analítica

Quando é formada por verbos compostos ou locação verbal. Ela segue a seguinte estrutura – verbo auxiliar SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:

Os treinos serão executados (Verbo SER + PARTICÍPIO) pelos veteranos.

A professora será homenageada (Verbo SER + PARTICÍPIO) pelos alunos.

Além do verbo SER, existem outros verbos auxiliares que podem aparecer na voz passiva analítica. Por exemplo:

O museu ficou deteriorado (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) com o tempo.

Fernando estava protegido (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) pela máscara de rosto.

A cantora foi premiada (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) no evento de abertura.

A mãe tinha pensado (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) muito sobre a decisão.

A casa foi decorada (Verbo AUXILIAR + PARTICÍPIO) pela arquiteta.

Voz passiva sintética

Quando é formada com o verbo na 3ª pessoa + o pronome apassivador SE. Neste caso, o sujeito se transforma no pronome apassivador. Por exemplo:

Alugam-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) casas.

Consertou-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) o celular.

Nesta cidade, não se vê (PRONOME APASSIVADOR + VERBO NA 3ª PESSOA) ninguém depois das 21hs da noite.

Comeu-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) a bolacha na madrugada.

Clarice maquiou-se (VERBO NA 3ª PESSOA + PRONOME APASSIVADOR) para a festinha.

Leia também:

Bibliografia:

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

ABREU, Antônio Suárez. Gramática Mínima: Para o domínio da língua padrão. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2003. 356p.

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Trend hits: Washed denim

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Se estávamos pensando que não ia acontecer mais algum revival dos anos 90 na moda, acredite, parece que não acabou. Desta vez, o jeans, grande protagonista da década, vem com aparência bem clara, alguns tipos com tonalidade uniforme, outros manchados. O nome dado ao tecido com este tipo de tratamento é ”Washed denim”, ou seja, ”denim lavado”. Ele pode passar por um processo de clareamento ou ser alvejado, trazendo esse ar despojado e cool. A tendência foi tão forte na época, que foi usado muito até o início dos anos 2000.

Voltando às passarelas de Verão 2019, é possível encontrar diversas formas e estilos de vestir washed denim da cabeça aos pés. Há desde os vestidos mídi, como as versões apresentadas pela Michael Kors e Proenza Schouler, que mostram a versatilidade da peça e a transforma em ”sem ocasião”. Isso porque é possível transformar completamente o visual all jeans com acessórios statement. E falando neles, algumas grifes fizeram bolsas e botas de cano alto com o material, um movimento que foi forte na moda entre 2001 e 2006. O modelo hobo da Michael Kors, com cantoneiras de couro e franjas, remete bem a a estética deste período.

Além das coleções de verão recém apresentadas, há labels que já apostavam na ideia na temporada de Spring/Summer 2018. A R13 desfilou um vestido com shape de macacão e listras feitas com a própria lavagem clara. Enquanto a Tibi investiu no conjunto de cropped jacket e bermuda para um look moderno e fashionista. Já Stella McCartney optou pela produção alvejada, com aparência desgastada, para pôr nas próximas araras. A francesa Poiret criou uma composição elegante, com casaco de mangas soltinhas e calças amplas.

Tantas referências e maneiras de levar o washed jeans para a vida. Uma infinidade de modelagens e peças-desejo.



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Augusto

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Caio Júlio César Otaviano Augusto (nascido Caio Otávio) foi o primeiro imperador romano. Ele era sobrinho-neto de Júlio César e por ele foi adotado. Assim como Júlio César, Otávio também compôs um triunvirato, o Segundo Triunvirato Romano, uma aliança efetivada para que líderes dividissem o poder. O Segundo Triunvirato foi reconhecido oficialmente, e era formado por Otávio, Emílio Lépido e Marco Antônio. Uma das principais intenções do trio era perseguir os conspiradores responsáveis pelo assassinato de Júlio César. No entanto, a relação do trio foi abalada, primeiro pela tentativa de Lépido em tomar o poder, e depois pela disputa entre Otávio e Marco Antônio, que na Batalha de Actum entraram em conflito aberto no mar da Grécia. Otávio saiu vencedor da disputa, e Marco Antônio, apoiado por Egito e lutando ao lado de Cleópatra, fugiu com a faraó para as terras ao norte da África, marcando o fim do segundo triunvirato e o início do Império Romano, sob a liderança de Otávio.

Vencendo seus opositores foi nomeado o grande e principal general, sendo reconhecido pelo senado como o principal, ou o príncipe. Por isso recebeu o título de Augusto, como ficou conhecido na História. Por ser o príncipe, o regime passou de uma república para império. Foi durante o governo de Augusto que ocorreu o período conhecido como a Pax Romana.

Estátua do primeiro Imperador Romano, Augusto. Foto: Gilmanshin / Shutterstock.com

O período de ascensão de Otávio, de transição da República para o Império, foi marcado pela expansão romana. Dar conta de um território extenso era uma das maiores dificuldades encontradas pelos seus governantes, afinal, para manter seu amplo território, formado por diversos povos, era preciso o uso da força do exército. Foi necessário, portanto, desenvolver meios de garantir o controle de todo o território recém conquistado. Nesse contexto as guerras civis eram constantes, e a conquista de outros povos, com suas diferentes culturas, nem sempre era um processo pacífico. Nesse período houve, além da expansão territorial, uma difusão da cultura romana. A ascensão do primeiro imperador – Augusto – foi um dos marcos importantes para a garantia de certa estabilidade no início do Império Romano. Assim, a pax romana, período iniciado durante o governo de Augusto, foi um momento de garantia de paz e tranquilidade sobre Roma.

Com a concentração do poder nas mãos de um só imperador foi possível centralizar as atividades administrativas, garantindo coesão e controle ao Império. O imperador contou com as legiões romanas, formadas por soldados, não só para difundir a cultura romana, mas também para garantir a segurança das fronteiras do império, evitando possíveis invasões e saques. Além disso, cabia também aos soldados acabar com revoltas e rebeliões dos povos conquistados. As obras de infraestrutura foram também importantes nesse processo, especialmente a construção de estradas, que garantiam não só a chegada dos soldados às terras mais distantes do Império, como também a chegada dos impostos arrecadados nas terras distantes a Roma.

A figura de Augusto foi, portanto, emblemática na história de Roma e foi fundamental para sua estabilidade e expansão. Marcou o início do Império Romano. Foi durante seu governo que se garantiu a Pax Romana, por meio da centralização de poder nas mãos do imperador e do controle do território extenso que Roma havia conquistado.

Referência:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

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Pax romana

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A pax romana foi um período assim denominado pela tomada de controle sobre um amplo território, garantindo certa estabilidade e tranquilidade. O termo é da língua latina, e significa a paz romana. O período assim chamado teve uma duração considerável, desde 27 a.C. a 180 d.C.

No contexto, Roma buscava expandir seu território, e, ao mesmo tempo, precisava dar conta de um território já bastante extenso. Por isso foi preciso desenvolver formas de garantir o controle do território e certa paz, tendo em vista que Roma havia passado por um longo período de constantes guerras civis. É preciso destacar, portanto, que o início da Pax Romana se deu durante o governo de Augusto, o primeiro imperador romano. E justamente o início do Império Romano que foi definidor para este período de paz.

Durante o período de governo de Augusto, em 27 a.C., após um período de disputa intensa de poder, rebeliões de escravos e assassinatos iniciou-se um período de estabilidade e controle. Com o território extenso, conquistas de diversos povos com diferentes culturas – que muitas vezes não aceitavam o domínio romano, era preciso garantir o controle de todo o Império. Foi neste período que houve uma expansão também da cultura romana, ou seja, um processo de romanização desses novos domínios. Nesse processo as legiões de soldados romanos foram fundamentais.

Cabia aos soldados difundir a cultura romana, controlar as fronteiras, com as tropas localizadas nessas regiões para evitar invasões e domínios de terras por outros povos. Eles também deveriam garantir o controle das regiões afastadas do território em caso de rebeliões e revoltas, garantindo a paz. Além de controlar os povos conquistados, Roma garantia a produtividade econômica nesses locais e arrecadava impostos. Nesses casos, as obras públicas de estrutura serviam também para manter a população satisfeita com o governo central.

Por isso cabe ressaltar: embora esse período seja considerado um período de paz e prosperidade, isso só se garantia para os interesses de Roma. Os povos conquistados tinham suas rebeliões oprimidas e poucas eram as possibilidades de fugir do controle romano. A Pax Romana foi um período de estabilidade para o Império, mas foi também um período de violência para com os povos conquistados. Algumas pequenas liberdades e garantias eram oferecidas aos povos dos novos territórios, como a cidadania para alguns, o direito de matrimônio ou certa autonomia. Outro ponto necessário de se destacar é o fato de que, para garantir a paz e o controle sobre o território, foi preciso contar não apenas com os soldados enviados para os territórios afastados de Roma, mas também com as elites locais, dando-lhes certo poder.

A concentração de poder nas mãos do Imperador possibilitou a reorganização da administração nos domínios romanos e um poder mais centralizado. Dessa forma o Imperador (que não era rei), era adorado como um deus. Foi também neste período que houve um importante crescimento e desenvolvimento cultural, com a construção de novos prédios, monumentos e teatros, além de outras tantas obras estruturais, como as estradas. Aliás, a construção de estradas que ligassem Roma a seus domínios mais distantes foi um ponto importante para a consolidação de um período de paz. Isso porque por meio das estradas se garantia o deslocamento do exército – que reprimia rebeliões e garantia a segurança nas fronteiras – e a chegada dos impostos arrecadados nos domínios à Roma.

Referência

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

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Foundraiser Camila Coelho

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A moda é construída por diversas facetas. Fora das passarelas, streetstyle e toda aquela série de peças-desejo lançadas a cada estação, há um ponto muito importante que existe entre as fashionistas. É incrível ter uma coleção de bolsas, sapatos, inúmeros cabides com roupas deslumbrantes… mas e quando não usamos mais? O que fazer? Como dar sentido a um item tão importante?

Na última terça-feira, a nossa F🌟hits star Camila Coelho compartilhou os principais detalhes do seu bazar beneficente, bem como a sua história, intuito e resultados. Não é a primeira vez que ela reúne maquiagens, roupas e acessórios para arrecadar fundos para ajudar asilos, hospitais e famílias da sua cidade e redondezas. Ver e compartilhar a sua trajetória é uma emoção daquelas fortíssimas e profundas. Um orgulho que ultrapassa limites profissionais, de amizade. A Cami e eu estamos juntas nessa grande parceria da vida há 6 anos.

Aqui no vídeo, ela conta um pouco mais sobre como funciona, apresenta os destinos das doações e outros detalhes. Clique no play!

 

 



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Placas tectônicas

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A Terra é divida em camadas até seu interior. A camada mais externa, chamada de litosfera, rígida e resistente, é fragmentada em placas que deslizam, colidem, convergem ou se separam à medida que se movem sobre a astenosfera, camada dúctil do manto que ocorre depois da litosfera. Novas placas são criadas onde elas se separam, e recicladas onde convergem, em um processo contínuo de criação e destruição. Os continentes, que estão encravados na litosfera, migram junto com as placas que estão em movimento. Essa é a teoria da Tectônica de Placas, que descreve e examina o movimento das placas tectônicas e as forças atuantes entre elas, através de sua relação com o sistema de convecção do manto.

A distribuição geográfica das principais placas tectônicas é ilustrada na figura 1, e são as placas: Africana, da Antártida, Arábica, Australiana, dos Cocos, do Caribe, de Scotia, Eurasiática, Indiana, Juan de Fuca, do Pacífico, das Filipinas, de Nazca, Norte-Americana, e Sul-Americana.

Figura 1. Mapa de localização das principais placas tectônicas da Terra. Ilustração: Rainer Lesniewski / Shutterstock.com

A constatação da existência das placas tectônicas também trouxe a comprovação que faltava para a antiga teoria da Deriva Continental, explicando também a distribuição de muitas feições geológicas de grandes proporções que resultaram do movimento ao longo dos limites de placas, como cadeias de montanhas, associações de rochas, estruturas do fundo do mar, vulcões e terremotos.

A hipótese da expansão do assoalho oceânico, por volta dos anos 1950, explicou como os continentes poderiam separar-se, através da criação de uma nova litosfera pelos riftes mesoceânicos. As evidências surgiram com as intensas explorações do fundo oceânico, do mapeamento da Dorsal Meso-Atlântica submarina e a descoberta do vale profundo na forma de fenda (ou riftes), estendendo-se ao longo do centro do oceano.

O movimento contínuo das correntes de convecção produziria a expansão do assoalho oceânico, onde a ascensão do material do manto através da dorsal meso-atlântica, ao atingir a superfície, formaria lateralmente uma nova litosfera, e o fundo oceânico se afastaria da dorsal.

Outros tipos de limites de placas foram descobertos desde então, exemplificados na Figura 2.

Os limites divergentes são representados pelas dorsais meso-oceânicas, onde as placas se afastam horizontalmente uma da outra, com formação de nova crosta oceânica. O principal exemplo deste limite é o Oceano Atlântico, com a Dorsal Meso-Atlântica.

Os limites são convergentes quando as placas colidem, com a mais densa mergulhando sobre a outra, ocorrendo uma fusão parcial da crosta que mergulhou (a área da placa diminui). Os limites convergentes podem ser:

  • Convergência oceano-oceano: se as duas placas envolvidas são oceânicas, uma desce abaixo da outra em um processo conhecido como subducção. A litosfera oceânica da placa que está em subducção afunda na astenosfera e é por fim reciclada pelo sistema de convecção do manto. Este processo produz um limite de placas marcado por uma cadeia de vulcões, conhecido como “círculo de fogo”ou “arco de ilhas”.
  • Convergência oceano-continente: se uma placa tem uma borda continental, ela cavalga a placa oceânica, porque a crosta continental é mais leve e subduz mais facilmente que a crosta oceânica. A borda continental fica enrugada e soergue num cinturão de montanhas, paralela à fossa de mar profundo. As enormes forças de colisão e subducção produzem grandes terremotos ao longo desse limite. A costa oeste da América do Sul, onde a Placa Sul-Americana colide com a Placa de Nazca (oceânica), é uma zona de subducção desse tipo. A cordilheira dos Andes eleva-se no lado continental do limite, com vulcões ativos, e terremotos de grande escala.
  • Convergência continente-continente: quando duas placas continentais colidem. Nesse limite, ocorrem terremotos violentos na crosta que está sofrendo enrugamento. O melhor exemplo para este tipo de convergência é a colisão das placas Indiana e Eurasiática. A Placa Eurasiática cavalga a Placa Indiana, mas a Índia e a Ásia mantêm-se flutuantes, criando uma espessura dupla da crosta e formando a cordilheira de montanhas mais alta do mundo, o Himalaia e o Planalto do Tibete.

O limite transformante ocorre onde as placas deslizam horizontalmente uma em relação à outra, e a litosfera não é criada nem destruída. Esses limites são causados por falhas transformantes, que são fraturas ao longo das quais ocorre um deslocamento relativo à medida que o deslizamento horizontal acontece entre blocos adjacentes. Os limites de falhas transformantes são tipicamente encontrados ao longo de dorsais mesoceânicas, onde o limite divergente tem sua continuidade quebrada, sendo deslocado num padrão semelhante a um escalonamento. Um exemplo de uma falha transformante em continente é a Falha de Santo André, na Califórnia, onde a Placa Pacífica desliza em relação à Placa Norte-Americana. Grandes terremotos, como o que destruiu a cidade de San Francisco em 1906, podem ocorrer nesses limites.

Figura 2. Os três tipos de limites de placas tectônicas. Ilustração: Designua / Shutterstock.com

Leia também:

Bibliografia:

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.

http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Geologia-4007.html

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Geólogo

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Uma figura intrigante surge no meio do nada, olhando para um barranco ou uma rocha, com um aspecto misto de Indiana Jones e Sherlock Holmes, andando cheio de equipamentos pendurados em seu corpo e mochila, como a bússola e o inseparável martelo em uma das mãos, e um olhar questionador. Eis um geólogo!

Um geólogo escavando a formação rochosa com seu martelo. Foto: Paul B. Moore / Shutterstock.com

Mas o que é um geólogo?

O geólogo é o profissional com formação universitária de nível superior no curso de Geologia. É o profissional que estuda a Terra, toda sua estrutura, formação, processos naturais e evolução ao longo de toda sua idade, através do estudo de todos os tipos de rochas, da constituição do solo e das formas de relevo. É um profissional envolvido com a observação da natureza. A profissão é regulamentada pelo CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, para o exercício da profissão.

Pode se dizer que o curso de Geologia não é um curso muito popular, mas pode ser encontrado em 33 universidades do Brasil, sendo 28 universidades públicas (entre federais e estaduais), e 5 particulares. O curso geralmente possui duração de cinco anos, e segundo o MEC (Ministério da Educação), envolve disciplinas teóricas e básicas como Química, Física, Biologia, Matemática, e disciplinas direcionadas à Geologia, como Geologia Geral, Paleontologia (estudo dos fósseis), Hidrogeologia (estudo dos recursos hídricos), Petrologia (estudo das rochas), Vulcanologia (estudo dos vulcões), Mineralogia (estudo dos minerais), Geoquímica (estudo da distribuição dos elementos nos planetas), Geofísica, Geologia Estrutural (estudo das formas e deformações das rochas e sua origem), Tectônica (estudo das estruturas das rochas e sua origem em escala regional ou global), Estratigrafia (estudo do empilhamento das rochas e idades relativas), Geomorfologia (estudo das formas do relevo e evolução da paisagem), técnicas de mapeamento, como cartografia geológica e topografia, utilizando-se de bases topográficas GPS (Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global) e de fotografias aéreas, além de muitas aulas práticas em campo, estágio e trabalho de conclusão de curso.

O campo de atuação profissional do geólogo abrange desde empresas privadas, órgãos governamentais, até instituições acadêmicas e sem fins lucrativos, em áreas ambientais, de construção civil, mineração, petrolífera, recursos hídricos, docência e/ou pesquisa, dentre as principais.

Com toda certeza, é uma profissão cheia de aventuras, viagens e conexão, e mesmo em cargos mais burocráticos, sempre se estará em contato com a natureza.

Foto: Tom Grundy / Shutterstock.com

Bibliografia:

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.

http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Geologia-4007.html

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Geologia

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Geologia é a ciência que estuda a Terra. A palavra “geologia” deriva das palavras GEO (Geo, em latim, que significa Terra) + LOGIA (de logos, em latim, que significa estudo, ciência). Então, Geologia é a ciência que estuda a Terra, desde a sua origem, formação, evolução ao longo de milhares de anos, sua constituição, seu funcionamento, bem como as alterações endógenas (forças atuantes no interior da Terra) e exógenas (forças atuantes na superfície terrestre que influenciam na modelagem do relevo) que a modelam. Esse entendimento sobre a Terra possibilita a compreensão que nosso planeta funciona como um sistema todo conectado, o que favorece também, a conscientização e preservação dos diferentes habitats que sustentam a vida na Terra.

A Geologia, como ciência, procura decifrar a história geral da Terra, desde o momento em que se formaram as rochas, até o tempo presente. Para isso, como em muitas outras áreas das ciências, a Geologia depende de instrumentos e experimentos em laboratórios e simulações computacionais para descrever as propriedades físicas e químicas de amostras provenientes da superfície da Terra. Essas amostras são coletadas em viagens de campo. Por isso, a Geologia é conhecida como uma “ciência de campo”, onde se baseia principalmente na observação e experimentos no local do objeto de estudo, ou seja, onde será sua área de estudo.

O geólogo (profissional que estuda a Geologia) realiza a observação direta dos processos, utilizando-se de modelos comparativos na forma como ocorrem no mundo atual, com aquelas que são inferidas a partir do registro geológico. O registro geológico é a informação que está contida e preservada nas rochas, que tiveram sua origem em diferentes períodos da longa história da Terra.

A evolução da Terra é marcada por muitos eventos extremos e infrequentes, mas que envolvem mudanças rápidas no sistema. O Princípio do Uniformitarismo, proposto no século XVIII pelo médico e geólogo escocês James Hutton, considera que os processos geológicos atuais ocorreram de modo muito semelhante aos que aconteceram ao longo da história evolutiva da Terra. Isso pode ser resumido na frase: “o presente é a chave do passado”. Isso não significa que os fenômenos geológicos ocorram de forma lenta e gradual. Alguns dos eventos mais importantes que aconteceram sobre a Terra aconteceram de forma súbita, como o caso de meteoros que impactaram a Terra, vulcões em erupção, e falhas geológicas que podem rachar o solo num terremoto. Outros eventos ocorrem de forma mais lenta, sendo necessários milhões de anos para acontecer, como a migração de continentes, soerguimento e erosão de montanhas, ou sistemas fluviais depositarem espessas camadas de sedimentos. Esses processos geológicos ocorrem em diferentes escalas, tanto no tempo como espaço, e não implica que os fenômenos geológicos significativos sejam somente aqueles que observamos atualmente. Até porque, grandes fenômenos geológicos de escala global não têm sido observados no registro histórico desde o surgimento do homem moderno.

A percepção de “tempo” é muito relevante na área das geociências, pois a escala de tempo geológico é muito grande, onde se consideram milhões de anos atrás, muito diferente do tempo humano conhecido, que fica em torno de 80 anos.

Veja a imagem do Grand Canyon. As rochas mostram um empilhamento vertical, de várias pequenas camadas horizontais, desde a base (onde está localizado o rio) até o topo do canyon. As rochas da base (próximas ao rio), têm de 1.7 a 2.0 bilhões de anos. Durante milhares de anos, camadas de sedimentos foram se acumulando sobre essas rochas da base. A camada mais recente, as rochas do topo, tem cerca de 250 milhões de anos. Esse ordenamento das camadas obedece à Lei da Sobreposição, onde as rochas que estão por baixo são mais antigas (velhas) do que as que estão por cima.

Grand Canyon. Foto: Jason Patrick Ross / Shutterstock.com

Apesar do sucesso do princípio do uniformitarismo e de sua utilização desde que foi proposto, ainda é muito limitado para mostrar como uma ciência tão complexa, como a ciência geológica, atua. A moderna Geologia ocupa-se com todo intervalo da história da Terra, pois os violentos processos que moldaram a história primitiva da Terra foram substancialmente diferentes e mais impactantes daqueles que atuam nos dias de hoje.

Bibliografia:

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.

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Penicilina

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Penicilina é um antibiótico que foi descoberto acidentalmente em 1928, pelo escocês, médico e professor, Alexander Fleming. Este estudioso percebeu que ao estudar culturas de bactérias do gênero Staphylococcus (estafilococos) notou o crescimento de outro microrganismo mencionado como bolor, cuja propriedade inviabilizava o desenvolvimento da bactéria. O microrganismo responsável pelo fenômeno foi Penicillium chrysogenum (antes como P. rubrum e P. notatum)¸ um fungo anamórfico (antigo deuteromiceto). Os fungos anamórfico são estruturas de reprodução assexuada (ou anamorfa) que fazem parte do ciclo de vida de fungos ascomicetos, ou basidiomicetos que possuem a fase sexuada (ou teleomorfa). As hifas destes fungos formam diversos tipos de conidiomas, que são constituídos por conidióforos, células conidiogênicas e conídios (figura 1).

Figura 1. Ilustração 3D do conidioma de Penicillium chrysogenum, fungo anamórfico (antigo Deuteromycetes). Ilustração: Kateryna Kon / Shutterstock.com

A descoberta da penicilina foi um marco histórico, pois incentivou investimentos para estudos científicos de outros antibióticos; impactou alterações no tratamento de doenças e evitou inúmeras mortes. Pode-se dizer que foi o primeiro antibiótico descoberto com aplicações interessantes contra a sífilis. Contudo, em um período pós Primeira Guerra Mundial, Fleming relata que ao estudar efeitos dos leucócitos (células de defesa) em exsudatos de feridas, percebeu o efeito da lisozima, originada de um fermento antibacteriano e produzida naturalmente nos tecidos e secreções humanas. Assim, em 1922, fase anterior à descoberta da penicilina, o cientista descreve os efeitos da lisozima sobre algumas bactérias.

Alexander Fleming publica a descoberta da penicilina em 1929 e também relata os efeitos deste antibiótico em estreptococos, pneumococos, gonococos, meningococos e bacilos da difteria e da gangrena gasosa. Fleming seguiu publicando os efeitos da penicilina até o final da década de 30 e somente uma década após sua descoberta, durante o período da Segunda Guerra Mundial, cientistas da Universidade de Oxford, Florey e Chain iniciam investigações mais profundas sobre o antibiótico, partindo de experimentações feitas por Fleming, purificando o antibiótico e fazendo testes em animais. Em 1940, publicam em colaboração com outros cientistas as variedades da penicilina. E em 1941, após o teste em seres humanos publicaram os resultados benéficos, mas apontaram o problema da dificuldade de produção em larga escala. Então, estes cientistas aliaram-se a outros e viajaram aos Estados Unidos, onde após mais estudos e experimentações conseguem aumentar a produção do antibiótico. Após o fim da Segunda Guerra, Fleming foi bastante homenageado, ganhou o título de Sir pelo rei Jorge; a medalha John Scott pelos Estados Unidos, entre outros prêmios. Contudo, foi em 1945 que Alexander Fleming, Howard Florey e Boris Chain receberam o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pela descoberta da penicilina.

Figura 2. A cultura bacteriana de Alenxander Fleming.

Estruturalmente, a penicilina (figura 3) possui um anel tiazolúrico (A) ligado a um anel β-lactâmico (B), ao qual se fixa uma cadeia lateral (R). Toda atividade antibacteriana encontra-se no núcleo desta estrutura molecular. Então, qualquer alteração química ou metabólica inativa esta atividade.

Figura 3. Estrutura molecular da penicilina.

A alteração da cadeia lateral (R) determina o tipo particular de penicilina e um dos tipos mais conhecidos, com maior atividade antimicrobiana é a penicilina G, cujo R é substituído por um benzil (benzilpenicilina).

O uso indiscriminado de antibióticos, como a automedicação e o uso de doses incompletas causam resistência bacteriana aos medicamentos. Esta resistência acontece através da adaptação que os microrganismos desenvolvem contra a ação dos antibióticos; exigindo que se façam medicamentos mais potentes. Para tanto, em 2010, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu que a venda de antibióticos só é feita apenas com receita médica em duas vias.

Bibliografia recomendada:

Pereira, A.L. & Pita, J.R. 2005. Alexander Fleming (1881-1955) Da descoberta da penicilina (1928) ao Prémio Nobel (1945). Revista da Faculdade de Letras, Historia, Porto, III Série, 6: 129-151

Calixto, C.M.F. & Cavalheiro, E.T.G. 2012. Penicilina: Efeito do Acaso e Momento Histórico. 34(3): 118-123

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316

Bononi, V.L. (org.). 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 181p.

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Trufas

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Trufa é um termo popular para indicar um tipo de fungo comestível do grupo dos ascomicetos (ou filo Ascomycota). As trufas pertencem ao gênero Tuber (família Tuberaceae) e aparecem associados a raízes de plantas como ectomicorrizas, ficando alguns centímetros abaixo da superfície do solo. As ectomicorrizas são um tipo de micorriza, ou seja, associações entre o micélio dos fungos e raízes das plantas, pois os fungos não penetram as células das raízes das plantas, como as endomicorrizas. Este tipo de associação é típica para os grupos de basidiomicetos e ascomicetos. Para as plantas, os registros destas associações acontecem com representantes da família Fagaceae, como o carvalho; família Salicaceae, que inclui salgueiros, álamos e choupos; às bétulas, que pertencem à família Betulaceae e a família dos pinheiros, Pinaceae. Muitas destas plantas estão em regiões temperadas e são beneficiadas, uma vez que ficam mais resistentes às condições severas de frio e seca. E os fungos armazenam nutrientes minerais aproveitados pelas plantas em períodos hostis. Além disso, os fungos facilitam a absorção de nutrientes dos solos e permitem o crescimento das raízes através da produção de hormônios do crescimento. Enquanto que as plantas fornecem ao menos 10% do que produzem aos fungos.

O filo Ascomycota está representado por três grandes grupos, ou subfilos: Taphrinomycotina e Saccharomycotina, representados por leveduras; enquanto que Pezizomycotina inclui todas as espécies filamentosas que produzem ascoma, onde estão inseridas as trufas.

Figura 1. Ascos com ascósporos. Ilustração: sciencepics / Shutterstock.com

Os fungos são constituídos por células típicas, as hifas e o conjunto delas forma o micélio que ao se diferenciar forma estruturas de reprodução, os ascomas (antigamente referidos como corpos de frutificação). Estes ascomas são responsáveis pela formação dos ascos (figura 1), que por sua vez encarregam-se da produção dos ascósporos (os esporos) (figura 1). Para as trufas estes ascomas são estruturas fechadas e esféricas referidas como cleistotécios (figura 2 e 3). Os esporos são liberados apenas quando estas estruturas envelhecem e se rompem, ou com o auxílio de animais quando se alimentam delas.

Figura 2. Trufas negras (note o ascoma tipo cleistotécio do fungo). Foto: Dream79 / Shutterstock.com

As trufas ficaram conhecidas por ser uma iguaria muito consumida em países europeus. Foi considerada um dos pratos mais caros do mundo. Pessoas que coletam este fungo sejam para consumo ou para venda são chamadas de trufeiros, ou mestre tartufaio. As coletas são feitas com a ajuda de cães farejadores e também por porcas treinadas e neste caso, as trufas emitem uma substância química parecida com o feromônio da saliva do macho. A dificuldade em achar esta especiaria e o fato de não ser abundante implica o alto custo, sendo um dos pratos mais caros do mundo, com valores podendo atingir cinco mil reais.

Figura 3. Trufas brancas. (note o ascoma tipo cleistotécio do fungo). Foto: luri / Shutterstock.com

Os tipos de trufas mais consumidas são conhecidas como trufa negra e trufa branca. A trufa negra (figura 2) é coletada entre maio e dezembro; o sabor é semelhante ao funghi e quando coletados em associação com aveleiras o sabor tem notas de avelã; para intensificar o sabor dos pratos, a recomendação para o preparo é que sejam consumidos quentes. A trufa branca (figura 3) é mais rara e por isso mais cara; a coleta é feita em menor tempo e há variedades particulares. Para melhor apreciação das trufas brancas, recomenda-se que sejam consumidas cruas.

Bibliografia recomendada:

https://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/conheca-as-diferencas-entre-as-trufas-negra-e-branca/ (consultado em julho de 2018)

http://tolweb.org/Ascomycota/20521 (consultado em julho de 2018)

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316

Terçaroli, G.R., Paleari, L.M. & Bagagli, E.2010. O incrível mundo dos fungos. São Paulo, Ed. Unesp, 125p.

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Esporângio

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Esporângio, termo de origem grega, onde spora significa semente e angeion, urna. Portanto, estruturas unicelulares ou pluricelulares cuja função é a produção de esporos. Os esporângios estão presentes em organismos que apresentam ciclo de vida com alternância de gerações, ou em organismos que apresentem tais estruturas, cuja função exclusiva caracteriza a produção de esporos. Tais estruturas estão presentes em algumas espécies de algas, outros protistas heterótrofos, fungos e algumas plantas terrestres.

Fungos

Quitridiomicetos são fungos aquáticos (ou fungos zoospóricos) com 494 espécies descritas. Estes fungos não apresentam septos nas hifas (células típicas dos fungos) e são os únicos organismos com células flageladas que pertencem ao reino dos fungos. Apresentam ciclos reprodutivos variáveis, dentre eles ciclos com alternância de gerações que podem ser isomórfica ou heteromórfica. O gênero Allomyces foi bem documentado e assim como as plantas possui esporófito (2n) e gametófito (n). O esporófito é responsável pela produção de zoósporos (células flageladas) no interior de esporângios. Estes zoósporos podem ser produzidos durante a reprodução sexuada onde ocorre meiose e os esporos retornam a condição haploide. Porém, os esporos podem permanecer diploides se a diferenciação ocorrer por mitose durante a reprodução assexuada.

Mucoromycotina e afins (antigos zigomicetos), conhecidos também como fungos do açúcar não possuem septos no micélio (conjunto de hifas). O único local onde o septo aparece é na delimitação entre esporangiósporo e esporângio, estruturas responsáveis pela produção de esporos após a divisão meiótica durante o ciclo de vida.

Esporângios de Rhizopus sp. fungo responsável pelo mofo e bolor em alimentos. Foto: Rattiya Thongdumhyu / Shutterstock.com

Mixomicetos e Oomicetos

Oomicetos e organismos plasmodiais (mixomicetos) antigamente eram considerados fungos, mas foram segregados do reino Fungi após o conhecimento obtido a partir de dados moleculares. Por convenção, estes seres vivos são tratados como protistas. Os oomicetos são organismos aquáticos e heterótrofos; espécies com reprodução assexuada possuem gametas biflagelados (2n) conhecidos como zoósporos que são produzidos por zoosporângios (2n), um tipo de esporângio. Mixomicetos não têm parede celular e dependendo da condição ambiental se apresentam como uma massa plasmodial (plasmódio), cuja movimentação é ameboide. Durante a reprodução sexuada o plasmódio (2n) pode se diferenciar em esporângio (2n), estrutura que originará esporos (n) durante a divisão meiótica. Os esporos germinam e liberam gametas que continuam o ciclo de vida até formar um novo plasmódio.

Macroalgas

Algumas espécies de algas com talos multicelulares apresentam esporângios (2n), que originarão esporos (n) após a meiose durante a reprodução sexuada com alternância de gerações. Em ciclos de vida como de Laminaria sp. (alga parda) e Ulva sp. (alga verde) há produção de esporângios, ao passo que Polysiphonia sp. (alga vermelha), os esporos podem ser produzidos em várias fases e as estruturas responsáveis por esta produção são conhecidas como carposporângio e tetrasporângio.

Plantas terrestres

Antóceros, hepáticas e musgos possuem esporângios multicelulares capazes de produzir inúmeros esporos, sendo esta uma das adaptações que garantiram o sucesso da transição de organismos do ambiente aquático para o terrestre.

A alternância de gerações heteromórficas em plantas terrestres caracteriza-se pela presença do esporófito diploide (2n) notavelmente distinto do gametófito haploide (n). Diferente de antóceros, hepáticas e musgos, as traqueófitas (plantas terrestres vasculares) possuem maior quantidade de esporófitos, que por sua vez produzem inúmeros esporângios (poliesporangiófitas) para assim, originarem maior quantidade de esporos e garantirem a dispersão destes no ambiente.

Leia também:

Bibliografia recomendada:

http://tolweb.org/tree/ (consultado em agosto de 2018)

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316

Bononi, V.L. (org.). 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 181p.

Ferri, M.G. 2012. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15ª edição, São Paulo: Nobel. 149pp.

Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1967. Dicionário Micológico. Rickia – Série Criptogâmica dos “Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo”. Instituto de Botânica, São Paulo. 232pp.

Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.

Kirk, P.M., Cannon, P.F., Minter, D.W. & Stalpers, J.A. 2008. Dictionary of the Fungi. 10th ed. CAB International, Wallingford.

Stearn, W.T. 1992. Botanical Latin. History, Grammar, Syntax, Terminology abd Vocabulary. 4ª edição, Timber Press. Portland, Oregon. 546pp.

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