De acordo com Martinelli (2010), as espécies da flora não estão distribuídas ao acaso, mas sim agrupadas em formações vegetais em equilíbrio com o solo, clima, além de contar com a concorrência de ações por parte da sociedade humana. Assim, vegetação é a forma de agrupamento das espécies vegetais em consonância com o ambiente, incluindo a participação da ação do homem na sucessão de seus modos de produção.
Dessa forma, as diferentes formas de relevo presentes no Estado de Minas Gerais, somadas às especificidades de solo e clima, propiciaram paisagens muito variadas, recobertas por vegetações características, adaptadas a cada um dos inúmeros ambientes particulares inseridos no domínio de três biomas brasileiros: o Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga.
Ocupando a maior porção do território do Estado de Minas Gerais, o cerrado, maior, aparece especialmente nas regiões das bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. Nesse bioma, as estações seca e chuvosa são bem definidas. A vegetação é composta por gramíneas, arbustos e árvores (COURA, 2007).
A Mata Atlântica é o segundo maior bioma do Estado de Minas Gerais. Esse bioma apresenta como característica marcante uma vegetação densa e permanentemente verde, e grande o índice pluviométrico, com médias anuais em torno de 1500 mm (COURA, 2007). Sua área principal reside nas regiões da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira.
Outro bioma presente no Estado de Minas Gerais são os Campos de Altitude ou Rupestres. Esse bioma se caracteriza por uma cobertura vegetal de menor porte com uma grande variedade de espécies, com predomínio da vegetação herbácea em que os arbustos são escassos e as árvores raras e isoladas. Esse bioma é encontrado nos pontos mais elevados das Serras da Mantiqueira, Espinhaço e Canastra (COURA, 2007).
A caatinga está localizada na porção norte do Estado de Minas Gerais e ocupa cerca de 3,48 do território mineiro. É um bioma único no mundo, ou seja, grande parte das espécies de animais e plantas dessa região não é encontrada em nenhum outro lugar do planeta. Este patrimônio biológico ainda é pouco estudado e corre grande risco de não ser identificado, devido ao avanço do desmatamento descontrolado (INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS DE MINAS GERAIS, 2006). Esse bioma possui como característica duas estações climáticas bem demarcadas, um período chuvoso seguido de um longo período seco (COURA, 2007).
De acordo com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, pode-se dividir os principais biomas do Estado de Minas Gerais da Seguinte maneira:
Cerrado: 19,94%
- Campo: 6,60%
- Campo cerrado: 2,56%
- Cerrado Stricto Sensu: 9,48%
- Cerradão: 0,61%
- Veredas: 0,69%
Mata Atlântica: 10,33%
- Campo Rupestre: 1,05%
- Floresta Estacional Semidecidual: 8,90%
- Floresta Ombrófila: 0,38%
Caatinga (Floresta Estacional Decidual): 3,48%
Referencias:
COURA, S. M. DA C. Mapeamento de vegetação do Estado de Minas Gerias utilizando dados Modis. Dissertação (Dissertação de Mestrado). INPE, 2007. Disponível em: http://mtc-m16b.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/MTC-m13@80/2006/12.21.13.36/doc/publicacao.pdf. Acesso em 28 de janeiro de 2018.
Instituto Estadual de Florestas – MG. A Cobertura Vegetal de Minas Gerais. Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/florestas. Acesso em 28 de janeiro de 2018.
MARTINELLI, Marcelo. Estado de São Paulo: aspectos da natureza. Confins Online, 2010. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6557 – Acesso em 20 de dezembro de 2017.
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