Conjuntivite

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Conjuntivite, conhecida como “olho vermelho”, é qualquer condição inflamatória da conjuntiva, uma camada de tecido fina, translúcida e transparente, nas porções bulbar (reveste a face da superfície externa da esclera) e palpebral (reveste o interior das pálpebras).

Na maioria dos casos é causada por microrganismos (bactérias e vírus). Outras causas são o uso de medicamentos e soluções oftálmicos, lentes de contato, olho seco, substâncias irritantes (poluição, cloro, maquiagem, etc.), produtos químicos (produtos de limpeza, pesticidas, etc.), pólen e pelos. Há casos poucos comuns de infecção por clamídia e gonorreia.

Mulher com conjuntivite. Foto: Anita van den Broek / Shutterstock.com

Em sua origem, pode ser:

  • Conjuntivite: infecciosa (microrganismos) ou não infecciosa (alérgica, olho seco, reação tóxica ou química, lentes de contato, entre outros);
  • Ceratite: infecciosa (bactéria, vírus, fungo e Acanthamoeba) e não infecciosa (erosão epitelial e corpo estranho).

São descritos seis tipos:

  1. Conjuntivite alérgica sazonal – é um sintoma da infecção alérgica da febre do feno, causada pelo pólen das árvores, das gramíneas e das ervas daninhas durante a primavera e outono. Não é transmissível.
  2. Conjuntivite alérgica perene – também causada pela “febre do feno”, é causada por pelos de animais e susceptível a ocorrer durante todo o ano. É menos prevalente do que a conjuntivite alérgica sazonal. Não é transmissível. Os sintomas são: coceira e olhos vermelhos, lacrimejantes e ardentes. Em casos mais graves, os olhos podem ficar inchados (edema periorbital).
  3. Ceratoconjuntivite atópica – uma inflamação crônica associada à dermatite atópica e com a predisposição hereditária para a hipersensibilidade a agentes alérgeno específicos. O inferior e a conjuntiva palpebral são as estruturas mais comumente afetadas. Pode resultar em um comprometimento da visão devido a vascularização ou cicatrização da córnea. Apresentam extrema coceira, queimação e olhos vermelhos. Há presença de um corrimento mucoso viscoso, e ao despertar do sono, as pálpebras ficam coladas. Outros sintomas são a fotofobia, visão turva, lacrimejamento e presença de papilas na conjuntiva e nódulos gelatinosos (Trantas), caucionando a opacificação da esclera e córnea.
  4. Ceratoconjuntivite primaveril – uma inflamação da conjuntiva com acometimento da córnea, frequente na infância e principalmente na primavera e verão. Os sintomas são os convencionais e outros como: papilas arredondadas e hipertrofia da conjuntiva tarsal, hiperemia da conjuntiva bulbar, edema límbico, erosões epiteliais na córnea.
  5. Conjuntivite papilar gigante – associada ao uso de lentes de contato gelatinosas e rígidas; e prótese ocular. Há presença de grandes papilas na conjuntiva tarsal superior e pode haver inflamação da córnea. No início, geralmente não é acompanhada por sinais. Os sintomas convencionais podem ocorrer de meses a anos depois do início do uso das lentes de contato.
  6. Dermatite de contato – inflamação alérgica causada por medicamentos oftálmicos, cosméticos e soluções oftálmicas. Caracterizada pela vasodilatação pronunciada, quemose, secreção aquosa e resposta papilar.

Os sintomas são a coceira, queimação e fotofobia severas.

Causa Bacteriana

A conjuntivite bacteriana hiperaguda é uma infecção ocular grave com abundante secreção purulenta amarelo-esverdeada, que traz riscos à visão. É provocada pela N. gonorrhoeae e Neisseria meningitidis.

Pode ser congênita, sendo transmitida da mão para o filho durante o parto normal.

Os agentes mais frequentes na conjuntivite bacteriana aguda em crianças são o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae; em adultos é o Staphylococcus aureus.

A conjuntivite bacteriana crônica é mais comumente causada por espécies de Staphylococcus, embora outras bactérias estejam ocasionalmente envolvidas.

A infecção ocorre pela bactéria Chlamydia trachomatis, uma doença sexualmente transmissível.

Causa Viral

O mais comum é o adenovírus, contudo outros vírus podem causar a condição. Geralmente é o responsável pelas epidemias comunitárias, como em escolas, locais de trabalho e hospitais.

Referências:

FRIEDLAENDER, MH. Conjunctivitis of allergic origin: clinical presentation and differential diagnosis. Surv Ophthalmol, 38(Suppl):105-14, 1993.

MORROW, G. L.; ABBOTT, R. L. Conjunctivitis. American family physician, v. 57, n. 4, p. 735-746, 1998.

NEVES, A. R. R. et al. Ceratoconjuntivite alérgica e ceratocone. Rev. bras. alergia imunopatol, v. 30, n. 2, p. 67-70, 2007.

SENA, C. M. de et al. Uso da medicação homeopática no tratamento da ceratoconjuntivite primaveril: resultados iniciais. Arq Bras Oftalmol, v. 66, n. 1, p. 45-50, 2003.

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