A pressão arterial (PA) é aquela que o sangue exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos, gerada através da contração cardíaca que bombeia sangue para todos o corpo pelo sistema circulatório. Ela é denominada arterial porque se refere a pressão específica das grandes artérias, que é inferida quando um médico avalia a pressão sanguínea de um paciente. Ela é um dos 4 parâmetros básicos dos sinais vitais humanos, juntamente com a temperatura corporal, a saturação de oxigênio e a taxa respiratória.
Utilizada muitas vezes como parâmetro da condição de saúde, a pressão arterial se refere a momentos específicos do ritmo cardíaco. Medida em milímetros de mercúrio (mmHg) em referência a pressão atmosférica, a mais alta pressão é chamada de sistólica, sendo medida durante a contração do músculo cardíaco em um único batimento. A pressão diastólica representa aquela detectada no repouso muscular do coração entre duas batidas e tem um valor, quase sempre, menor.
Espera-se que a pressão arterial de um adulto saudável em repouso seja de 120 mmHg na sístole e 80 mmHg na diástole. Popularmente, esses valores são expressos como 120/80 ou 12 por 8. Crianças abaixo dos 10 anos possuem PA média inferior a isto e idosos (acima de 60 anos) costumam apresentar flutuações nestes valores que não estão necessariamente associadas a doenças. A pressão pode ser medida através do uso de um esfigmomanômetro, que é uma cinta aderida a uma coluna de mercúrio e a um dispositivo de bombeamento. A cinta é presa no braço da pessoa sentada, ar é bombeado nela e a pressão é inferida através de auscultação da artéria braquial com um estetoscópio. Existem dispositivos eletrônicos que medem a pressão de modo similar porém sem conter mercúrio, o que é positivo uma vez que este metal é toxico. Todavia, é importante lembrar que tais aparelhos precisam ser constantemente calibrados para evitar leituras errôneas.
Emoções e atividades físicas alteram a PA de maneira temporária, causando leve desconforto, tontura ou desmaios. Uma série de pesquisas cientificas mostram que atletas (adultos que realizam exercícios físicos com intensidade moderada de maneira regular por um período igual ou superior a 5 anos) apresentam uma pressão arterial mais baixa no repouso e durante atividades do que pessoas sedentárias ou que se exercitam sem frequência. Além disso, atletas também retornam a uma PA de repouso mais rapidamente após o exercício do que não-atletas. Isso está relacionado a capacidade funcional cardíaca aprimorada pelo exercício físico.
As principais alterações patológicas da PA são a hipertensão e a hipotensão. A pressão alta, como é popularmente chamada a hipertensão, é uma doença crônica genética ou adquirida que pode ser agravada pelo consumo excessivo de sal e de bebidas alcoólicas, pelo tabagismo, obesidade, estresse, sedentarismo e colesterol alto. Com o tempo, a pressão mais alta que o normal leva a um desgaste do coração e vasos sanguíneos, podendo causar enfartes isquêmicos do miocárdio, aneurismas arteriais e complicações renais. A hipotensão, ou pressão baixa, ocorre quando há perda de sangue em hemorragias, contato com toxinas, alterações hormonais e em transtornos alimentares causando tontura, desmaios e, em casos extremos, choque circulatório. O tratamento de ambas envolve nutrição balanceada aliada a atividades físicas e o uso de medicamentos que mantem a PA estável. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece esses remédios de graça através do programa Farmácia Popular.
Referências:
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Noronha, J. C. D., Lima, L. D. D., & Machado, C. V. (2008). Sistema Único de Saúde-SUS. In Políticas e sistemas de saúde no Brasil (pp. 435-472).
Shahraki, M. R., Mirshekari, H., Shahraki, A. R., Shahraki, E., & Naroi, M. (2012). Arterial blood pressure in female students before, during and after exercise. ARYA atherosclerosis, 8(1), 12.
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