O antigo Egito nos deixou um significativo legado, principalmente no aspecto cultural, onde é possível inserir a escrita, a pintura, a mitologia, a arquitetura e a escultura. Dentre os monumentos mais surpreendentes desse período está a Esfinge de Gizé que juntamente com as pirâmides de Gizé compõem o sítio arqueológico localizado nos arredores do Cairo, Egito.
Composta por corpo de leão e cabeça de ser humano, a esfinge de Gizé foi mandada construir possivelmente pelo faraó Quéfren, o mesmo construtor da grande pirâmide de Gizé. A grande esfinge foi construída em um único bloco de pedra e é o maior monumento dessa categoria medindo 73,5 metros de comprimento, 19,3 metros de largura e 20,22 metros de altura. As patas, porém, foram construídas com tijolos. Sua boca mede 2,30 metros, as orelhas medem 1,32 metros, enquanto que o comprimento do nariz estima-se medir 1,70 metros. Na cabeça traz um toucado real típico do antigo Egito, porém quase nada resta da serpente que ficava na testa e a barba do queixo da esfinge que, também, compunham símbolos da realeza egípcia. Possivelmente o rosto da esfinge foi esculpido de forma a representar o rosto do faraó Quéfren.
Além de ser a maior escultura feita de monólito no mundo também é a mais antiga, construída por volta da IV dinastia (aproximadamente 2723 a.c. – 2563 a.c.). Todavia, existem fatos sobre sua história que ainda são debatidos até os dias atuais como a época de sua construção. Alguns pesquisadores sugerem que a esfinge tenha sido construída cerca de 10 mil anos a.C., baseados na análise do calcário e sinais de erosão provocados pela água. Ainda se supõem tenha sido revestida por uma camada de gesso e pintada.
No imaginário dos antigos egípcios, a imagem de uma esfinge significava poder e sabedoria e servia como uma espécie de proteção para as pirâmides. No entanto, não se sabe ao certo o nome usado pelos antigos egípcios para designar esse tipo de estátua. Possivelmente, a palavra egípcia que designava a esfinge era shesep-ankh, que significa imagem viva. Porém, os gregos traduziram de modo errado por sphigx que significa atar, ligar, visto que a esfinge é uma estátua heterogenea, formado por pela imagem de um leão, que conforme mitologia egípcia representa um guardião de lugares sagrados, e outra de ser humana ligados entre si.
Uma antiga lenda diz que por volta de 1400 a.C. Tutmés IV adormeceu ao lado da esfinge e ouviu sua voz pedindo-lhe que ele retirasse a areia que a encobria, resultado das tempestades de areia, em troca prometeu torna-lo rei do Egito. Tutmés cumpriu com sua parte no acordo e antes que acabasse de cumprir a tarefa, já havia se tornado um Faraó. Entre as enormes patas da esfinge, é possível encontrar uma placa com esta descrição. Alguns historiadores afirmam que esta foi a primeira tentativa de restauração da antiga esfinge.
No entanto, este monumento só foi completamente escavado entre 1925 e 1936. Nesse período, engenheiros do governo egípcio repararam a cabeça da esfinge, pois parte dela havia caído devido a erosão que, também, criou rachaduras no seu pescoço.
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