Espinhos

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Espinhos são estruturas que apresentam formato pontiagudo e consistência rígida. Geralmente não são fotossintetizantes, porém são lignificados, vascularizados e lenhosos. Quando são arrancados, os espinhos causam destruição nos tecidos adjacentes, levando a formação de aberturas que podem permitir a entrada de microrganismos causadores de processos infecciosos. Os espinhos podem ser formados a partir de modificações nos ramos caulinares ou em tecidos foliares, tanto na folha inteira quanto em apenas algumas partes, como a estípula ou a raque.

Nas plantas existe uma outra estrutura rígida e pontiaguda, denominada acúleo, que é frequentemente confundida com um espinho. O acúleo é uma emergência pluricelular, de origem epidérmica e subepidérmica e não apresenta vascularização. Está presente no caule das rosas (Figura 1), sendo facilmente destacáveis da planta, deixando no local apenas uma pequena cicatriz.

Estruturas de superfície, como os espinhos, são importantes barreiras mecânicas, fornecendo a primeira linha de defesa contra a herbivoria em muitas espécies vegetais. Devido a presença de extremidades afiadas e duras, os espinhos, juntamente com os acúleos, são eficientes na proteção física das plantas contra predadores maiores, como os mamíferos. Entretanto, contra insetos e outros herbívoros pequenos essa proteção é pouco efetiva, já que devido ao tamanho reduzido, esses animais ultrapassam com facilidade essa defesa e alcançam as partes comestíveis das plantas.

Os cactos são plantas que habitam regiões áridas, como deserto e a caatinga, e geralmente apresentam folhas reduzidas e modificadas em espinhos (Figura 2). Além da função de defesa, os espinhos nos cactos é uma importante adaptação para evitar a perda de água pelas folhas, já que essa modificação diminui a superfície de contato. Nessas plantas, a fotossíntese é realizada por um tipo de caule modificado denominado de cladódio, que possui aspecto de folha e coloração verde.

Figura 1: Caule de rosa evidenciando os acúleos (setas). Foto: patjo / Shutterstock.com

 

Figura 2: Cacto com folhas modificadas em espinhos. Foto: bit mechanic / Shutterstock.com

Referência bibliográfica:

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

Souza, L.A. 2009. Morfologia e anatomia vegetal: células, tecidos órgãos e plântula. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 259 p.

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