Câncer colorretal

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O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso e representa o 3° tipo mais frequente de câncer nos homens, sendo o primeiro o de próstata e o segundo de pulmão e o 2° mais incidente nas mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama no Brasil. Tanto homens quanto mulheres são acometidos por esse tipo de câncer, mas os idosos são os mais frequentes e os homens tem uma leve taxa aumentada em relação as mulheres. Anatomicamente, o intestino humano compreende dois seguimentos, o intestino delgado, que se inicia logo após o estomago e é responsável pela absorção dos alimentos que ingerimos e o intestino grosso, chamado de cólon, que é responsável por receber os resíduos do delgado, absorver água e armazenar as fezes até que elas sejam eliminadas. O reto é a porção final do intestino grosso, que se conecta com os ânus.

O câncer de intestino é quase sempre no intestino grosso, são raros os casos no intestino delgado. O cólon é formado por 5 partes, e são elas: cólon ascendente, transverso, descendente, sigmoide e reto, e mede cerca de 1,5 metros.

O câncer se desenvolve a partir de células que se dividem descontroladamente, assim, o tumor colorretal se desenvolve gradativamente a partir de pequenos pólipos benignos, aderidos na mucosa. São necessários vários anos até que o câncer se desenvolva. São raros os casos de câncer colorretal que não evoluíram de um pólipo e o tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma.

Existem evidências que relacionam a dieta como fator de risco para o câncer de intestino. Alimentos enlatados, carnes vermelhas processadas como bacon, salsicha, salame, etc, bebidas alcoólicas, a obesidade, doença inflamatória intestinal entre outros, estão associados.

Sintomas

Os sintomas podem ser variados, e incluem, cólicas, intestino preso, diarreia, sangramentos, dificuldade de evacuar, desconforto abdominal com gases. Ainda podem ser emagrecimento, fraqueza e dor na região anal. Vale ressaltar que muitos desses sintomas estão associados a outras doenças gástricas e, portanto, somente com diagnóstico médico é possível identificar o câncer.

Diagnóstico

É realizado a partir de exames como a colonoscopia e a retossigmoidoscopia, que identificam os pólipos e possibilitam a retirada dos mesmos antes da progressão da doença. Em seguida é realizada a biópsia, por um aparelho introduzido no reto, chamado endoscópio.

O diagnóstico precoce permite melhor tratamento e a cura do câncer. A maioria dos casos levam anos até serem diagnosticados.

Tratamento

O tratamento depende do estadiamento da doença. O estadiamento clinico é realizado da seguinte maneira: existem 4 estágios, sendo o 1 o mais precoce e, portanto, mais fácil de tratar e o estágio 4 o mais avançado, com maiores chances de metástase e menor resposta ao tratamento.

Nos casos mais precoces, a retirada dos pólipos é realiza pela própria colonoscopia, ou por cirurgia com ressecções locais. Já em casos mais avançados, é indicada a cirurgia convencional, denominada laparoscópica ou robótica.

São indicados também a radioterapia e quimioterapia, que podem ser isoladas ou combinadas, além de terapias alvo.

Para o sucesso do tratamento, o tamanho e a localização da lesão são importantes. Em casos de metástase para outras regiões como fígado e pulmão, as chances de cura são menores.

Mesmo após realizar o tratamento adequando, é imprescindível realizar o acompanhamento médico para monitoramento de possíveis recidivas ou novos tumores.

Prevenção

A melhor forma de prevenção do câncer colorretal é consultar regularmente o médico, principalmente pessoas acima de 50 anos, que são consideradas grupo de risco, para realizar exames periódicos, porém, algumas medidas podem ser adotas, como uma dieta rica em frutas, verduras e vegetais, evitar os embutidos e enlatados, o excesso de carne vermelha, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar e o controle da obesidade. Existem casos hereditários da doença, onde o histórico familiar tem que ser levado em consideração. Como visto, a identificação através da colonoscopia e a remoção desses pólipos é uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores que, quando surgem e são detectados precocemente tem taxas elevadas de cura.

Fonte:

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino

https://www.hcancerbarretos.com.br/cancer-colorretal

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