Pigmentos fotossintetizantes

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Fotossíntese é um fenômeno natural e típico de seres autótrofos, cuja realização acontece através da conversão de energia luminosa em energia química, com o objetivo de sintetizar carboidratos, principal fonte de nutrientes dos seres autótrofos. A absorção de energia luminosa pelos organismos autótrofos acontece através de pigmentos específicos que se encontram armazenados em organelas conhecidas como cloroplastos (ou plastídeos). Portanto, os pigmentos de seres autótrofos têm como principal funcionalidade a absorção de luz. Quando os pigmentos absorvem todos os comprimentos de ondas de luz, o resultado é a cor negra. Porém, a maioria dos pigmentos absorvem determinados comprimentos de ondas e refletem aqueles que não são absorvidos. A clorofila, principal pigmento da fotossíntese, absorve luz nos comprimentos de ondas violeta, azul e vermelho, refletindo a cor verde. Existem tipos variados de clorofilas que diferem com relação à estrutura molecular e propriedades específicas de absorção. A clorofila a foi registrada presente em todos os organismos eucariontes fotossintetizantes e em cianobactérias (antigamente referidas como algas azuis). Desta forma, a clorofila a foi considerada o principal pigmento e todos os outros são conhecidos como pigmentos acessórios, como as clorofilas b, c, d, etc. Assim, a clorofila a é responsável pela produção do oxigênio durante a reação da fotossíntese. A clorofila b não está associada diretamente com a produção de energia, mas serve para ampliar a faixa de luz utilizada durante a fotossíntese. Desta forma, a clorofila b absorve energia luminosa e a transfere para a clorofila a. Plantas, algas verdes e euglenas são organismos que além da clorofila a, possuem a clorofila b. A clorofila c substitui a b, e está presente em algas pardasdiatomáceas.

Carotenoides e ficobilinas são outros tipos de pigmentos acessórios que não substituem a clorofila a, mas são responsáveis pela captura de energia luminosa e sua transferência para a clorofila a. As ficobilinas são pigmentos solúveis em água (hidrossolúveis), encontradas em algas vermelhas e em cianobactérias; enquanto que os carotenoides são solúveis em lipídios (lipossolúveis) e estão presentes em plantas, algas e cianobactérias. Carotenoides expressam a cor amarela, laranja e vermelha dos organismos e em plantas de regiões temperadas. Esta cor se torna evidente quando a clorofila é degradada, possibilitando a manifestação das cores dos carotenoides. A principal função atribuída aos carotenoides é como antioxidante, onde previne o estresse oxidativo causado pelo excesso de luz absorvido pela clorofila. Existem grupos de carotenoides, como carotenos, xantofilas e betacarotenos, este último precursor da vitamina A, fonte importante para animais incluindo seres humanos.

Como mencionado anteriormente, os pigmentos se encontram em cloroplastos, organelas citoplasmáticas complexas constituídas por membranas interconectadas conhecidas como tilacoides, onde o conjunto de tilacoides é referido como grana. Carotenoides e clorofilas estão presentes nas membranas de tilacoides de quase todos os organismos fotossintetizantes. Além das ficobilinas presentes em membranas de cianobactérias, que apresentam cloroplastos semelhantes àqueles encontrados em plantas e algas. As ficobilinas também estão presentes em maior quantidade em algas vermelhas e, portanto, mascarando a cor verde da clorofila a.

Organismos procariotos também são fotossintetizantes, como as protoclorófitas, bactérias que possuem clorofila a, b e carotenoides, mas sem as ficobilinas. Bactérias purpúreas têm um tipo diferente de pigmento, a bacterioclorofila, que difere dos pigmentos mencionados até o momento. Além disso, a fotossíntese em bactérias purpúreas possui diferenças como a não produção de oxigênio, um único fotossistema e são anaeróbicas.

Bibliografia recomendada:

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p.

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Esporófilo

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Esporofilo (adjetivo grego, phyllon = folha; substantivo masculino sporós = semente) significa folha modificada em estrutura fértil responsável pela produção de esporângios. Os esporângios por sua vez são responsáveis pela produção de esporos. Para algumas espécies de samambaias e licófitas (antigamente referidas como pteridófitas) os esporofilos se apresentam como folhas modificadas em estruturas de reprodução e, então, conhecidas como folhas férteis. Em algumas angiospermas (plantas com flores) o esporofilo se refere aos estames e carpelos, estruturas que fazem parte da flor.

A folha é uma estrutura de plantas terrestres cuja principal função é a realização da fotossíntese, pois possui clorofila, um tipo de pigmento fotossintético responsável pela cor verde das folhas. A clorofila está presente em cloroplastos (ou plastídeos), organelas celulares presentes em plantas terrestres e outros organismos fotossintéticos. Contudo, o modo de vida variável de algumas plantas exigiu modificações nas estruturas, uma delas foi à heterofilia, ou seja, plantas que possuem dois tipos de folhas.

A heterofilia em licófitas e samambaias variam conforme a espécie. O gênero Isoetes (licófita), por exemplo, apresenta folhas modificadas em esporofilos, cuja nomenclatura é referida como megasporofilos para folhas que produzem megasporângios e microsporofilos, para folhas que produzem microsporângios. Tanto o mega como os microsporângios são responsáveis pela produção de esporos. A samambaia trepadeira, Lygodium microphyllum possui folhas vegetativas, ou seja, aquelas que não apresentam estruturas de reprodução (esporângios e esporos), pois estas estruturas estão presentes em esporofilos (folhas férteis). E cada folha fértil consegue produzir cerca de 20 mil esporos, garantindo a reprodução e perpetuação da espécie nos ambientes.

Em angiospermas, a flor é uma estrutura que tem tempo determinado para sobreviver, faz parte de um sistema caulinar. Este sistema é constituído por caules e folhas, estruturas vegetativas. A flor, ou inflorescência (flores agrupadas) são partes reprodutivas das plantas que surgem após mudanças estruturais e fisiológicas do ápice caulinar. A flor possui sépalas e pétalas, estruturas vegetativas, enquanto que os estames e carpelos são as estruturas reprodutivas. Os estames (do latim, stamen = filamento) são responsáveis pela produção de grãos de pólen e o conjunto deles é conhecido como androceu (do grego, andros = masculino e oikos = casa). O androceu é considerado o microsporófilo da planta, cuja referência se faz como a parte masculina da planta (“casa do homem”). Os carpelos (do grego, karpos = frutos) produzem óvulos. O conjunto de carpelos é designado como gineceu (do grego, gyne = feminino e oikos = casa), referido também como megasporófilo, estrutura considerada a parte feminina da flor (“casa da mulher”).

O exposto apresenta a definição de esporofilo e algumas variações com relação à nomenclatura, uma vez que há mudanças conforme o organismo estudado. Para um melhor conhecimento e entendimento fazem-se necessárias pesquisas e leituras sobre os organismos.

Bibliografia recomendada:

http://tolweb.org/tree/ (consultado em agosto de 2018)

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p.

Ferri, M.G. 1981. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15ª edição. Nobel.São Paulo/ SP. 149p.

Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1967. Dicionário Micológico. Rickia – Série Criptogâmica dos “Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo”. Instituto de Botânica, São Paulo. 232pp.

Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.

Kirk, P.M., Cannon, P.F., Minter, D.W. & Stalpers, J.A. 2008. Dictionary of the Fungi. 10th ed. CAB International, Wallingford.

Stearn, W.T. 1992. Botanical Latin. History, Grammar, Syntax, Terminology abd Vocabulary. 4ª edição, Timber Press. Portland, Oregon. 546pp.

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Gametófito

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Gametófito, termo de origem grega que significa estrutura haploide (n) responsável pela produção de gametas; presente em organismos cujo ciclo de vida apresenta alternância de gerações. Este tipo de ciclo caracteriza-se por apresentar duas fases, uma haploide (n) e outra diploide (2n). A alternância de gerações está bem documentada em embriófitas (plantas terrestres) e para algumas macroalgas (algas vermelhas, verdes e pardas).

A função primordial do gametófito é produzir gametas, células reprodutivas haploides (n) que receberam informações genéticas dos parentais durante a meiose (divisão celular). Algas verdes e embriófitas se reúnem no grupo das viridófitas (plantas verdes). Estes organismos podem apresentar ciclo de vida isomórfico, quando o esporófito e o gametófito são iguais morfologicamente; ou ciclo de vida heteromórfico, quando estas fases são distintas.

Ao longo da história evolutiva das viridófitas, uma das características para a conquista do ambiente terrestre está relacionada com a transição do ambiente aquático para o terrestre. Tal transição envolve o ciclo de vida destes organismos, a começar por antóceros, hepáticas e musgos (antigamente referidos por briófitas), cujo habitat é predominantemente úmido. Estes organismos apresentam gametas flagelados conhecidos como anterozóides, células haploides (n) que nadam ao encontro da oosfera, gameta imóvel no interior do arquegônio, estrutura produzida pelo mesmo gametófito, ou por gametófitos diferentes. Anterozóides estão presentes em samambaias e licófitas e em algumas gimnospermas.

Os ciclos reprodutivos são muito variáveis para os grupos, começando pelas algas que apresentam enorme diversidade. Em algumas algas (como Ulva sp.) há fusão de gametas pelos flagelos. Estes gametas são produzidos por gametângios, que por sua vez foram produzidos por gametófitos em um tipo de fecundação anisogâmica caracterizada pela diferença de tamanhos entre gametófitos e esporófitos. Após a fusão dos gametas flagelados (fecundação), ocorre a formação do zigoto (2n), que se diferencia em esporófito (2n), estes com esporângios (2n) responsáveis pela produção de esporos (n) com muitos flagelos durante a divisão meiótica. Em seguida, os esporos germinam originando novo gametófito (n).

Contudo, outro tipo de reprodução bem documentado em macroalgas e muito semelhante a algumas plantas vasculares descreve um ciclo de vida isomórfico com fecundação do tipo oogâmica, onde um gameta é flagelado (anterozoide) e nada ao encontro de outro imóvel (oosfera) que permanece no interior do gametófito. Após a fecundação, o zigoto restabelece a condição diploide (2n) e germina em um novo esporófito (2n). Este esporófito possuem esporângios que produzem esporos flagelados (zoósporos) durante a divisão meiótica. Após a liberação dos zoósporos ocorre a germinação e diferenciação dos gametófitos, um responsável pela produção de oosferas e outro de anterozoides. Em algas vermelhas, o ciclo reprodutivo possui maior complexidade, pois ao longo da história evolutiva ocorreram mais fases. Acredita-se que a ausência de gametas flagelados foi responsável por este fenômeno.

A independência da água para as embriófitas aconteceu ao longo de um contexto evolutivo e os organismos selecionados apresentaram adaptações às novas condições, com o surgimento de tecidos vasculares a partir de samambaias e licófitas (antigamente referidas como pteridófitas). Contudo, antóceros, hepáticas e musgos não possuem tais tecidos, embora apresentem adaptações para sobreviverem fora da água. Estas plantas possuem a fase gametofítica dominante sobre a esporofítica, pois até a maturidade do esporófito, este é nutrido pelo gametófito. Quando adulto libera os esporos e senesce, caracterizando assim um ciclo de vida curto.

Para tanto, ao analisar a transição da fase gametofítica dominante sobre a esporofítica, nota-se enorme redução do gametófito em plantas com flores (angiospermas), onde os gametófitos separam-se em grão de pólen (microgametófito) e saco embrionário (megagametófito). O esporófito, agora dominante e independente do gametófito é a parte observável das plantas, como as árvores, arbustos e samambaias.

Bibliografia recomendada:

http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/ (consultado em agosto de 2018)

http://tolweb.org/tree/ (consultado em agosto de 2018)

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316

Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1967. Dicionário Micológico. Rickia – Série Criptogâmica dos “Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo”. Instituto de Botânica, São Paulo. 232pp.

Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.

Ferri, M.G. 2012. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15ª edição, São Paulo: Nobel. 149pp.

Stearn, W.T. 1992. Botanical Latin. History, Grammar, Syntax, Terminology abd Vocabulary. 4ª edição, Timber Press. Portland, Oregon. 546pp.

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Esporófito

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Esporófito é um termo de origem grega que significa estrutura diploide (2n) responsável pela produção de esporos; presente em organismos cujo ciclo de vida possui alternância de gerações. Este tipo de ciclo caracteriza-se por apresentar duas fases, uma haploide (n) e outra diploide (2n). Acredita-se que a alternância de gerações surgiu quando o zigoto (2n) se dividiu por mitose e não por meiose, resultando em um indivíduo diploide. A alternância de gerações está bem documentada em embriófitas (plantas terrestres) e para algumas macroalgas (algas vermelhas, verdes e pardas). Para estes organismos a fase haploide (n) está representada pelo gametófito, cuja função é a produção de gametas; enquanto que a fase diploide (2n) está representada pelo esporófito, responsável pela produção de esporos. Quando as fases apresentam diferenças morfológicas, o que acontece na embriófitas, diz-se que o ciclo de vida é heteromórfico. Enquanto que para maioria das algas, não há diferenças e o ciclo de vida é conhecido como isomórfico.

A função primordial do esporófito é produzir esporos, estes constituídos por células únicas capazes de se dividirem por mitose e originar organismos. Os esporos são considerados células reprodutivas, que não necessitam da fusão de outra célula para originar outro organismo, como ocorre com gametas. Os esporos são encontrados em algas; outros protistas; fungos; antóceros, hepáticas e musgos (antigamente referidos como briófitas), e samambaias e licófitas (antigamente referidas como pteridófitas).

Ao analisar a história evolutiva dos grupos de plantas verdes (incluindo as algas verdes), uma das características para a conquista do ambiente terrestre está relacionada com a transição do ambiente aquático para o terrestre. Esta transição também envolve o ciclo de vida dos organismos, a começar pelos antóceros, hepáticas e musgos que habitam principalmente ambientes úmidos, pois ainda necessitam da água para a reprodução. Como parte deste ciclo, o gametófito masculino libera anterozoides (n), únicas células flageladas que nadam até atingirem a oosfera, produzida pelo gametófito feminino (n). Após a fecundação ocorre a formação do zigoto (2n), que se desenvolve em um embrião, permanecendo no interior do gametófito e recebendo nutrientes até se diferenciar em um esporófito jovem. Portanto, o esporófito (2n) é totalmente dependente do gametófito (n), com fase duradora e predominante sobre o esporófito. Ao comparar antóceros, hepáticas e musgos com as outras plantas terrestres, muitas são as diferenças, a começar pela morfologia, pois não possuem tecidos vasculares e por isso são mencionados como plantas avasculares. Desta forma, apresentam-se como plantas rasteiras com a maioria atingindo 10 cm de altura, mas há registros de plantas com até 30 cm e raramente 50 cm. Contudo, as primeiras plantas a apresentarem tecidos vasculares foram às samambaias e licófitas. O surgimento destes tecidos favoreceu a independência do esporófito, que passou a predominar no ciclo de vida. Acredita-se que os primeiros esporófitos a dominarem o ambiente são de plantas fósseis e que tais esporófitos produziam apenas um tipo de esporo e foram mencionadas como plantas homosporadas. Muitas samambaias e licófitas são homosporadas. Contudo, ao longo da evolução surgiu outra condição, a heterosporia, que caracteriza plantas com esporófitos que produzem dois tipos de esporos. Esta nova condição apoia a ideia do surgimento das plantas com sementes.

Para tanto, ao analisar a transição da fase gametofítica dominante sobre a esporofítica, nota-se enorme redução do gametófito em plantas com flores (angiospermas), onde os gametófitos separam-se em grão de pólen (microgametófito) e saco embrionário (megagametófito). O esporófito, agora dominante e independente do gametófito é a parte observável das plantas, como as árvores, arbustos e samambaias.

Bibliografia recomendada:

http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/ (consultado em agosto de 2018)

http://tolweb.org/tree/ (consultado em agosto de 2018)

Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316

Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.

Ferri, M.G. 2012. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15ª edição, São Paulo: Nobel. 149pp.

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How to: Amarelo Solar

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No post anterior (aqui!), falei sobre o poder do amarelo atualmente na moda! Incrivelmente, ele vem nos surpreendendo e ganhando o guarda-roupa das fashionistas. Além das versões monocromáticas, há formas de acrescentar pitadas da cor em looks modernos e sofisticados. Durante os dias em London, escolhi a cor em diversos momentos para contrastar com os tons neutros, assim como Paulinha Sampaio e Maria Frering também entraram no clima solar.

Em um combo composto por shapes amplos e longos, apostei na camisa amarela por baixo do maxi tricô e com calça pantalona de alfaiataria. A produção traz uma elegância nada óbvia. Veja como naturalmente a yellow shirt se destaca e fortalece o visual. Já a Paulinha Sampaio investiu na turtle neck amarelinha para quebrar a monocromia do suéter em uma peça tão curinga.

A Maria criou uma proposta que brinca com os estilos rocker, por conta da jaqueta envernizada, e esportivo com a calça com listra na lateral  – amarela! O body, também na cor, deixa a estética mais divertida e menos pesada. Em solo novaiorquino, criei um visual composto por maxi camisa em tecido tecnológico branca + calça de couro amarelo solar + bota branca.

Pronta para desafiar o amarelo e usar o ano todo?



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Trend: Amarelo Solar

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Já comentei algumas vezes sobre a invasão solar do amarelo. Não muito tempo atrás, era nada convencional sair por aí com visuais all yellow. Mesmo que as passarelas apontassem formas criativas de usar a tendência, foi necessária a presença das fashionistas nas calçadas das semanas de moda para aproximar a estética à realidade. O resultado? Uma série de propostas desejáveis, com ricas texturas e transformando produções tipicamente neutras (como a alfaiataria) em algo fun e moderno.

Com um mix de tonalidades inteligente, algumas marcas apostaram na ousadia de combinar acessórios, detalhes, sobreposições e decotes que garantem um ar elegante e nada boring.  O destaque vai para ideias como da Max Mara, Emilio Pucci, Tibi e Marc Jacobs. Repare também em como as peças invernais ganham uma energia poderosa no Fall 2018 da Rochas, com direito a botas python com fundo amarelo.

Alguma dúvida sobre o poder do amarelo? Ele dá vida e luz aos visuais e é sempre válido explorar as diversas maneiras de entrar na tendência. Uma injeção de alegria sempre faz bem!



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Ouvido

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A orelha, anteriormente chamada de ouvido, é uma estrutura vestíbulo-coclear, que está localizada no osso temporal na caixa craniana. Apresenta duas funções: responsável pela audição – possui o receptor de ondas sonoras – e está relacionada com o sentido do equilíbrio.

Orelha externa

Destinada à captação do som, está projetada na região lateral da cabeça e é formada pelo pavilhão da orelha e o meato acústico externo.

Orelha externa. Foto: Voyagerix / Shutterstock.com

O pavilhão da orelha é uma placa irregular que consiste de uma cartilagem elástica recoberta por pele, com uma forma de elevações e depressões. É fixada na cabeça por dois tipos de ligamentos e dois tipos de músculos: (1) ligamentos intrínsecos, constituídos por uma cinta fibrosa e (2) ligamentos extrínsecos, constituídos por um tecido conjuntivo. Os (1) músculos intrínsecos são diversos e pouco desenvolvidos no corpo humano e os (2) músculos extrínsecos estão presentes na parte anterior, posterior e superior da orelha.

O conjunto do pavilhão é formado pela hélice, corresponde a face lateral e anterior da orelha com depressões e que se estende até uma parte denominada de lóbulo, uma saliência formada por tecido adiposo e fibroso (desprovido de cartilagem). O anti-hélice é a curva paralela à hélice, e entre os dois existe uma depressão chamada de escafa ou fossa escafoide.

O pavilhão em sua parte do meio, apresenta uma escavação intensa denominada de concha, que se projeta em uma porção chamada de trago. Separado pela incisura intertrágica, o trago apresenta um pequeno turbéculo, o anti-trago.

A região do pavilhão da orelha possui glândulas sebáceas, com maior concentração na região da concha.

O meato acústico externo é um canal em forma de “S” que se estende da concha até a membrana do tímpano, com aproximadamente 2,5cm de comprimento, constituída por uma parte de cartilagem e outra, maior, de óssea. São encontradas as glândulas sebáceas, glândulas ceruminosas e pelos. O cerume é uma secreção formada pela matéria produzida pelas duas glândulas e, em conjunto com o pelos, protegem a orelha da entrada de corpos estranhos e atua como um bactericida.

Orelha média

Anatomia da orelha (anteriormente chamado de Ouvido). Ilustração: SVETLANA VERBINSKAYA / Shutterstock.com

A orelha média é uma cavidade que conecta a orelha externa com a orelha interna, é composta pela cavidade timpânica, o antro mastoideo, tuba auditiva e os ossículos da orelha. O seu conjunto forma câmara pneumática limitada pela membrana timpânica e por uma porção óssea.

A cavidade timpânica é uma pequena cavidade cheia de ar com três partes: mesotímpano (área frontal à membrana do tímpano), hipotímpano (parte inferior da membrana timpânica) e epitímpano (porção superior à membrana timpânica). Está no limite entre o meato acústico externo e a orelha média.

O antro mastoideo é uma cavidade cheia de ar e composto por células mastoideas.

A tuba auditiva é um canal, com 35 a 38mm de comprimento e com uma constituição óssea e de fibrocartilagem, que conecta a cavidade timpânica com a rinofaringe, e confere equilíbrio da pressão do ar nas faces da membrana timpânica e ventilação do espaço pneumático.

Os ossículos da orelha conduzem as ondas sonoras provenientes da orelha externa para a orelha interna, são formados por três estruturas:

  • Martelo, maior ossículo e mede de 8 a 9mm de comprimento. Dividido em cabeça, colo, manúbrio e processo (anterior e lateral).
  • Bigorna, mais longo. Formado por corpo e dois ramos.
  • Estribo, menor ossículo e mede 3,26mm de altura. Dividido em cabeça e dois ramos.

Orelha interna

A orelha interna é composta pelas estruturas do labirinto ósseo, labirinto membranoso e o meato acústico interno, com a função de transmitir os estímulos das ondas sonoras até o cérebro.

O labirinto ósseo mede 20mm de comprimento e é composto por: o vestíbulo, os canais semicirculares e a cóclea. O labirinto membranoso é um sistema de ductos e vesículas, preenchido pela endolinfa, apresenta as estruturas: ducto coclear, utrículo, sáculo, três ductos semicirculares e ducto endolinfático. O meato acústico interno é um canal ósseo que abriga os nervos facial e vestibulococlear, artérias e veias.

Leia também:

Referências:

MOUSSALE, S. Guia prático de otorrinolaringologia: anatomia, fisiologia e semiologia. EDIPUCRS, 1997.

TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6. Ed. Porto alegre: Artmed, 2006.

ZORZETTO, N. L. Anatomia da orelha. Costa SSD, et al. Otorrinolaringologia-Princípios e Prática. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, p. 26, 2006.

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Cóclea

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Órgão presente na orelha interna, a cóclea é responsável pela transformação dos sinais acústicos em sinais neurais. É um canal espiral ósseo que está dividido que possui uma forma que lembra a concha de um caracol, localizado no interior do osso temporal (estrutura óssea densa, altamente mineralizada e de acesso difícil).

Localização da cóclea dentro do ouvido interno. Ilustração: Alexilus / Shutterstock.com [adaptado]

É constituída por um labirinto ósseo, que possui em seu interior uma estrutura celular chamada de labirinto membranoso: a cápsula ótica, o limite ósseo externo da cóclea e o modíolo (tubo ósseo do eixo central da cóclea). Em forma de espiral, o labirinto ósseo possui três micro compartimentos (escalas) que são preenchidos por um líquido e separados por uma membrana (partição coclear):
  1. A escala vestibular, o compartimento apical está separado da escala média pela membrana de Reissner.
  2. A escala média, separada da escala timpânica pela membrana espiral basilar e pela lâmina espiral óssea, encontram-se as células do órgão de Corti: o órgão da audição, distingue os sons agudos e graves.
  3. A escala timpânica encontra-se na janela redonda, base da cóclea. É recoberta por uma fina membrana sobre a cápsula ótica.

As escalas, timpânica e vestibular estão conectadas por uma pequena abertura no ápice da cóclea denominada de helicotrema, formando um sistema hidrodinâmico. Esse espaço, chamado de perilinfático, é preenchido pela perilinfa, um líquido rico em sódio, já o espaço chamado endolinfático é da escala média e é constituído por um líquido rico em potássio (endolinfa). Os movimentos vindos da perilinfa percorrem as escalas timpânica e vestibular em direção à escala média, através da membrana basilar e endolinfa. Existe uma variação da pressão na membrana basilar, onde é direcionada num movimento para baixo e para cima, o que gera frequências de vibração em tons mais graves ou mais agudos. São esses movimentos da membrana basiliar que provocam um estímulo no órgão de Corti – formado por aproximadamente 20.000 células ciliadas externas, célula ciliada interna e células de suporte, que estão sobre a membrana basilar – que determinará qual parte é ativada e que transformará os estímulos em impulsos elétricos que serão levados, através do nervo auditivo, para o encéfalo que fará a interpretação dos sons ouvidos.

A cóclea apresenta dois sistemas de inervação:

  • Sistema aferente (cinza) – é constituído por dois tipos de fibras que inervam as células ciliadas internas e externas: fibra aferente do tipo I e tipo II. Os dois tipos são conectados às células ganglionares, contudo a tipo I apresenta a bainha de mielina e a tipo II não é mielinizada.
  • Sistema aferente (preta) – inerva as células ciliadas internas (em sua maioria) e externas pelo túnel de Corti.

As células ciliadas internas apresentam a função sensorial, uma vez que a maior parte das fibras aferentes realizam as sinapses com ela. Já as células ciliadas externas, apesar de conduzir também os estímulos, fazem uma modificação das propriedades mecânicas da membrana basilar e do órgão Corti.

Referências:

RUI, L. R.; STEFFANI, M. H. Um recurso didático para ensino de física, biologia e música. Encontro Estadual de Ensino de Física (1.: 2005 nov. 24-26: Porto Alegre, RS). Atas. Porto Alegre: Instituto de Física-UFRGS, 2006.

SAMPAIO, A. L. L.; DE OLIVEIRA, C. A. C. P. Estrutura e ultra-estrutura da orelha interna dos mamíferos com ênfase na cóclea. Arq Int Otorrinolaringol, v. 10, n. 3, p. 228-240, 2006.

TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6. Ed. Porto alegre: Artmed, 2006.

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Perfuração do tímpano

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A membrana do tímpano recebe os estímulos sonoros do ambiente e transforma em vibrações, convertendo-os em sinais elétricos que serão transmitidos ao cérebro para serem interpretados. É uma estrutura de configuração delicada que pode sofrer uma ruptura em sua anatomia, que pode acarretar um certo grau de surdez no indivíduo.

Tímpano normal e perfurado. Ilustração: Designua / Shutterstock.com

A ruptura do tímpano pode ocasionar uma perfuração em sua membrana de forma temporária ou permanente. A perfuração ocorre devido a uma alteração da organização das fibras de colágenos que constituem a camada intermediária da membrana timpânica.

A causa do rompimento pode ter diversas origens:

  • Etiologia infecciosa – a ruptura pode ser causada por patologias como a otite média aguda ou crônica. A entrada de água contaminada na orelha média pode provocar doenças (bactérias como a Haemophilus influenzae e a Streptococcus pneumoniae são as maiores causadoras de infecções na orelha média). Uma disfunção da Trompa de Eustáquio pode lesionar a membrana também, como uma cicatrização atrófica.
  • Etiologia traumática – através de impactos diretos na orelha, como: quedas, aumento de pressão atmosférica, compressão em ambiente aquático (mergulho), entrada de água na orelha média, higienização da orelha (inserção de objetos, como o cotonete, na orelha de forma incorreta); acidentes (traumatismo craniano); explosões e ruídos muito elevados.
  • Iatrogênica – durante o procedimento médico de lavagem da orelha para a retirada de cerume. A perfuração pode acontecer caso o procedimento seja realizado de forma equivocada, uma vez que é lançado um jato de água para dentro da orelha. A miringotomia é outro procedimento que pode ocasionar uma ruptura na membrana timpânica, pois é realizada uma incisão na mesma para tratar certas patologias da orelha média.

Os sintomas acarretados pela perfuração do tímpano são a otalgia (dor de ouvido), a otorreia (saída de líquidos através do canal auditivo – como serosa, purulenta ou serossanguinolenta – causada por patologias), o zumbido, as vertigens alternobaricas (diferença na pressão entre as duas orelhas) e a perda parcial ou total da audição.

A evolução da perfuração ocorre da seguinte de duas formas: (1) quando a ruptura acontece em ambiente seco, há proliferação de camada epitelial nas margens e produção de tecido fibroso na camada média da membrana. É gerada uma crosta amarelada. (2) quando a ruptura se dá em ambiente úmido é de modo mais rápido, nas bordas da lesão são envolvidas por tecido epitelial e não há presença de crosta amarelada.

A prevenção pode ser feita através de algumas medidas: durante a higienização, não inserir cotonetes ou outros objetos na região mais profunda no canal auditivo; evitar o contato com pessoas que apresentam sinais de gripe; controle de rinites alérgicas.

Manutenção dos ouvidos secos (com a retirada de secreções e resíduos epiteliais da orelha), o uso de antibióticos ou processo cirúrgico como a timpanoplastia (em casos onde a lesão é maior, para reconstruir a membrana) podem ser necessários para o tratamento da condição.

Referências:

CORREIA, S. S. T. Lesões do Ouvido em Desportos Aquáticos. Trabalho de conclusão de curso (Mestrado) – Universidade de Medicina de Lisboa, Portugal, 2017.

DE OLIVEIRA, J. A. A. et al. Miringoplastia com a utilização de um novo material biossintético. Rev Bras Otorrinolaringol, v. 69, n. 5, p. 649-55, 2003.

FUKUCHI, I. et al. Tympanoplasty: surgical results and a comparison of the factors that may interfere in their success. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 72, n. 2, p. 267-271, 2006.

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Tímpano

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A membrana do tímpano, chamado habitualmente apenas de tímpano, é um tecido semitransparente, elástico, com forma cônica e elíptica, que mede de 0,1 mm de espessura, com 9 a 10 mm de diâmetro vertical, de 8 a 9 mm de diâmetro horizontal, e área de 75 mm2. Está situada entre a extremidade do meato acústico externo, por uma faixa de tecido conjuntivo (ligamento Gerlach), formando uma fronteira entre a orelha externa e a orelha média, esticada obliquamente ao longo do final do canal externo e com a sua face externa voltada inferior e anteriormente. Possui um ângulo de inclinação de 45 graus em adultos, de 30 a 35 graus em recém-nascidos. Concomitantemente com o sistema ossicular, apresenta a função de realizar a condução do som até a orelha interna. Além disso, tem por função proteger a orelha média contra infecções.

Anatomia da membrana do tímpano. Ilustração:Alila Medical Media / Shutterstock.com [adaptado]

O umbus é a culminância da concavidade do cone e corresponde a ponta do cabo do martelo. A sua extensão é a estria maleolar, que se estende pela espinha do tímpano em dois diferentes espaços:
  •  A região superior denominada de paridade flácida (membrana de Schrapnell); apresenta duas pregas membranosas, desprovida de tecido fibroso e moderadamente frouxa.
  •  A região inferior denominada de paridade tensa; composta de três camadas: uma camada fina de pele ao lado do meato acústico; uma camada de mucosa ao lado da cavidade timpânica; um tecido fibroso, inserida entra a pele e a mucosa. Na região periférica, o annulus timpânico ancora o tímpano no sulco timpânico.

A porção central da face interna da membrana timpânica da região acima e anterior é conectada com a inserção do manúbrio do martelo, o que forma uma proeminência malear com pregas maleares anterior e posterior. Recebe o nome de umbigo da membrana do tímpano.

Em sua porção periférica, há uma ligação da membrana do tímpano – que é estirada por dentro e com forma de um cone – com o martelo. A isso recebe o nome de anel fibrocartilagíneo, ligação do ânulo fibrocartilaginoso com o sulco timpânico do osso temporal.

O nervo corda do tímpano é um ramo do nervo facial composto por fibras aferentes viscerais especiais, que atravessa a membrana timpânica e o martelo. Tem origem no interior da mastoide no VII par craniano e segue para o interior do osso temporal.

A membrana do tímpano transforma os sons, provenientes do ouvido externo, em vibrações. A energia sonora proveniente do ambiente terá a vibração de acordo com a sua amplitude de som: agudo, a vibração é mais rápida; grave, o som provocará uma vibração mais lenta; amplitude alta (som forte), os movimentos da vibração são maiores; amplitude baixa (som fraco), as vibrações possuem movimentos menores.

A vibração acontece em um movimento contínuo, a membrana do tímpano é empurrada e puxada pelos sons. É encaminhada pelos ossículos para a janela oval com um movimento de pistão, onde estimula as células ciliadas do órgão de Corti que serão convertidos em sinais elétricos. A transmissão desses estímulos será feita, através da via auditiva, para o córtex cerebral. Assim, o cérebro irá interpretar os sons.

Leia também:

Referências

Anatomia da orelha.  Atlas de dissecções. Disponível em: <http://www.ib.unicamp.br/dep_bef/sites/www.ib.unicamp.br.site.dep_bef/files/atlasorelha/bineuorelha1.html#5+>. Acesso em: 15/06/2018.

Anatomia do osso temporal. Disponível em: <http://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_23.pdf>. Acesso em 16/06/2018.

DE OLIVEIRA, J. A. A. et al. Miringoplastia com a utilização de um novo material biossintético. Rev Bras Otorrinolaringol, v. 69, n. 5, p. 649-55, 2003.

MOUSSALE, S. Guia prático de otorrinolaringologia: anatomia, fisiologia e semiologia. EDIPUCRS, 1997.

MARCHIONI, D.; MOLTENI, G.; PRESUTTI, L. Endoscopic anatomy of the middle ear. Indian Journal of Otolaryngology and Head & Neck Surgery, v. 63, n. 2, p. 101-113, 2011.

NAVARRO, J. A. C.; OLIVEIRA, E. A. Q.; ANDREO, J. C.; NAVARR, R. L. Relação Anatômica do Nervo Corda do Tímpano com a Articulação Temporomandibular. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 65, ed. 5, 1999.

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Doenças da orelha

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A perda da audição é a principal dificuldade que acomete o sistema auditivo humano. Pode acontecer em apenas uma das orelhas, sendo a surdez unilateral, ou nas duas, a surdez bilateral. A surdez pode ser parcial ou total, e sua causa pode ter diversas origens, desde a uma lesão, a uma exposição a ruídos intensos por período prolongado ou patologias.

Foto: AnnaVel / Shutterstock.com

Otites

As otites estão entre as doenças mais comuns que afetam a audição humana, principalmente no período de infância. A otite é um processo inflamatório do aparelho auditivo, por diversas origens: infecção por algum micro-organismo, alterações anatômicas, alergia, deficiência imunológica, entre outras. Os sintomas são: febre, irritabilidade, cefaleia, anorexia, vômitos e diarreia, otalgia, otorreia, prurido, zumbido, orelha entupida, surdez, etc. O tratamento pode ser realizado com antibióticos, dispositivo auxiliar de audição, cirurgia. Quando acontece na infância, a doença pode afetar o desenvolvimento cognitivo e de linguagem.

Tumores

Tumores que crescem no nervo vestibular (nervo que se origina na orelha interna e segue até o cérebro) podem afetar o sentido de equilíbrio, provocar zumbidos e tontura, problemas de visão e, em casos mais avançado, causar a paralisia nos músculos da face. Denominado de Schwannoma do nervo vestibular (também é conhecido como neuroma acústico ou neurinoma acústico) é um tumor benigno pouco comum, de crescimento lento, que tem origem na bainha de Schwann do VIII par craniano e que pode fazer compressão o nervo coclear. Na maioria dos casos ocorre na audição unilateral e nos casos bilaterais, está relacionado à Neurofibromatose (crescimento anormal de tecido nervoso pelo corpo). Sua causa ainda é incerta, contudo há associação a uma falha no gene NF-2 do cromossomo 22, responsável da produção da proteína schawannoniana que faz a regulação da divisão celular das células de Schwann4.

Doença de Ménière

É a síndrome idiopática de hidropisia endolinfática, caracterizada pela deterioração gradual do sistema vestibular periférico da orelha interna, pelo estiramento do espaço endolinfático, prejudicando o ducto coclear e o sáculo. Ainda é incerto se a causa é pela elevada produção da endolinfa ou do bloqueio de sua absorção ou do seu fluxo. Os sintomas são: zumbidos, vertigem, tontura, comprometimento no equilíbrio, náusea, vômito, desmaio e perda auditiva progressiva.

Síndrome de Usher

Caracterizada pela associação com a retinose pigmentar e surdez congênita, é uma condição médica de origem genética, com padrão de herança autossômica recessiva. Os genes USH1B e MYO7A localizados no cromossomo 11 estão associados à síndrome, o último sendo responsável por expressar a miosina VIIA que estão presentes nas células ciliadas auditivas, uma série de células epiteliais e das células fotorreceptoras visuais. É classificada em quatro tipos:

  • Tipo I: sistema vestibular comprometido e surdez total.
  • Tipo II: sistema vestibular comprometido e surdez parcial.
  • Tipo III: lesão no aparelho vestíbulo-cerebelo, causado comprometimento no equilíbrio e postura; surdez total; psicose.
  • Tipo IV: surdez total e deficiência intelectual.

Tinnitus

Conhecido como “soada nas orelhas”, o tinnius é uma manifestação otoneurológica do sistema auditivo – o zumbido, um sintoma que pode ser definido como uma sensação sonora interior, independente da fonte de som externa. Afeta a qualidade de vida da pessoa, uma vez que pode interferir no descanso, comunicação, sono, concentração, memória e raciocínio, pode causar irritação, ansiedade, insônia e depressão. Pode estar associado a uma perda auditiva, a maneira como afeta o sistema auditivo não é completamente explicada, comprometendo, assim, o seu tratamento. Sua causa por ter diversas origens: infecções auditivas, metabólicas, neurológicas, cardiovasculares, farmacológicas, odontológicas e psicológicas.

Otosclerose

A otosclerose é uma doença degenerativa da cápsula labiríntica, com aumento da formação do tecido ósseo, provocando um crescimento anormal dos ossos e afetando o estribo. Manifesta-se na maioria em casos bilaterais, de condição rara na população e frequente em adultos. É de origem genética e causa a perda auditiva progressiva.

Colesteatoma

São lesões revestidas por tecido epitelial da orelha média, de crescimento anormal, escamoso e pelo acúmulo de queratina. Sua origem pode ser congênita, na minoria dos casos, que ocorre provavelmente por migração epitelial, refluxo de debris amnióticos, metaplasia de mucosa ou da permanência de remanescentes embrionários, caracterizada pelo tumor esbranquiçado na membrana timpânica. Na maioria dos casos, a origem pode ser adquirida, formado pela retração da membrana timpânica por causa de uma disfunção tubária ou advindos da migração epitelial por causa da perfuração da membrana do tímpano. A doença pode causar a paralisia facial, provocar um tumor no osso temporal e perda auditiva.

Labirintite

A infecção da membrana das estruturas da orelha interna, espaço conhecido como o labirinto, é comumente chamada de labirintite. Está associada à otite média (infecção na orelha média) e caracterizada por vertigem, zumbido, nistagmo e perda auditiva. Doenças autoimunes (síndrome de Cogan, poliarterite nodosa, a granulomatose de Wegener e a policondrite recorrente) e micro-organismos podem causar a doença. A doença pode evoluir para a labirintite ossificante, devido ao estágio fibroso levar a uma calcificação do tecido membranoso. Os sintomas incluem a presença de tumores, fratura de osso temporal, otosclerose avançada e hemorragia na orelha interna; pode provocar a surdez.

Micro-organismos

As infecções virais podem prejudicar as estruturas da orelha média e interna, causando a surdez. Os principais são: paramixovírus (parotidite epidêmica), Episten-Barr (mononucleose), herpes simples, herpes-zoster, adenovírus, enterovírus, influenza, parainfluenza, vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV), vírus das arboviroses (encefalite equina do leste e do oeste, encefalite de São Luiz) e citomegalovírus (CMV). As meningites virais também podem causar a perda auditiva.

Infecções bactérias e fúngicas causadas por: Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Streptococcus, Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae podem causar perda auditiva.

Outras doenças que podem comprometer o sistema auditivo: infecção do sistema nervoso central por Brucella, a doença de Lyme (infecção pela bactéria Borrelia burgdorferi) e a perda da audição por sífilis (raro). De origem congênita: toxoplasmasmose, rubéola, sífilis, citomegalovírus e herpes (complexo TORSCH).

O acúmulo de cerume no canal auditivo, apesar de não ser uma patologia, pode prejudicar a acuidade auditiva, uma vez que pode entupir e, assim, comprometer a percepção dos sons captados no ambiente. Pode ocorrer uma alteração na produção da cera produzida pelas glândulas e prejudicar a eliminação da secreção.

O acompanhamento médico é fundamental para que o tratamento das doenças tenha um sucesso no processo de reverter a condição do indivíduo.

Referências:

BOAGLIO, M. et al. Doença de Ménière e vertigem postural. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 69, n. 1, p. 69-72, 2003.

CORONA, A. P. et al. Fatores de risco associados ao Schwannoma do nervo vestibular: revisão sistemática. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 75, n. 4, 2009.

DE MATTOS GARCIA, M.; GONZAGA, J. G. Avaliação por imagem das lesões cocleares adquiridas (não-traumáticas): ensaio iconográfico. Revista Imagem, 2006.

FERREIRA, P. E. A. et al. Tinnitus Handicap Inventory: adaptação cultural para o português brasileiro. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, 2005.

LIARTH, J. C. S. et al. Síndrome de Usher: características clínicas. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 65, n. 4, p. 457-61, 2002.

PAULUCCI, B. P. Vestibulopatias periféricas. Disponível em: http://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_47.pdf. Acesso em: 10/07/2018.

PEREIRA, M. B. R.; RAMOS, B. D. Otite média aguda e secretora. Jornal de Pediatria (Rio J), v. 74, n. supl 1, p. S21-S30, 1998.

PIATTO, V. B. et al. Genética molecular da deficiência auditiva não-sindrômica. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 71, n. 2, 2005.

SANCHEZ, T. G. et al. Zumbido em pacientes com audiometria normal: caracterização clínica e repercussões. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 71, n. 4, 2005.

TESTA, J. R. G. et al. Otosclerose: resultados de estapedotomias. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 2002.

TESTA, J. R. G. et al. Colesteatoma causando paralisia facial. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 2003.

VIEIRA, A. B. C.; MANCINI, P.; GONÇALVES, D. U. Doenças infecciosas e perda auditiva. Revista Médica de Minas Gerais, 2010.

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Grécia Antiga

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A Grécia Antiga que conhecemos como o berço da civilização ocidental, da democracia, do teatro ou onde viveram filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, é muito diferente do país Grécia que conhecemos atualmente. Para os gregos antigos a relação com o território era muito diferente do nosso conceito atual, pois para eles onde havia um grego ali estaria a Grécia ou Hélade como chamavam. Ser grego ou heleno significava falar o grego, todos os que não falavam a língua, portanto, eram considerados bárbaros, palavra que deriva de “bar-bar-bar” ou balbucios incompreendido das línguas dos outros povos, forma etnocêntrica de tratar os demais povos que para os gregos antigos serviam apenas para os seguintes propósitos: comércio de metais e alimentos, pilhagem durante as guerras e a obtenção de mão-de-obra escravizada.

Vista do Partenon na Acrópole de Atenas. Foto: Sven Hansche / Shutterstock.com

A Geografia

A Grécia Antiga pode ser dividida pelo menos em cinco partes: Grécia continental, Grécia peninsular, Grécia Insular, Grécia Asiática e Magna Grécia (estes dois últimos são territórios mais longínquos que nos possibilitam perceber a migração dos gregos).

A Grécia continental também é chamada de península Balcânica era composta por terras férteis banhadas pelos mares, Egeu ao leste, Jônico a oeste e Mediterrâneo ao sul, cercadas de cadeias montanhosas o que influenciou muito a navegação marítima em todo o território.

A Grécia peninsular também conhecida de Peloponeso, ao sul da península Balcânica, tem como principal rio, o Eurotas, que forma um vale cercado de montanhas. As terras eram férteis e havia muitos minerais, o que movimentava a economia dos seus habitantes. Mais ao sul se encontra a Lacônia, área pantanosa e repleta de desfiladeiros onde tinham poucas áreas férteis que não favoreceram o comércio e desencorajaram a navegação marítima.

A Grécia Insular estava situada ao longo do mar Egeu, tendo grandes ilhas como Creta e ilhas um pouco menores, como Rodes, Lesbos e Delos. As ilhas têm aspectos geográficos semelhantes, muito montanhosas com vários portos naturais.

A Grécia Asiática localizada na Ásia menor, região onde atualmente está a Turquia que os gregos conheciam como Jônia, o lado mais ao leste do mar Egeu, tinha uma das cidades mais conhecidas da antiguidade que era Tróia, a mesma que foi relatada nos escritos de Homero a Ilíada e a Odisseia.

A Magna Grécia este situada no Mar Mediterrâneo ao sul da península Itálica e na ilha da Sicília, que futuramente os colonos gregos presentes nesta região iriam ajudar a formar a civilização Romana.

Períodos da História

A história da Grécia Antiga pode ser entendida em cinco períodos: Período Micênico do século XV a.C. início da expansão micênica à até o século XII a.C. com a chegada dos povos indo-europeus; O Período Homérico do século XII a.C. ao século VIII a.C., período em que foi criada as obras de Homero: a Ilíada e a Odisseia; Período Arcaico do século VIII a.C. ao século VI a.C., início da expansão grega; Período Clássico que vai do ano 508 a.C. quando a Democracia é estabelecida em Atenas até o ano 338 a.C. quando a Grécia é dominada pelos macedônios; Período Helenístico do ano 336 a.C., quando Alexandre sobe ao trono macedônico até o fim do império no ano 323 a.C. com a morte de Alexandre, o Grande.

População

A região da Grécia antiga é habitada por populações originárias do sudoeste asiático há pelos menos 4000 anos a.C. e já praticavam atividades agropastoris. Os antepassados dos gregos só foram chegar na região por volta do fim do terceiro milênio a.C., estes falavam uma língua indo-europeia que futuramente se tornaria o grego e se estabeleceram na parte insular do Mar Egeu e passaram a se misturar com os povos que ali habitavam.

Os primeiros gregos eram conhecidos como jônios e submeteram todos os povos que ali viviam a escravidão por meio da violência. Os jônios eram exímios militares e aprenderam muito com as populações dominadas, construíram várias cidades fortificadas na região e deixaram o comércio marítimo de lado. Por volta do ano de 1580 a.C. foram expulsos da região pelos gregos aqueus eólios e encontraram refúgio na Grécia peninsular, mais precisamente na região que era conhecida como Ática.

Originado dos Bálcãs, os aqueus eram povos guerreiros que que dominaram a região de Creta e área continental por volta do ano de 1400 a.C. Os aqueus, outro grupo grego, eram também exímios militares que se destacaram muito nas navegações marítimas, por realizarem várias guerras com a parte oriental da Grécia no final do segundo milênio a.C., onde está situada a cidade Tróia, serviram de inspiração aos escritos de Homero a Ilíada e Odisseia. Os aqueus deram origem também a civilização Micênica.

Os dórios foram os últimos gregos a se estabelecerem no território por volta do ano 1200 a.C., e ficaram na região de Creta e no Peloponeso, para onde trouxeram a metalurgia do ferro e a cerâmica. Eram guerreiros, que loteavam as terras em partes iguais e submetiam os povos conquistados à escravidão.

Essa mistura de povos indo-europeus formava então a civilização Grega, cujo os as várias cidades-estados falavam a mesma língua, mas possuíam especificidades na cultura e na economia.

A civilização Grega

A civilização grega se constitui como tal entre os Períodos Arcaico e Clássico, entre os séculos VIII a.C. e VI a.C. No século VII a.C as os gregos formaram várias póleis (plural de pólis, cidade em grego) ao longo do Mar Mediterrâneo, e passaram a competir com o comércio marítimo com os povos do Oriente, principalmente os fenícios e os persas. A cidade (pólis) era constituída basicamente de um centro urbano com uma área rural no seu entorno, às vezes, haviam outros povoados que pertenciam a esta pólis. As cidades eram definidas pelas atividades do seu povo (demos), pois suas práticas culturais, tais como a crença em uma divindade protetora, e práticas econômicas, tais como agricultura, mineração e comércio, moldavam a identidade de seus habitantes.

Durante o período Arcaico, a economia era baseada na agricultura e na pecuária. As propriedades e os animais pertenciam aos nobres que, às vezes, faziam o papel de reis, estes controlavam não só as terras, mas o poder judiciário e o exército. Portanto, neste período os gregos viviam em um sistema aristocrático, ou oligárquico, pois os mais ricos detinham o controle das decisões políticas, jurídicas e econômicas. Além dos nobres, nesta sociedade viviam também os escravizados, que trabalhavam nas propriedades, os trabalhadores rurais livres, os artesãos, e os pequenos proprietários de terra.

A expansão para outros territórios fez com que os gregos se tornassem especialistas na navegação marítima e no comércio de artesanatos, principalmente as cerâmicas e armas, o que fez com que eles começassem a usar moedas transações econômicas, fato importante para economia, pois facilitou as trocas comerciais e também para política, pois as moedas passaram a ser particularmente emitidas nas cidades-estados.

As armas mais baratas possibilitaram que os cidadãos livres e pequenos proprietários de terra também se armassem e passassem a proteger as póleis. Este fato fez com que agissem politicamente, pois começaram a reivindicar direitos junto aos governantes das cidades. Estes pedidos geraram guerras-civis, que levaram aos nobres convocarem os tiranos (“senhores” em grego) a redigir leis, como na pólis Atenas, para assegurar a estabilidade entre as classes sociais. Foi neste que contexto, que várias cidades marítimas que comercializavam produtos, entre os anos 650 e 500 a.C, passaram a desenvolver o governo do povo, “democracia”. Já em outras cidades utilizava-se os governos aristocráticos (“governo dos melhores”, nobres) e oligárquicos (“governo de poucos”), dando a entender que no século VI a.C, as cidades-estados gregas eram distintas umas das outras.

Entre as principais póleis gregas, que influenciavam todas as outras cidades, ou seja, eram modelos a serem seguidas figuravam Atenas e Esparta. A primeira que era voltada para o desenvolvimento humano, pelo víeis da democracia, filosofia e arte, e a segunda, potencializava o autoritarismo aristocrático e o militarismo.

Legado grego

Dos gregos herdamos muitas influências em várias áreas do conhecimento: História, Filosofia, Geografia, Literatura, Artes, Arquitetura, Teatro, Medicina, Astronomia.

A História, foi escrita com estas palavras por Heródoto de Halicarnasso, que viveu no século V e escreve a Obra Historia, onde relatou vários costumes e lugares por onde passou. O termo História vem da palavra grega “histor” que quer dizer investigação, dando origem assim a disciplina História. Por isso, atribui-se a Heródoto o título de pai da história.

A filosofia grega é marcada por grandes nomes como Sócrates, Platão e Aristóteles a partir do século IV a.C, que viveram em Atenas, produzindo a dúvida com aqueles que conversavam. Estes criticavam as superstições, os preconceitos e todo tipo de diferenças. Sócrates, não deixou registros escritos, e podemos conhece-lo apenas pelos escritos de Platão e Xenofonte, segundo os autores, era um autêntico ateniense de vida simples, vivia para cidade e para questionar os seus moradores. Com sua frase célebre “Só sei que nada sei” funda o método baseado nos questionamentos, foi base para várias ciências ao longo do tempo, mostrando que com o acúmulo de conhecimento passamos a saber cada vez menos, pois outras possibilidades vão surgindo. Já Platão era membro da aristocracia ateniense, e não poupou em seus escritos as críticas a corrupção da política ateniense. Platão fundou a Academia, uma escola voltada aos estudos de filosofia. Aristóteles foi o aluno mais promissor de Platão, e após a sua morte assumiu o controle da Academia. Anos mais tarde saiu de Atenas e foi professor de Alexandre, filho de Felipe II rei da Macedônia. Após Alexandre ter subido ao trono e ter dominado a Grécia, Aristóteles regressa a Atenas onde monta o Liceu, uma escola preparatória, onde escreveu inúmeras obras sobre vários temas. Tanto Platão como Aristóteles formaram as bases do pensamento ocidental medieval e modernos.

Leia mais:

Hecateu de Mileto, passou a pensar o mundo de uma forma mais racional deixando de lado as explicações mitológicas, desta forma tantos os fenômenos naturais como os sociais começaram a ser explicados pelas experiências do dia-a-dia, desenvolvendo assim a Geografia.

Um dos expoentes da Literatura, foi o poeta Homero que viveu Entre os séculos VIII e VII a.C. Coube a ele registrar da tradição oral os poemas Ilíada e Odisseia, que contavam a guerra entre os gregos e os troianos e as viagens de Odisseu (Ulisses), que navegou pelo mar por dez anos antes de regressar a sua casa. As poesias de Homero expiraram e expiram as formas literárias.

Leia mais:

As Artes e a Arquitetura tiveram um grande desenvolvimento no mundo grego. A beleza era algo muito apreciado entre os gregos, e as proporções das partes dos corpos nas obras de arte imprimiam um padrão próximos a perfeição. A arquitetura, era influenciada pelas proporções, tanto em construções que usavam colunas que até hoje aparecem em alguns prédios, bem como um sistema ortogonal urbano, que influencia as cidades de hoje tais como Brasília e Nova Iorque.

Leia mais:

O Teatro se desenvolveu primeiramente em rituais em forma de danças para o deus Dionísio. Mesmo que posteriormente o teatro tenha se distanciado dos temas religiosos, como o drama e comédia, a religiosidade sempre permaneceu. Vários foram os escritores do tetro grego, e suas peças são encenadas até os dias de hoje: Édipo rei e Antígona de Sófocles, de Eurípedes A Medéia, e Prometeu Acorrentado de Esquilo são as principais peças.

Leia mais:

Hipócrates foi o principal nome da medicina na Grécia Antiga. Ele observou que as doenças eram causadas por motivos naturais, desvinculadas dos mitos e do sagrado. Até hoje é comum que os juramentos de formatura entre os médicos seja, o juramento de Hipócrates, onde prometem fazer a medicina honestamente.

No campo da astronomia Tales de Mileto e Pitágoras fizeram grandes descobertas, o primeiro sobre os eclipses e o segundo a respeito do formato esférico dos corpos celestes.

Leia mais:

Os gregos criaram sua própria cultura, que na influência até hoje, porém foram influenciados pelas populações do Egito e da Mesopotâmia, portanto todos as bases que os gregos encontraram estavam dispostas em outros povos e civilizações, desta forma podemos verificar como o mundo antigo é repleto de trocas culturais, onde as origens são desprovidas de exatidão e inconclusas.

Leia também:

Referência:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

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Capitalismo de Estado

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O conceito de Capitalismo de Estado surgiu durante o processo da Revolução Russa com o objetivo de sanar os atrasos das relações econômicas, porém, a terminologia “Capitalismo de Estado” já estava em uso dentro do movimento socialista do final do século XIX.

Seu conceito engloba dois significados:

  • Países designados de socialistas (URSS e Cuba, por exemplo)
  • Países capitalistas de forte intervenção estatal.

O primeiro significado tem por característica manter a exploração dos trabalhadores via extração da mais-valia. Há um monopólio por parte do Estado no que diz respeito aos meios de produção, é ele quem extrai e os redistribui. Forma-se uma burguesia de Estado, já que é ele que investe, realoca e usufrui da acumulação de capital. No segundo significado, há um esforço do Estado para desenvolver as forças produtivas, fazendo oposição assim ao liberalismo.

Assim como engloba diferentes significados, teve também diferentes formas de inserção na economia segundo a linha filosófica:

  • FASCISTAS ITALIANOS: capitalismo ou socialismo de Estado. Cria o corporativismo para preservar a iniciativa privada e a propriedade, permitindo assim o Estado de intervir na economia.
  • LIBERAIS: capitalismo monopolista de Estado. Há uma parceria do Estado com grandes corporações que, gera benefícios mútuos – prejudicando por vezes os consumidores e pequenas empresas.
  • TROTSKISTAS: capitalismo de Estado. O Estado protetor da burguesia assume controle total de empresas industriais.
  • MENCHEVIQUES e MARXISTAS: capitalismo de Estado. O capitalismo industrial se torna o capitalismo de Estado; não há mais separação de classes já que a burocracia estatal e a privada estão misturadas.

No Capitalismo de Estado, o governo tem o papel de agir para corrigir possíveis falhas de mercado e estabelecer regras sociais, é ele quem assume e dirige as empresas visando a acumulação de capital. Como exemplo, pode-se citar a China que através de empresas estatais, gerencia a exploração dos recursos do Estado, criando e mantendo grande número de postos de trabalho. O governo chinês adotou medidas como redução de impostos para atrair os investimentos e inovações tecnológicas oriundas de países mais desenvolvidos, gerando assim, postos de trabalho e preços mais atraentes. Além disso, trouxe crescimento ao país e gerou melhora na qualidade de vida da população.

Alguns pensadores caracterizam o Capitalismo de Estado como fase intermediária na transição para o socialismo, visto que, há uma extensão do setor público. Uma das grandes críticas ao Capitalismo de Estado é que, quando o padrão de acumulação extensiva se esgota, este não é mais capaz de sustentar o crescimento das forças produtivas. Quando não há mais de onde extrair recursos e prover o crescimento de postos de trabalho, o Estado precisa recorrer às empresas privadas, deixando de ter o controle.

Referências:

NAVES, Márcio Bilharinho. Marxismo e capitalismo de Estado. Crítica Marxista, São Paulo, Brasiliense, v.1, n.1, 1994, p.71-74.

PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS, Marco Antonio. Manual de Economia. 5ª Edição, Editora Saraiva.

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Dicas para enfrentar o medo de perguntar aos professores

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O ambiente escolar é o lugar ideal para tirar dúvidas e aprender. Ainda assim, muitos estudantes sentem vergonha ou medo na hora de fazer perguntas aos professores e acabam indo para casa sem aprender todo o conteúdo. Quando isso se torna rotineiro, pode, inclusive, comprometer o aprendizado do estudante.

Se você tem medo de perguntar aos seus professores durante as aulas, confira essas dicas para enfrentar seus receios e passar a se sentir mais seguro para questionar e aprender!

Foto: PanyaStudio / Shutterstock.com

1. Acredite que toda dúvida é importante

Quando estamos aprendendo sobre algo novo, temos a tendência em menosprezar nossas próprias dúvidas, certos de que elas são “estúpidas” ou sem fundamento. No entanto, não existe dúvidas bobas. Se você ainda não entendeu determinado tópico, pergunte mais sobre ele.

Quando temos uma dúvida e deixamos de perguntar ao professor, acabamos prejudicando o nosso aprendizado, já que, a partir dali, estaremos tão focados na nossa dúvida que deixaremos de prestar atenção para as explicações seguintes.

Entenda: toda dúvida é válida! E a escola é o lugar mais indicado para sanar qualquer questionamento.

2. Ninguém está julgando você

Um dos principais medos de quem tem resistência a fazer perguntas para os professores nas salas de aula é o receio em relação ao julgamento dos colegas e até mesmo do professor.

Se esse é o seu caso, entenda que seus colegas também estão aprendendo e que as suas dúvidas podem, inclusive, ajudar outros estudantes. Além disso, o seu professor está ali para orientá-lo e, por isso mesmo, não julgará o seu processo de aprendizagem.

Não tenha medo do que os outros pensarão sobre você! No fim do dia, o que mais importará é o conhecimento que você adquiriu. Não vale a pena ir embora para casa cheio de dúvidas simplesmente por não querer se expor.

3. Entenda que perguntar é demonstrar interesse

Se você tem medo de ser julgado como um mau aluno por tirar suas dúvidas com o professor, entenda que fazer perguntas é, inclusive, uma mostra de interesse, inteligência e, sobretudo, dedicação!

Um bom aluno não é aquele que aprende todo o conteúdo instantaneamente, mas, sim, aquele que se esforça, tira dúvidas, questiona...

Ao fazer perguntas pertinentes, você estará contribuindo para o debate do que foi exposto, enriquecendo as aulas. Muitos alunos não sabem, mas os professores amam estudantes que fazem perguntas! Eles dinamizam as aulas e mostram interesse, o que é ótimo tanto para a turma quanto para o docente.

4. Faça questionamentos pertinentes

Na hora de fazer perguntas ao professor, avalie se elas são pertinentes. Alguns estudantes acabam fazendo perguntas simplesmente para atrapalhar as aulas. Não seja esse aluno!

A descontração é importante, mas a regra de que tudo tem a hora certa ainda é completamente verdadeira. Saiba quando fazer piadas e procure encarar as perguntas para seus professores com seriedade.

Pense: você gostaria que algum colega interrompesse as aulas para fazer uma pergunta impertinente, durante um assunto que você tem dificuldade? Com certeza, não. Pense nos outros colegas antes de investir em brincadeiras fora de hora.

5. Escolha o momento certo para perguntar

Às vezes, é difícil controlar a ansiedade e acabamos fazendo perguntas ao professor antes mesmo de o docente concluir a explicação. Nesses casos, vale a pena esperar um pouco e encontrar o momento ideal para questionar, evitando, dessa forma, prejudicar a exposição do professor e interromper o aprendizado de outros colegas.

Um costume que nunca sai de moda é o de levantar silenciosamente a mão, indicando para o professor que você quer fazer uma pergunta. Com esse simples cuidado, você garante que não irá atrapalhar a explicação do professor e não irá para a casa sem tirar suas dúvidas!

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Classificação climática de Köppen-Geiger

" A Classificação climática tem como intuito agrupar os diferentes segmentos do planeta associando-os de acordo com os índices climátic...