Geografia do Maranhão

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O Estado do Maranhão, situado na Região Nordeste, tem uma extensão territorial de 331.935,507 km2 e tem a segunda maior costa litorânea do país. Pertencente a sub-região do Meio-Norte, o Maranhão é o único da Região Nordeste que possui uma parte de seu território coberto pela Floresta Amazônica.

A população maranhense ultrapassa os 7 milhões de habitantes, distribuídos em 217 municípios. E conta com mais de 12 mil indígenas. Mais de 70% dos maranhenses vive em áreas urbanas.

No aspecto econômico o Maranhão tem suas principais atividades relacionadas à indústria que processa alumínio, alimentos e a extração de madeira. O extrativismo de frutos de árvores nativas, como o babaçu possui significativa importância para as comunidades locais. A agricultura comercial, de produtos como a soja e o milho – destinados especialmente à exportação, tem crescido nas áreas rurais maranhenses, assim como a pecuária de corte.

Relevo

O Maranhão tem 85% do território com até 300 metros de altitude. O relevo é composto por duas unidades: a região de planície na baixada litorânea e a região de planalto nas demais áreas do estado.

O relevo é predominantemente constituído por planícies litorâneas. Localizadas na região norte do estado – especificamente no litoral e no entorno – essas planícies apresentam formações como praias, pântanos, lagunas, falésias e campos inundáveis. É nessa parte do relevo que encontramos as dunas, chamadas de Lençóis Maranhenses, um dos destinos turísticos mais procurados no Brasil.

Ao sul, temos uma pequena elevação altimétrica com a presença de planaltos. Essa formações são classificadas como: Planalto Meridional (onde está situado a Serra da Mangabeira – que é o ponto mais alto do estado com 800 metros de altitude), Planalto Central e Planalto Ocidental.

Chapada das Mesas, área de conservação do Cerrado no Maranhão. Foto: Marcelo Alex / Shutterstock.com

Clima

O clima característico do Maranhão é o tropical. Suas temperaturas médias anuais variam de 24 a 26°C, enquanto a média de chuvas por ano variam entre 1500 e 2500 mm. No litoral, onde há uma influência da maritimidade as chuvas são mais abundantes, assim como as áreas onde predominam a Floresta Amazônica. No interior, mais a leste, os índices pluviométricos são menores, muito pela proximidade com o Sertão Nordestino.

Deste modo, apesar do clima tropical predominante no estado, podemos considerar que há a incidência do clima equatorial – na parte ocidental – e do clima semiárido – na parte oriental,

Vegetação

O Estado do Maranhão está localizado no encontro da Regiões Nordeste com a Região Norte, e em função disso, constitui-se em uma zona de transição, de climas e de vegetação. Por isso, o estado possui uma grande variedade de fitofisionomias.

Na porção noroeste do estado, encontra-se a Floresta Amazônica, que é influenciada pelo clima equatorial. Nas regiões de clima tropical, são encontradas as vegetações do Cerrado – na região Sul do estado. No litoral, há as áreas de mangues – que são as maiores do Brasil. Na parte Leste, em uma zona de transição entre o Cerrado e Floresta Amazônica, está a Mata dos Cocais, onde predomina a extração de babaçu, que tem uma significativa importância econômica para a população local.

A diversidade na vegetação maranhense, no entanto, tem sido ameaçada pelo crescimento da fronteira agrícola, que provocou o aumento do desmatamento em território maranhense.

Hidrografia

A hidrografia do Maranhão pode ser subdivida em dois grupos: os rios limítrofes (que passam por outros estados) e os rios genuínos maranhenses.

Delta do Rio Parnaíba, no Maranhão. Foto: Sandra Moraes / Shutterstock.com

O primeiro grupo, conta com o Rio Parnaíba, que é o maior rio que atravessa o estado e tem significativa importância socioeconômica, pois abastece muitos municípios no Maranhão. Outros rios importantes são o Rio Gurupi e o Rio Tocantins, este último, banha cidades importantes como Imperatriz e Carolina e nele está a hidroelétrica de maior importância: a Hidroelétrica de Estreito.

Entre os rios genuinamente maranhenses, podemos citar como principais o Rio Itapecuru que sofre com um intenso processo de assoreamento, Rio Mearim e o Rio Pindaré onde ocorre o fenômeno da pororoca.

Fontes:

AB´SABER, A. N. Contribuição à geomorfologia do Estado do Maranhão. Notícia Geomorfolóica. Campinas, 3(5) 35-45, abr., 1960

https://www.achetudoeregiao.com.br/ma/geografia.htm

http://meioambiente.culturamix.com/ecologia/a-riqueza-da-vegetacao-do-maranhao

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