Idade dos Metais

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O período que chamamos de pré-história é assim nomeado pois por muito tempo entendeu-se que a História era escrita a partir de documentos escritos. Essa visão é bastante questionada pelos historiadores atualmente, pois mesmo as sociedades que antecederam a escrita deixaram rastros de suas formas de vida, como é o caso dos grupos pré-históricos. Por muito tempo considerou-se os homens e mulheres dessas sociedades como primitivos no sentido pejorativo: como inferiores ou desprovidos de pensamento racional. Mas, como se sabe, os homens e mulheres do período pré-históricos desenvolveram diversas técnicas, dominaram a natureza, utilizaram racionalmente o fogo e desenvolveram técnicas para a agricultura. Cabe destacar: foram as sociedades pré-históricas que desenvolveram a tração animal, descobriram a roda, dominaram e utilizaram o fogo. Foram eles também que desenvolveram técnicas de agricultura que permitiram a sedentarização dos grupos humanos.

A pré-história está dividida em três grandes períodos: o Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, quando os povos eram nômades, viviam da caça e da coleta e dominaram o fogo; o Neolítico, ou Idade da Pedra Polida, quando iniciou-se a agricultura e os povos entraram em processo de sedentarização, e por fim a Idade dos Metais, marcada pelo desenvolvimento da metalurgia, das trocas comerciais e das primeiras cidades.

A metalurgia foi uma atividade de crucial importância para a humanidade. A partir dela foi possível a fabricação de ferramentas e de armas em metais. A Idade dos Metais pode ser subdividida em três períodos: Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro.

A Idade do Cobre foi marcada, como o próprio nome denuncia, pelo uso do Cobre para a produção de ferramentas e armamento. Foi o ponto inicial da Idade dos Metais. Ao passo que os grupos humanos foram dominando novos materiais e novas técnicas, foram tornando-se mais complexas, o que permitiu, por exemplo, a criação de novos grupos sociais, que desenvolviam ofícios como os artesãos.

A Idade do Bronze foi marcada pelo desenvolvimento de uma liga metálica de cobre com estanho, que origina o bronze, principalmente na região do Oriente Médio. Para chegar ao bronze foi necessário o desenvolvimento de diversas técnicas para sua produção. Por isso não se pode considerar os homens e as mulheres pré-históricos como pessoas desprovidas de razão: eles desenvolveram técnicas complexas e fundamentais para o desenvolvimento das sociedades. O uso de metais como o bronze também incentivou as trocas comerciais, mas não podemos homogeneizar: esse domínio se deu em diferentes tempos, nas diferentes regiões.

Assim como a Idade do Bronze, a Idade do Ferro também se desenvolveu de formas diferentes em cada região e, portanto, as datas do domínio do minério variam. O Cobre e o estanho eram minérios difíceis de se extrair das jazidas e por tanto, eram bastante valorizados. A descoberta do ferro para a produção dos materiais foi impactante pois o ferro além de ser mais durável é também muito mais abundante, facilitando a produção de materiais. Além disso o ferro caracteriza-se por ser maleável. As descobertas arqueológicas apontam que as produções em ferro mais antigas estiveram localizadas na Anatólia (Ásia Menor) e no continente africano.

O ferro passou então a ser dominante da confecção de ferramentas, armas e utensílios e paulatinamente substituiu o bronze, material mais caro, de extração mais difícil e de menor durabilidade.

Leia também:

Referências:

CHILDE, Gordon. Los origenes de la civilizacion. Fondo de Cultura Económica, Mexico, 1996.

PINSKY, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Contexto, 2011.

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