Capitalismo industrial

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O capitalismo industrial é um sistema econômico que surgiu na segunda metade do século XVIII, superando o mercantilismo. Sua principal característica é a transformação das técnicas e do modo de produção. Conhecido como a Revolução Industrial, através deste sistema econômico a produção passa a ser em larga escala, com utilização de máquinas – deixando de lado o processo artesanal.

Esse sistema era baseado no sistema filosófico chamado liberalismo. Seu principal pensador foi Adam Smith, que defendia a não intervenção do Estado na economia. Segundo ele, a riqueza era resultado do potencial produtivo sem intervenção do Estado. Para Smith, a ambição (por vezes de cunho pessoal) impulsionava a produção que, por sua vez, gerava um bem à sociedade (trabalho e renda).

Esse modelo econômico é marcado, principalmente, pela inovação dos meios de produção (investimentos em máquinas) e, em consequência desse investimento, no aumento da produção – há criação de turnos para atender a demanda. No período da Revolução Industrial, em que países como França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão começaram a investir na formação de suas indústrias, o capitalismo industrial se torna em capitalismo financeiro, visto que, as empresas e os bancos unem-se em busca de maior obtenção de lucros.

Conforme foi se difundindo, as empresas iam ganhando força, se tornando cada vez mais ricas e, com isso, passaram a impor regras de produção e a definir seu próprio preço no mercado. Deixando assim, a concorrência mais disputada e até desleal.

O capitalismo industrial e financeiro passou por algumas transformações ao longo do século XX. Enfrentou primeiro a Revolução Russa que tinha como proposta a criação de uma sociedade comunista. A possibilidade da expansão do comunismo acabou por dividir o capitalismo industrial em dois blocos econômicos: um capitalista outro comunista.

Após isso, enfrentou o período pós Primeira Guerra Mundial em que os Estados Unidos emergiram como potência e passou a fornecer produtos para a Europa. Ao longo do tempo, a produção norte-americana ficou acima da demanda populacional, causando a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Com isso, há uma “crise” no modelo capitalista liberal, considerando a necessidade de intervenção do Estado.

A partir deste momento, o governo passa a intervir na formação dos preços, conceder empréstimos a empresários e a gerar empregos. Isso torna a concorrência mais leal, classifica também produtos como populares ou “primeira linha”, diferencia produtos por marcas e meios de produção. Mas, com a Era da Informática, informatização de processos e popularização dos computadores, surge a Terceira Revolução Industrial – nova fase do capitalismo industrial. Com a crescente oferta de informação e propagação da internet, estabelece-se a Nova Ordem Mundial, que tem por características marcantes a globalização e o neoliberalismo.

Referências:

PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS, Marco Antonio. Manual de Economia. 5ª Edição, Editora Saraiva.

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