O Mar de Aral é um lago de água salobra localizado na Ásia ocidental no território do Cazaquistão e do Uzbequistão.
O Mar de Aral já foi o 4° maior lago do Planeta. Nos anos 1960, o lago possuía 68.000 km² de área e 1100 km³ de volume de água. Porém, desde então, o nível das águas foi reduzido drasticamente em decorrência de projetos de irrigação mau-executados. Atualmente, o lago possui apenas 10% de sua antiga extensão e sua área está passando por um processo de desertificação que tem alterado a paisagem da região e afetado a vida da população local.
Afluentes do Mar de Aral
O Mar de Aral compõe a Bacia Endorreica da Ásia Central, cujos cursos d’agua afluem para os lagos da região ocidental asiática, como o Mar Cáspio e o Mar Morto. Os principais afluentes do Mar de Aral são os rios Amu Daria e Syr Darya.
O Amu Daria é o rio mais extenso da Ásia. Suas nascentes ficam nos montes Pamir, no Tajiquistão e percorre 2.400 km até desaguar no Mar de Aral. O Syr Daria, por sua vez, nasce do encontro das águas dos Rios Naryn e Kara Daryan e percorrem 2.212 km até desaguarem no Aral.
As longas distâncias percorridas pelos rios contribuem para que o lago receba uma enorme quantidade de recursos naturais que fizeram do Mar de Aral um importante reduto biológico no meio da região desértica da Ásia Central.
Por não ter saída para o mar, com o passar de milhares de anos, a água do lago tornou-se salgada pelo acumulo de sais trazidos pelos rios, que foram se concentrando ao longo do tempo.
Problemas ambientais no Mar de Aral
Se de um lado os afluentes do Mar de Aral fizeram dele um oásis, por outro lado, com o desenvolvimento da agricultura extensiva e da urbanização ao longo do leito dos rios, seus afluentes passaram a depositar quantidade de poluentes em suas águas, como resíduos de pesticidas, agrotóxicos e efluentes industriais.
Com o tempo, a concentração de poluentes no lago foi se tornando cada vez mais elevada, resultando na perda da biodiversidade, no aumento da salinidade e na redução da população de peixes e outros animais.
A poluição do Mar de Aral afetou profundamente a vida das comunidades ribeirinhas. Atualmente, algumas cidades localizadas à beira do Mar de Aral, foram completamente abandonadas e a população que continua na região sofre com graves problemas de saúde em decorrência da poluição e da desertificação da área.
A areia do fundo do lago é rica em metais pesados e substâncias tóxicas oriundas da poluição do lago. Essa areia tem causado sérias doenças nas comunidades locais, que apresentam taxas elevadas de ocorrência de câncer e doenças pulmonares.
A redução drástica do Mar de Aral alterou o clima da região, tornando o clima mais secos e com invernos mais frios e os verões mais quentes.
Redução do nível da água
Com o final da Primeira Guerra Mundial havia a necessidade de ampliar a produção de alimentos para compensar a falta dos produtos europeus no mercado. Nesse período, passaram-se a construir canais de irrigação com as águas dos afluentes do mar de Aral para abastecer as lavouras localizadas próximas ao curso dos seus afluentes.
Durante a União Soviética, o Estado investiu na ampliação dos canais de irrigação para o aumento da produtividade das áreas agrícolas nas pradarias da Ásia Central. Entretanto, os projetos foram mal executados, levando a construção de canais de irrigação ineficientes.
Com o desvio das águas dos afluentes, o Mar de Aral passou a receber uma quantidade cada vez menor de água, de forma que a redução do nível de água foi constante entre os anos 1960 e 2007. Em 1987, com a redução do nível da água, bancos de areia começaram a emergir, fazendo com que o lago se dividisse em duas porções: o Mar de Aral do Sul e do Norte.
Para amenizar os problemas da região de Aral, os governos locais têm tentado aumentar a vazão dos rios afluentes do Aral por meio de melhorias em seus sistemas de irrigação. Entretanto, o uso das águas do Rio Amy Darya para a manutenção da indústria de algodão do Uzbequistão ainda impede uma melhora efetiva nos níveis de água que chegam até o lago.
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