REVISTA MODA F🌟HITS + ESTADÃO: BACK TO BLACK

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Básico, clássico, icônico. São muitos os apelidos dados a cor que pontua há 80 anos a história da moda. Se Coco Chanel levou o preto ao patamar da elegância, quando disseminou a cor em roupas, inclusive,inspiradas nas vestimentas das freiras do austero convento onde cresceu, em Aubazines (tema de sua coleção de verão 2020, por Virginie Viard), Yves Saint Laurent também levou a tonalidade escura para os smokings que migraram para o guarda-roupa feminino. Décadas mais tarde, Dolce & Gabbana trouxe a sua mulher siciliana para a passarela, a bordo de conjuntos e vestidos rendados da cor, com direito até a véus. Para essas grifes, o preto é uma certeza, e isso parece ter voltado novamente às passarelas internacionais nesta temporada.

 

 

Reforçando a ideia, o inverno 2020 comandado por Domenico Dolce e Stefano Gabbana apresentou 62 looks (dos 121 desfilados) com foco no preto. Crochês e tricôs, que retratam o fatto a mano, fizeram parte da celebração da dupla ao trabalho dos artesãos – a tradição italiana como temática para a coleção. Até o shape emblemático da grife, com cintura marcada e decote princesa em vestidos com fendas, vem no tom icônico – uma diversidade de versões e materiais que envolvem o
conceito do “black look”.

Já na Chanel, Kaia Gerber, nossa cover-girl, chamou a atenção com seu vestido preto com estrutura off-shoulders e mangas presunto, em meio a um cenário minimalista. De acordo com Virginie Viard, diretora criativa da maison, a escolha pelo cenário simples (e muito chique, claro) foi basicamente para deixar o foco apenas para a roupa. E assim foi. Uma apresentação que mostrou a cor em versões monocromáticas ou contracenando com sua dupla preferida: o branco.

Na Balenciaga, um dos desfiles mais falados da temporada por sua apresentação imersiva, os 15 primeiros looks, dos 120 desfilados, são all black, e 66 têm o preto como tom principal. O conceito do preto como poder e austeridade demonstra uma constante observação do estado do mundo. O preto dos novos anos 20 traz força e feminilidade, esta antes atribuída, principalmente, ao rosa. A pergunta que fica é: será que “black is the new pink”?



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