O movimento slow fashion vem resgatando uma série de conceitos tão especiais. Um deles é o handmade, técnica artesanal tradicionalíssima aqui no Brasil, que está cada vez mais valorizada na moda, principalmente, pelo seu charme único. Os trabalhos de crochê, tricô, macramê e tressê são característicos de algumas regiões do país e, além dessa brincadeira de fios e cores, os materiais naturais também estão mostrando que formam uma combinação estética perfeita.
Ráfia, juta, palha e vime são as preferidas pelas fashionistas quando o assunto é acessórios. As ruas e passarelas estão repletas de versões elegantes, divertidas e modernas ao mesmo tempo. Durante a década de 1970, a modelo e cantora inglesa Jane Birkin era uma das adeptas da cesta de palha para usar no dia a dia, combinando com seus vestidos leves e looks compostos por calças jeans. Hoje, vemos as marcas trazendo versões adaptadas para a vida moderna – algumas vêm com um fechamento de tecido, como nas propostas das labels Gucci e Loeffler Randall.
Os materiais rústicos foram além das cestinhas. Entre a realeza britânica, as duquesas investiram em peças elegantes e delicadas. Meghan apostou em uma clutch feita de vime com tira de couro para fechamento, enquanto Kate optou por um chapéu da mesma cor da roupa, mas em palha para criar um contraste interessante na produção monocromática.
Nas coleções, os designers foram além. Teve mega laço de palha na cabeça, vestido de crochê com fios e franjas e sandália com salto plataforma para dar uma pitada cool ao visual da Delpozo. Já na Michael Kors, a bolsa crua de ráfia e a sandália de cortiça arremataram a estética “Cruise” para o Verão 2018 da marca. Para contrastar com as peças maximalistas, Alessandro Michele acrescentou um chapéu de palha com fita preta no Resort 2017 da Gucci.
Adoro quando a moda dá novos ares à tradições tão marcantes. Ainda mais quando os acessórios de materiais naturais vão além dos looks casuais e ganham espaço nas produções noturnas e sofisticadas.
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