Durante os últimos dias, as passarelas da Semana de Moda de Nova York nos trouxeram surpresas tão especiais. Afinal, esse start da temporada de Verão 2020 já traz propostas carregadas de frescor e elegância. E, claro, os desfiles que acontecem em setembro sempre são os mais aguardados de ready-to-wear. Isso porque, após as apresentações do primeiro semestre, há aquela necessidade de encerrar o calendário com as coleções mais impactantes e cheias de hits para serem lembrados no início do próximo ano.
Além de Ulla Johnson que, como contei aqui, é uma das minhas marcas preferidas durante a season norte-americana, tiveram outros três nomes que deram o que falar nos últimos dias. Começando com Oscar de La Renta que trouxe uma inspiração não trabalhada ainda pela dupla de estilistas Laura Kim e Fernando Garcia. Eles, que investem em referências vindas de suas viagens, trabalharam pela primeira vez com a ideia de usar a República Dominicana, origem do fundador da marca, como ponto de partida para o Verão 2020. Entre as peças mais marcantes da coleção estão vestidos longos, curtos e caftans coloridos, com marcação de cintura e alguns compostos por franzidos (principalmente na diagonal) e fendas.
Já no show de Tom Ford, a Big Apple foi o grande ponto de referência para o seu universo que combina uma atitude street com itens elegantes e clássicos da alfaiataria composta por modelagens soltas, no maior ar oitentista. Além da modelagem ser trabalhada com detalhes (do franzido da t-shirt ao brilho do tecido), a cartela black and white foi a escolhida pelo estilista para cobrir seus vestidos assimétricos, saias volumosas e blusas com foco nos decotes e nas golas.
Como terceiro “destino” desta sequência de coleções, a Zimmermann trouxe do outro lado do globo uma série de criações baseadas no clima de verão em Sydney, cidade natal da estilista. A tradução para este sentimento livre e repleto de símbolos jovens, trouxe características como babados em camadas, mangas fofas, franjas, ilhoses e muitas estampas. As padronagens foram desenvolvidas a partir de pôsteres retrô de surf, que apareceram em saias longas, cropped tops e vestidos sem alças. Repare também em como a pele em evidência, além dos shapes curtos, também ganhou destaque em peças com certa brincadeira de transparência.
Três apresentações que marcaram estilos diferentes, mas cheios de boas histórias (e origens) de diversos cantos do mundo. É incrível ver como os diretores criativos não economizam esforços para tirar a moda da zona de conforto. E, para o Verão 2020, é só o começo. Ainda há, pelo menos, um mês de desfiles de fazer os fashionistas suspirarem.
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Publicado primeiro em Alice Ferraz"
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