O Naturalismo ou Realismo iniciou-se na segunda metade do século XIX e se estendeu até o início do século XX, na França.
Manifestou-se na literatura, no teatro e nas artes plásticas com uma visão contrária à do Romantismo.
A visão era materialista, uma vez que a burguesia estava em ascensão. Também tinha uma visão objetiva, os temas eram tratados sem rodeios.
Esse período é chamado de “Ciclo Antirromântico”. Os artistas tratam os temas de forma mais clara, como realmente acontece.
A ideia deles era de derrubar o que o Romantismo pregava; tratar os assuntos de forma real e falar sobre o que realmente as pessoas viviam.
Em suas obras, os escritores naturalistas faziam críticas sociais contra a injustiça e a opressão, com o objetivo de que houvesse uma transformação do que eles acreditavam que estava incorreto.
Essas obras também ganharam influência das teorias científicas da segunda metade do século XIX.
Na literatura francesa, o seu marco inicial deu-se com a obra “Madame Bovary”, de Gustave Flaubet. A obra retrata assuntos cotidianos, como o amor. Esse tema é tratado de uma forma totalmente diferente do Romantismo. O autor fala ainda sobre o adultério e suas possíveis consequências a quem o cometesse. Esses assuntos são escritos de forma direta e objetiva.
Já em Portugal, o Naturalismo tem início com a obra “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queirós. O autor é considerado o precursor do Realismo português. Também escreveu “O Primo Basílio” e “Os Maias”. As suas obras retratavam a sociedade portuguesa do século XIX: cidade provinciana, influência do clero, pequena e média burguesia de Lisboa, intelectuais, aristocracia e alta burguesia.
No Brasil, o Naturalismo iniciou no fim do século XIX, com a publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio de Azevedo. A obra tem como tema central o preconceito racial. Também merece destaque a sua obra “O Cortiço” (1890), que trata sobre a realidade brasileira do século XIX: as relações e o comportamento dos personagens.
Assim como os escritores portugueses e franceses, os escritores naturalistas brasileiros também se preocupam em demonstrar os problemas da realidade social, política e econômica.
Nessa época, era comum eles tratar sobre temas relacionados com a abolição da escravatura.
Principais temas abordados no Naturalismo:
- Miséria das cidades;
- Crise da produção no campo;
- Péssimas condições de vida;
- Crítica ao tradicionalismo da sociedade;
- Crítica ao conservadorismo da Igreja;
- Violência;
- Crimes;
- Sexualidade;
- Adultério;
- Política.
Fontes:
Módulo do ensino integrado: língua portuguesa. São Paulo: DCL, 2002. p. 131-134.
https://www.youtube.com/watch?v=U1n10iIOx4g
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