Capitalismo

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Idealizado por Adam Smith em meio à Revolução Industrial através do estudo “A Riqueza das Nações” (1776), o capitalismo é hoje o sistema econômico mais adotado no mundo todo e mais eficiente para alocação de recursos. Seu objetivo visa atingir os lucros e acumulação de riquezas através dos meios de produção. Estes, bem como os meios de distribuição, são de propriedade privada e, são atingidos através do esforço da classe trabalhadora (proletariado). O capitalismo tem como características principais: a propriedade privada, acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um sistema de preços e um mercado competitivo. Para o capitalismo, Adam Smith sugere a divisão dos preços por real e nominal.

Neste sistema econômico, não há restrição na liberdade de comercialização e industrialização, há uma livre regulação de mercado – que se dá através da oferta e demanda. As indústrias ou indivíduos trocam mão de obra por salário.

Foto: arka38 / Shutterstock.com

As decisões de oferta, demanda, preço, distribuição e investimento não são tomadas pelo Governo, que fica de fora das transações e iniciativas. A distribuição dos lucros se dá aos investidores das empresas e, os salários dos trabalhadores são pagos por estas. Não há envolvimento direto do poder público. O objetivo central deste sistema é o aumento de rendimentos que, tanto podem ser concentrados como distribuídos. Esse aumento de rendimentos é denominado “mais-valia” (segundo Karl Marx), ou seja, obtenção de lucros através do trabalho do proletário (trabalhador).

É um sistema socioeconômico cujo embasamento se dá no reconhecimento dos direitos individuais, na qual toda propriedade é privada. Um dos pontos levantados nesse sistema é a divisão do trabalho afim de alavancar a produção e os lucros. Não há intervenção do Estado, este exerce apenas o papel de protetor – através das leis – e provedor de bem estar social – espaços públicos, medidas que garantam estabilidade econômica e saúde gratuita.

Um dos grandes debates acerca do capitalismo são as desigualdades sociais. O capitalismo acaba favorecendo quem tem maior poder aquisitivo (os capitalistas), facilita a criação de empresas mas, cria também classes sociais muito distintas. Prioriza e favorece a obtenção de lucro sobre o bem social, os recursos naturais e o meio ambiente. Por outro lado, através da livre concorrência gera novos e melhores produtos à disposição da sociedade, gera um forte crescimento econômico. Ainda, muito se debate sobre a relação patrão-empregado e as explorações que podem ocorrer na busca desenfreada por obtenção de lucro.

Podemos então, definir o capitalismo como um sistema econômico que visa a acumulação de capital através da mão de obra do trabalhador (que recebe em troca seu salário), que possui pouca ou nenhuma intervenção do Governo e que, gera a maior competitividade de mercado e livre regulação do mesmo, ao passo que, gera também maior desigualdade social.

Referências:

PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS, Marco Antonio. Manual de Economia. 5ª Edição, Editora Saraiva.

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Volume I, Nova Cultural, 1988. Coleção “Os Economistas”.

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