A revolução pernambucana foi uma revolta social que ocorreu no período colonial brasileiro em 6 de Março de 1817. Esse movimento teve caráter separatista e também ficou conhecido como a Revolução dos Padres devido à participação ativa dos Padres e da Igreja Católica.
A Capitania de Pernambuco era uma das mais ricas do período e campeã na produção e exportação de cana-de-açúcar, logo, era a que mais rendia lucros aos portugueses. Impulsionados pelos ideais iluministas da Revolução Francesa e no lema “liberdade, igualdade e fraternidade” os pernambucanos sentiam-se injustiçados pela quantidade de tributos que tinham que pagar para sustentar os luxos da monarquia portuguesa que estava instalada no Rio de Janeiro desde 1808.
Os pernambucanos também estavam muito incomodados com a intervenção da corte de Portugal na administração da capitania. Após um período de seca que afetou as lavouras de cana-de-açúcar e algodão, bem como a burocracia para a importação de mão de obra escrava da África, os lucros foram diminuindo mas os impostos eram os mesmos. Esses fatores agravavam cada vez mais a diplomacia entre os pernambucanos que desejavam a independência e a instalação de um regime republicano, e da corte que desejava manter seu status.
Sob o comando de “Leão Coroado” os pernambucanos construíram uma trincheira com a intenção de impedir que as tropas oficiais invadissem a capitania matando a golpe de espadas o comandante Barbosa de Castro. Após causar intimidação militar sobre as tropas absolutistas, instalaram um governo provisório republicano e convocaram uma assembleia constituinte, separando os poderes executivo, legislativo e judiciário para evitar a centralização de poder.
Os cidadãos de Pernambuco arriscaram obter apoio de outras capitanias da região. No Ceará a pernambucana Bárbara de Alencar e seu filho Tristão tentaram implantar as ideias da revolução no estado e foram violentamente mortos. Sabendo as intenções dos independentistas, as forças armadas do exército português ficaram mais agressivas e elaboraram uma estratégia para invadir Pernambuco a partir da Bahia, enquanto a Marinha bloqueava o Porto de Recife.
Os monarquistas ao entrarem na capitania de Pernambuco, conseguiram derrotar os revolucionários republicanos que não tiveram alternativas a não ser ir em direção a Recife, tendo acabado por ficar encurralados. No dia 19 de Maio foi decretado o fim do governo republicano na região.
Quando o Padre João Ribeiro soube do ocorrido, como forma de defesa suicidou-se, mas os monarcas o desenterraram, o decapitaram e exibiram sua cabeça em praça pública. Vários revolucionários foram esquartejados, tiveram seus corpos arrastados e expostos em meio à multidão. Quando eram presos, acabavam morrendo na prisão por abandono.
O exército da monarquia portuguesa fez de tudo para demonstrar o poder imperial através da força física. Dominou o território para manter a unidade do país. Entretanto D. João VI não conseguia mais confiar nos governantes das capitanias, muito menos no governo internacional, uma vez que os Estados Unidos da América haviam instalado um consulado em Recife e pretendiam manter relações comerciais diretas com Pernambuco.
Os militares franceses remanescentes além de desejar acordos comerciais, tencionavam resgatar Napoleão Bonaparte de seu exílio em Santa Helena e o trazer para se hospedar em Pernambuco, para depois seguir com ele até Nova Orleans nos EUA.
Atualmente, em virtude aos que lutaram na guerra e em memória à história do estado, no dia 6 de Março é celebrada a Revolução Pernambucana.
Referências:
https://www.historiadobrasil.net/resumos/revolucao_pernambucana.htm
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Pernambucana
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