Mesmo com a invasão das cartelas pastel nas últimas temporadas, acredite, os bons clássicos sempre estão no topo dos queridinhos das fashionistas. Isso porque não é à toa que muitos deles fazem uma certa sintonia com a estação. No caso do verão, a cartela quente ganha espaço nas produções que vai além do vestidinho à beira mar.
Para a moda urbana, o amarelo vem se destacando em visuais incomuns, como na alfaiataria. Durante as mais recentes passarelas de Nova York e Londres, exemplos de como o tailoring consegue absorver muito bem essa injeção de energia solar. Na proposta da Marc Jacobs, o terno surge na versão coberta pela cor, com leves pontos em lilás. Veja como há um contraste entre a modelagem tradicional com um tom vibrante. É uma forma tão cool de renovar peças que já carregaram aquele ar sisudo no passado. Já na Vivienne Westwood, o blazer ganha formato cropped, enquanto a calça dá espaço para a saia assimétrica.
Entre os vestidos, uma infinidade de formas, efeitos e combinações de detalhes. Na sempre elegante Proenza Schouler, modelo amarelo ganha contraste do cinto preto, que aparece como acessório importante para formar drapeados na silhueta. Com brilho líquido, Christian Siriano dá um toque glam ao look, que ainda traz a brincadeira de sobreposições e assimetrias como elementos marcantes. No mood romântico, a Erdem investiu em uma mistura de vazados, mangas bufantes e gola franzida para dar uma nova aparência ao all yellow.
Para Lela Rose, a chemise ampla foi a peça-chave escolhida para receber o amarelo – e dar à tonalidade uma versão girlie chic. Na Oscar de La Renta, o vestido longo tem decote discreto e com mangas franzidas. Já na construção apresentada por Pyer Moss, mangas-capas, decote v e pregas formam uma composição de detalhes com alto nível de sofisticação. Com foco em volume, Richard Quinn não economizou tecido e fez um longo com camadas e uma espécie de montagem de rosa, com o efeito da própria seda. Com certeza, a criação perfeita para levar o amarelo para o red carpet.
Na moda, tudo é uma surpresa. Quando achamos que o sistema fashion criou regras, vemos que, nos dias de hoje, não há mais espaço para “certos” e “errados”. A monocromia amarela, há muitos anos, já não é vista como estética corajosa ou usada especialmente em ocasiões que “permita” seu uso. Tornar estéticas mais democráticas é o segredo atual. Por isso, que devemos desafiar sempre o que parece ter limitações. Afinal, criatividade move este mundo – e por que não experimentar algo novo agora?
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