Após a dificuldade de governar o Brasil através das Capitanias Hereditárias, por causa de diversas desavenças com índios nativos, falta de investimentos, problemas com a fiscalização de produtos e muita corrupção por parte dos donos das Capitanias, a coroa portuguesa decidiu que era necessário eleger um governador geral de sua confiança para administrar à colônia.
D. João III tinha a ambição de tornar o país mais lucrativo e defendê-lo das invasões estrangeiras principalmente dos holandeses. Após Marrocos romper acordos comerciais com Portugal, uniu-se aos Jesuítas com a finalidade de catequizar os índios, ensinar a cultura europeia e a língua portuguesa para impedir que eles fossem escravizados, pois acreditavam que tinham alma e era necessário convertê-los para que fossem salvos. Assim evitaria ataques contra os colonizadores e manteriam a ordem da colônia.
Em 1549, D. João III nomeou Tomé de Sousa como o primeiro governador geral do Brasil. Ele tomou posse na cidade de Salvador que por consequência recebeu o título de capital do país e assim permaneceu por quase duzentos anos. Foi um Governador muito pacífico, sempre protegia os índios e procurava manter uma relação diplomática com eles. Tinha muita autonomia para conduzir a sua função, estimulou a justiça, a defesa das fazendas, o aumento da agricultura e das relações comerciais.
Duarte da Costa foi o segundo governador geral do Brasil, assumindo em 1553. Era membro do conselho real e também havia sido embaixador da Espanha. Veio de Portugal acompanhado do Padre José de Anchieta e o Padre Manoel de Nóbrega e juntos amenizaram os ataques indígenas nas colônias e adentraram no Sertão para explorar os minerais. Em 1555 a baía de Guanabara foi invadida por franceses. Duarte teve dificuldade em conter a invasão e foi então que clamaram por Mem de Sá, que acabou por ser o terceiro governador geral.
Mem de Sá chegou ao Brasil em 1557, mas só recebeu o título de governador em 1558. Em meio a diversas batalhas de pacificação da colônia, perdeu seu filho Fernão de Sá, ficando no governo durante catorze anos ao lado de seu sobrinho Estácio de Sá, que também viria a morrer por uma flechada em um confronto. Após muitas lutas com os franceses conseguiu manter a ordem, recuperou territórios, pacificou os índios ao lado dos Jesuítas e ficou muito reconhecido em Portugal.
Para ajudar os governadores, foram criados alguns cargos administrativos como o de Capitão- Mor, que tinha a tarefa de defender o território de ataques indígenas; o Provedor-Mor, que cuidava das finanças e o Ouvidor-Mor, que era responsável pela justiça e elaborava as leis.
O Governo Geral do Brasil ficou oscilando entre alguns governantes e a centralização e descentralização de poder. Entre 1572 a colônia ficou dividida entre a administração de Salvador e do Rio de Janeiro. Em 1763 a Sede governamental que era em Salvador passa a ser no Rio de Janeiro devido ao aumento da exploração de minério no centro do país vindo desta forma permanecer até 1808.
Com a chegada da família Real no Brasil, no mesmo ano em recorrência da fuga das tropas de Napoleão Bonaparte que ameaçava invadir Portugal e se apoderar de tudo, o governo do país foi novamente centralizado nas mãos de uma pessoa, dessa vez do Rei D. João VI que elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
Referências:
http://historiadobrasilja.com/brasil-colonial/ 15.01.2019.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_do_Brasil_colonial 15.01.2019.
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